Antonio Nunes de Souza*
Geralmente,
sempre que contamos ou criamos “estórias”, os personagens são normalmente de
classes média, média alta, e na maioria das vezes, ricas e abastadas. Isso,
logicamente, porque sempre dá mais brilhos e deixam os leitores mais
enfeitiçados e deslumbrados. Essa técnica é muito usada nas novelas de
televisão!
Mas,
na verdade, todos os casos com bastante semelhanças, também acontecem nas
classes pobres e humildes, apenas com diferença dos ambientes que ocorrem, que
obviamente, eles nascem, moram e frequentam!
Foi o que aconteceu com Jacira, mocinha bonita, evangélica por
tradição de família, frequentadora assídua dos cultos cristãos, orando,
cantando, sorrindo e, incrivelmente, mesmo com os estudos da escola, nunca
deixava de ler a sua Bíblia diariamente, para decorar seus versículos sagrados!
Aí, com o passar do tempo, conheceu um rapaz um pouco mais
velho, também frequentador da igreja, começaram como amigos saindo juntos
depois dos cultos, até que, aos poucos, começaram a namorar!
Jacira super entusiasmada por André, sentindo-se totalmente
apaixonada, e aos poucos foi cedendo os desejos do seu querido, até que um dia,
depois de alguns beijos e carícias mais ousadas, ele suspendeu a sua longa
saia, começou a baixar lentamente sua calcinha e, abrindo as suas pernas
começou a penetra-la, que já estava molhadinha e cheia de desejos e vontade, em
sentir aquilo duro e rígido dentro dela, fazendo-a mulher, mesmo nos seus
dezessete anos. Gozaram deliciosamente, pois, nessas horas, ninguém se lembra
das palestras dos cultos pastorais, e nem dos versículos da Bíblia. André com
toda virilidade dos seus vinte e três anos, mesmo depois do primeiro orgasmo de
Jacira, continuou bombeando carinhosamente, enquanto ela se agarrava a ele,
dando-lhe beijos voluptuosos e linguais, mexendo como se fosse uma profissional
na arte, e como consequência, voltou a gozar com tanta ferocidade múltipla que,
instintivamente, tremendo de prazer, apertou-o pela cintura e sussurrou entre
gemidos no ouvido dele: “Me perdoe Senhor
Jesus!”
Esse fato aconteceu num quartinho da casa de André, que era
solteiro e trabalhava como corretor imobiliário. E com a continuação, passaram
a se encontrar sempre depois do culto, indo para seu esconderijo do prazer,
ampliando as maneiras e práticas pecaminosas, não deixando de acontecer algumas
variações sexuais, além do comum papai/mamãe, que não pode nunca faltar num
encontro amoroso, religioso e pecaminoso!
Felizmente, Jacinta mesmo com esse namoro por alguns meses,
não engravidou. Mas, comprovava sempre a sua religiosidade, pois, toda vez que
gozava dizia baixinho: “Ai meu Deus eu
vou morrer!”
Aconteceu que André foi esfriando a relação, já que estava
cansado de ter por algum tempo o que mais queria, desapareceu inesperadamente da
igreja, mudou de cidade, deixando Jacira triste, apaixonada, desiludida e
sentindo-se enganada, imaginando logo que foi castigo divino pelo pecado carnal!
Depois de algumas outras tentativas amorosas, ela nunca
encontrou outro que substituísse seu amado e maravilhoso André!
Hoje, ela somente se dedica a sua devoção religiosa, sua
Bíblia não sai debaixo do braço, passou a não confiar nos homens, nunca mais
teve outros namorados e, como consolo, sempre sonha com André, penetrando-a com
todo carinho de antigamente, fazendo com que ela goze maravilhosamente durante
a noite. Logicamente, quando tem esse delicioso sonho, acorda molhadíssima, na
maior alegria e felicidade, logicamente, “em nome de Jesus!”!
Não houve casamento, mas, deixou lembranças maravilhosas e
inesquecíveis na mente de Jacinta. Quanto a André eu soube que foi para S.
Paulo trabalhar e estudar direito!
Esses são fatos desse vida louca que vivenciamos!
*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros
fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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