Antonio Nunes de Souza*
Olhando-se
de uma maneira simplista, e sem nenhumas análises de detalhes, chega-se à
conclusão que, se houve um vencedor, obviamente, porque existiu um vencido.
Mas, essa conjectura somente é cabível, quando trata-se de uma contenda ou
disputa, que os opositores com armas e bagagens, enfrentam seus antagonistas
profissionalmente ou esportivamente!
Porém,
no caso que refiro-me, não trata-se, especificamente, de uma medição de forças
entre oponentes, nem tão pouco adversários em qualquer vertente de medições de qualificações.
O que me chamou a atenção é ver sempre, entre as pessoas das mais diversas
classes sociais, que lutam, cotidianamente, vencerem os obstáculos que são
habituais para todos e, para a maioria, estes mesmos obstáculos, são olhados
como intransponíveis e impossíveis suplanta-los!
Aí
é que temos a satisfação de ver, que quando alguém disse que “querer é poder”,
sabia das coisas e, com certeza, era um vencedor. Digo isso porque nós vivemos
num mundo altamente capitalista, por muitos denominado de “selvagem”, e somente
uma minoria de guerreiros batalhadores, conseguem suplantar suas necessidades,
inclusive usando do tal “jeitinho brasileiro”, garra, esforços, dedicações e a
verdadeira vontade de vencer, conseguem chegar ao topo de uma posição social e
econômica. Esses são, verdadeiramente, os que podemos chamar de “vencedores”,
descaracterizando o adágio popular, bastante repetido pelos frustrados, que diz:
“Quem não rouba ou não herda, morre na merda!” Ou pior ainda, quando,
simploriamente dizem: “Aconteceu ou não aconteceu foi porque o Senhor Deus
assim quis!” Esses são os frustrados, que vivem em função de uma “bengala”
celestial, impingida pelos seus pastores e ministros das milhares crenças
enganadoras existentes!
Conheço
vencedores que nunca herdaram, jamais roubaram, mesmo tendo oportunidades, e
são verdadeiros vencedores pelos seus próprios esforços, tendo colocado em suas
mentes, que somente quem acredita em seus sonhos, planos e projetos, pode
vencer, ver e desfrutar de uma compensação invejável!
Essa
crônica é exatamente para chamar a atenção, principalmente dos jovens, para que
lutem pelos seus ideais, se sacrifiquem em muitos momentos, estudem
principalmente, ralem muito, trabalhem em qualquer que sejam as funções, pois,
todos trabalhos são dignificantes, e é muito melhor “ralar” por alguns anos, e
desfrutar posteriormente por várias dezenas de outros anos, tendo dentro de si a
alegria, prazer, satisfação e “O ORGULHO DE SER UM VENCEDOR”!
Vale
dizer que ser “vencedor”, não é ficar velho cheio de dinheiro. O que alegra,
dignifica é chegar a velhice e ser feliz, não ficar sonhando com ladrão que
quer roubar seu dinheiro, depressões desgastantes, vontade ou medo de morrer, e
as vezes, nos poucos momentos de lucidez, ver que está mais vegetando do que
vivendo!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
Nenhum comentário:
Postar um comentário