Antonio Nunes de Souza*
Sentar-se
em frente ao computador, abrir a tela para escrever algo, sem que nada tenha na
mente, é um maravilhoso desafio para um escritor. E eu tenho, honrosamente, me
batido e me saído relativamente bem, ou pelo menos, fazendo algo que dá para o
gasto!
Ao
chegar ao fim desse preâmbulo desafiador, surgiu a ideia de falar sobre o
feriado de 2 de julho (Vou logo colocar o título), que comemora-se a Independência
da Bahia, ou praticamente a do Brasil, que de conformidade as conveniências das
leis e administradores, está sendo comemorada desde o dia 28 de junho, quando a
sede do governo do estado, passou oficialmente a ser a cidade histórica de
Cachoeira, embora para as festividades são abrangentes várias cidades do
recôncavo e a capital!”
Ex
morador de meu querido Santo Amaro da Purificação, conhecedor profundo das
litorâneas cidades do recôncavo (Saubara, Itapema, Cabussú, Bom Jesus dos
pobres, Acupe, Madre Deus, etc.), saía acompanhando centenas de baianas, grupos
de samba de roda com seus afiados músicos. Indo todos para Cachoeira e São
Felix, onde a festa tem suas raízes e, magistralmente, depois dos desgastados
discursos, foguetórios e a missa solene, o couro comia solto, com a tranquilidade
já convencionada em nossa cultura de festas, por mais religiosas que sejam, as
partes profanas tem seu grande espaço, que dá um lindo colorido de alegria aos
turistas e aos nativos!
Já
sambei muito deslizando sorrateiramente os meus pés, dei meus remelexos no corpo e umbigadas, além de jogar
capoeira nas belas rodas de berimbau, demonstrando minhas habilidades
aprendidas com o grandioso e inesquecível Mestre Bimba!
Grupos
de índios, verdadeiros e falsos, fazem parte do evento, uma vez que essa etnia,
ajudou significamente na nossa independência, expulsando os portugueses!
Depois
fui fazer licenciatura em História, para ampliar mais meus conhecimentos, que
me ajudariam com na literatura, pude aprender mais amiúde, sobre esse evento de
grande significação, não só para a Bahia, como para o Brasil!
Infelizmente,
mesmo com essa independência, nosso povo ainda vive sob uma nublada escravidão
e uma brilhante discriminação, juntamente com uma bruta falta de solidariedade,
fatos muito lamentáveis!
Apesar
disso tudo, só por não termos ditadura nem de direita nem de esquerda,podemos gritar com muito orgulho:
SALVE
DOIS DE JULHO!
*Escritor-Historiador,
Cronista e Poeta!
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