Antonio Nunes de Souza*
Sinceramente,
nunca fui um simpatizante das cirurgias plásticas mamárias, quando se trata
apenas de aumentar as dimensões, principalmente para acompanhar o exagerado e
horrível modismo implantado pelas norte americanas décadas atrás!
Aprendi
a admirar os lindos seios com formatos de peras, apontando para os nossos olhos
com suas tetas negras, cor de rosa ou marrons que, com as menores excitações,
tornavam-se enrijecidas e sedutoras, sinalizando que seus desejos estavam
fluindo, para uma continuidade de carícias e satisfações recíprocas. Pequenos
ou medianos, cabiam sutilmente em nossas mãos e bocas, nos fazendo voltar a uma
infância há muito tempo passada, que naquele momento, somente espelhava uma
malícia adulta de saciar a fome do sexo!
Eram
momentos maravilhosos e inesquecíveis, mesmo quando nos deparávamos com seios
mais avantajados, denominados nos meios
masculinos como “queijo cuia”, que, mesmo com tamanhos acima da média, jamais
chegavam perto das jacas e melancias, cultuadas pelas americanas. E nas suas
texturas, mantinham uma originalidade cheia de sensualidade, que não deixavam
de seduzir, acomodando nossos rostos entre eles, massageando e fazendo carícias,
que aumentava deliciosamente os prazeres!
Nessa
maravilhosa época passada, o modismo dos “grandes seios” era execrada não só
pelos homens, como pelas próprias mulheres latinas. Mas, como crescemos e nos
desenvolvemos, seguido à risca as culturas impostas pelos Estados Unidos, foram
sendo infiltradas, gradativamente, as tais cirurgias de aplicação de silicone, e
graças as enxurradas de filmes, onde as atrizes exibiam verdadeiras fábricas de
laticínios ambulantes, mais que depressa, todas que podiam ou desejavam,
passaram a imitá-las!
Aí,
estamos vendo agora uma séria ameaça de graves problemas, graças às matérias
primas que nos são enviadas, como sempre fazem os países do primeiro mundo com
os emergentes, nos entupindo com seus refugos e materiais de uma classe
desclassificada. No caso, silicone industrial em lugar de orgânico, deixando o
mundo feminino em polvorosa agonia e preocupação, com os grandes e graves
eminentes perigos!
Antes,
como ainda hoje acontece, podemos aprovar a minimização das glândulas mamárias,
quando muito pesadas e desproporcionais,
provocando desvios nas colunas, causando sofrimentos incalculáveis. Mas,
colocar próteses para enganar os incautos, usando decotes que deixam
transparecer, que os peitos vão voar em nossa cara, e nos dar dois socos, que
nos levará a nocaute, sinceramente, jamais estaremos de acordo!
Portanto,
tenham cuidados com as novas tecnologias e modernagens, pois, além dos
materiais serem desclassificados, vocês ainda estão passivas de médicos e
curiosos, que não tenham a qualificação exigida para tais fins, dando-lhes desgostos
atrozes em vez de beleza, segurança e tranquilidade!
Nada
de cirurgias no peito. O importante é cultivar e cuidar do que você foi
agraciada, pois, existe gosto para todas as medidas e tamanhos, sem precisar de
ridículas artificialidades!
Vale
esclarecer, que além de ser um modismo passageiro, e feio para a maioria dos
homens, você ainda está passiva de sofrer terríveis deformações pelas imperícias
dos executores. Atualmente muitas mulheres até estão reduzindo seus
monstrengos, ao tempo que, como ovelhinhas obedientes, estão seguindo o novo
modismo de ampliar e engrossar os lábios, para ficarem parecendo com as bocas
dos peixes!
Imagino
que em breve, se essas cretinas “influencers”, resolverem colocar uma pena de
pavão enfiada na bunda, no outro dia, milhares de mulheres estarão imitando-as
pelas ruas e, com certeza, os camelôs nas avenidas estarão vendendo penas
falsificadas do Paraguai!
Não
sou careta, nem tão pouco obsoleto e ultrapassado. Sou até muitíssimo avançado
e vanguardista, mas, acho lamentável esses modismo que não acrescenta nada as
belezas maravilhosas das minhas queridas mulheres!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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