quarta-feira, 12 de março de 2025

RESULTADO DA MINHA CURA GAY NO SUS! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Como trata-se de um depoimento de um gay e uma lésbica, é importante que se leia a primeira, segunda e terceira partes, para melhor compreensão da miraculosa história, envolvendo o homossexualismo, que foi taxado pelo Juiz Federal Waldemar como uma doença, simplesmente curável!

Dia seguinte de ter recebido as coordenações do SUS, acordei cheio de expectativas, embora achando as drogas prescritas bem estranhas, comecei minha caminhada com afinco, pois, na verdade, gostaria de mudar minha linha sexual, mas, com a garantia de não ter reversão ou recaída!

Três dias depois, liguei para minha amiga, que exageradamente, já estava achando alguns efeitos dos medicamentos. Imaginei logo que o danado do juiz, entende mesmo de viadagem, e tinha descoberto algo que a ciência não tinha conseguido, mesmo com centenas de anos de pesquisas físicas, mentais e laboratoriais!

O fato é que continuamos obedecendo todas as instruções, nos dias e horas determinadas, minha amiga recebeu pelo Sedex dez ampolas de Picatol B12, para que fossem aplicadas nas nádegas em dias alternados, assim como eu, que recebi também dez ampolas de Grelociclina D24 para que me aplicassem na veia. Obedecemos piamente mais essa indicação, pois, o importante era ver a cura realizada o mais breve possível!

Nesse interim, a televisão bombou com a notícia, que uma equipe de cientistas chegou à conclusão, que realmente, o Dr. Waldemar Cláudio de Carvalho, tinha toda razão. No homossexualismo masculino, detectaram um vírus que batizaram de “CHIBUNGORIUM VIADORIUM” e no feminino capturaram uma perigosa bactéria, que batizaram de “SAPATODIUM ROÇARIUS”, e que, com essa descoberta, breve já teríamos através da ANVISA, uma vacina, que seria comprada sem propina, para ser aplicada logo no nascimento das crianças!

Vejam vocês, não é que o desgraçado do tal juiz tinha toda razão!

Ficamos felizes, mas, em todo Brasil e no mundo, foram milhares de passeatas coloridas GAYs, protestando contra os cientistas e a tal vacina, pois, categoricamente, dar a bunda e colocar as aranhas para brigar, já tinha fé de oficio e, verdadeiramente, estavam quebrando a lei da liberdade. Muitas faixas nas ruas com os slogans: “QUEM TEM O QUE É SEU, DÁ A QUEM QUER e A ARANHA NÃO ARRANHA O JARRO, A ARANHA ARRANHA A ARANHA!”

Nós dois não entramos nessa briga, terminamos nosso tratamento, começamos a namorar os dois durante a medicação, chegamos até a transar algumas vezes, e curiosamente, me apaixonei pelas vaginas, assim como minha amiga, que não largava mais o meu pênis. Terminamos fazendo um casal perfeito, cheio de amores e tesões!

Nos apresentamos no dia determinado, já com alianças de noivado, aos beijos e abraços, que até o médico ficou estupefato e feliz, por ver o resultado do nosso bastante eficiente tratamento!

Com isso, sendo nós os primeiros a se apresentar totalmente curados, ganhamos os carros de presente, além de uma lua de Mel no Morro de S. Paulo, patrocinada pela Revista Playboy!

E olhe que tudo isso foi feito pelo SUS. Uma prova que o governo na época, não se preocupava apenas em passear de motocicleta, Jet-Sky, rachadinhas, super faturar, compras de vacinas, aglomerações, golpe militar, ditadura, joias e relógios, também em sua agenda, constava acabar com ridos os homossexuais, lésbicas, transexuais e outras variações em torno dos gêneros!

Vale dizer que, oficialmente, quem não desejar se submeter ao tratamento, será sempre rigorosamente respeitado por toda sociedade. O próprio presidente declarou que ninguém está obrigado a se vacinar nem usar máscara, pois, quem tomar a vacina, poderá mudar de animal. Ou seja: sendo veado poderá virar jacaré!

Assim encerramos toda celeuma, criada pela transloucada declaração do tal juiz Waldemar. Que pelo menos, serviu para me inspirar para escrever essas quatro divertidas crônicas!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!!

Um comentário:

Anônimo disse...

Rsrsrsrsrs