Antonio Nunes de Souza*
Não
costumo em nenhuma hipótese, aproveitar “estórias” ocorridas, para fazer minhas
crônicas. Gosto, e muito, de criar interessantes situações, que muitas vezes
podem ter acontecidas, poderão estar acontecendo, acontecerá em breve, ou
provavelmente, está além da imaginação. Suponho que assim procedendo, ofereço
uma leitura diferenciada e divertida!
Porém,
tem sempre uma vez eventualmente, que saímos do nosso padrão e, sem demora,
passo a narrar uma aventura de um querido amigo, sendo bem inusitada e
interessante, por que não dizer: completamente hilariante!
Nosso
amigo, paraibano de quatro costados, homem versado e altamente qualificado nas
habilidades da tecnologia informática, foi convidado para um seminário da sua
área em Recife, lhe enviaram passagens, hospedagem reservada, data, horário,
etc., então, seguindo as coordenadas, resolveu ir na véspera, para no outro dia
já estar lá muito bem tranquilo!
Chegando
dirigiu-se para o hotel, registrou-se e foi para seu apartamento, mas, pelos
corredores, percebeu uma grande movimentação feminina circulando, com linda
mulheres, todas vestidas elegantes, curiosamente perguntou ao porteiro que
levava sua mala, de que se tratava. O rapaz lhe respondeu que estava havendo um
congresso de secretárias, o hotel estava todo reservado para elas e que ele era
o único hóspede homem do hotel, sendo aceito por consentimento delas, e que era
o jantar festivo de despedida, pois, viajariam na manhã seguinte, quando
chegariam os participantes do Congresso de informática!
Lógico,
sendo ele muito mulherengo, ficou todo saltitante, imaginando que estava no
paraíso, que Deus havia lhe dado esse presente. E para completar a dádiva
divina, elas o convidaram para o jantar de despedida, já que ele estava
solitário. Quando o boy foi lhe transmitir o convite, ele ficou tão assanhado
que pensou alto: Acertei na mega sena!
Arrumou-se
todo, e foi na hora prevista para o salão de festas e eventos, todas em sua
volta se apresentando, cada uma mais bonita que a outra, sendo que todas eram
alegres, desinibidas e, por estarem em grande maioria (eram umas 50), se sentiam
mais soltas para flertarem, aproveitando essa inesperada única presença
masculina. Imagino que em conjunto, todas pensaram em tirar o maior sarro com
nosso amigo Mendonça (esse é o seu nome), e não aconteceu diferente, No começo
meio escabreado, mas, começados os comes e bebes, principalmente os “bebes”,
ele e elas foram se soltando e, como um passe de mágica, já estavam dançando
aos abraços e beijos, sempre faziam uma roda com ele no meio, entrando de uma a
uma e tacava-lhe uns beijos, ele todo derretido, não soltava a taça e enchia a
cara, pensando, tranquilamente, que essa noite ia passar muito bem, que lá pras
tantas, escolheria uma ou duas de ponta de dedo e partiria para as verdades!
A
zorra foi rolando, ele já meio derrubado, as mulheres foram saindo aos poucos
e, quando ele foi ao sanitário fazer xixi, na sua volta, não tinha mais
ninguém, todas tinham ido para os seus devidos quartos. Prontamente, ele se
sentiu uma merda, solitário, abandonado, depois de ter se esfregado com beijos
e abraços, sentindo-se um marajá com um séquito de odaliscas, ter que ir dormir
no maior 0 X 0 de sua vida!
Cabisbaixo,
tomou o elevador para descer para o quarto e, por casualidade, dentro estava
uma quartilheira velhinha do hotel, que olhou pra ele toda sorridente. Então
ele não contou conversa. Parou o elevador entre dois andares, suspendeu a saia
da idosa e, sem piedade, mandou ver na velhota que, nada disse somente abriu as
pernas e lhe abraçou com carinho. Ele[u1] com a aflição e secura que estava, fez a
velhinha dar dezenas de suspiros, agradecer a Deus o presente que estava
recebendo, sentindo orgasmos múltiplos, coisas que há muito não sentia!
Depois
de várias transadas em todas as posições possíveis, a velhinha perguntou: Você
é o anjo Gabriel, que veio fazer outro Jesus em mim, pois meu nome é Maria?
Ele
só fez dizer “cala a boca titia, isso é só uma putaria!”
Terminada
sua sessão de estupro, seguiu para o quarto, tomou um banho, foi dormir. Na
manhã seguinte, depois de passar a ressaca, ainda ficou matutando: Será que
essa merda toda aconteceu, ou foi um sonho meio pesadelo? Acho que estou trabalhando
demais e preciso de umas férias!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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