segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Vida de periguete!

Antonio Nunes de Souza*

Com tantas possibilidades em sua frente, bem mais fáceis e atraentes, mas, uma já grande maioria, prefere o comportamento um tanto contraditório e condenado, também pela grande maioria da sociedade dita organizada, de ser uma “periguete”!

Mesmo sendo uma mulher de comportamentos, hábitos, costumes, poses de “caras e bocas”, aberturas sexuais mais relaxadas, sem medos de produções independente e até as perigosas DSTs, não é admirada ou respeitada, inclusive desejada por um vertente de homens que, preventivamente, tem seus cuidados especiais no que tange a relacionamentos sexuais, mesmo nas condições de “ficantes”, evitando os perigos e, como dizem entre os homens: não dar chance ao azar!

Comecei dando minha opinião sobre tal figura, suas nuances e seus comportamentos que, como procede, vê-se estampada em sua testa a frase que bem adjetiva sua pessoa: eu sou uma piranha! E, todas essas coisas que falei, estou retratando uma em especial a querida e bela mulher chamada Suely, tratada por seus amigos mais próximos, carinhosamente, de Su!

Além desses tributos espelhados ela era uma moça inteligente, certa cultura, companhia agradável, pois sabia entrar e sair em qualquer lugar mirava sempre os homens de posses para suas saídas, encontros, viagens como acompanhante, ou até para uma “rapidinha”, desde que a compensação fosse generosa!
E, assim fazendo, não tardou ter o seu pequeno, mas confortável apartamento, seu carrinho quase do ano, luxando como sempre. Tudo isso sem dever nada, uma vez que, em algumas ocasiões, pegava grandes industriais e políticos que lhe ajudavam substancialmente, em trocas das suas habilidades em cima de uma cama! Jamais foi babaca de se envolver com saradinhos barrigas de tanquinhos, se esses não fossem cheios de grana. Com ela nunca existiu essas idiotas paixões repentinas. Seu corpo era como um restaurante quilo a quilo: Você se serve bem, come lá dentro, mas, na saída tem que pagar!

Ela, sinceramente, foi uma das que deram sorte, pois hoje está aposentada, ainda bonita e conservada, adotou um garotinho, tem seu cachorrinho Poodle, dá suas caminhadas pelo farol da barra, e, ainda hoje, algumas vezes dá uma “rapidinha” com alguns dos velhinhos companheiros de exercícios!

Garanto que se perguntarem a ela se ser “periguete” é ruim, ela, logicamente, dirá que não, pois tem suas razões e desfruta bem das compensações passadas!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letra – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com


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