sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Análise sobre o amor!

Antonio Nunes de Souza*

Temos todos nós uma necessidade de fazer nomenclatura de nossos sentimentos, sempre e com certeza, pondo como o primordial, ou resultado final, o tal do abstrato “amor”!

Será que isso é um comportamento, ou hábito correto, ou talvez uma maneira mais fácil de encarar as realidades da vida, com essa ilusão contagiante?

Percebemos que, entre os poetas e sonhadores, essa palavra, ou sentimento (?) é processada com grandiosidade ilimitada, fazendo até muitos perderem a cabeça e a noção entre a realidade e a utopia. Será que esses é que estão certos, ou será que esses são os mais puros e inocentes levados pela multidão de divulgadores desse perigosíssimo afeto, milenarmente, apelidado de “amor”?

Pelo que se fala dele, os elogios, as bateladas de poemas, sonetos, contos, crônica, livros e músicas, logicamente, ele deveria não ter validade, ser eterno. Mas não! Estamos todos cansados de ver e conviver com pessoas que dizem se amarem profundamente e, dias ou anos depois, estão ambos falando cobras e lagartos um do outro, ambos completamente decepcionados. Para um sentimento caracterizado e denominado como o máximo da afetividade, isso jamais poderia acontecer. E é, simplesmente ridículo que comprovamos esses desfechos e, como tolos, acreditando nessa situação que o óbvio já provou ser uma ilusão passageira que, algumas vezes, ultrapassam a normalidade por acomodação, ou preguiça de recomeçar!

Me consideram cético, seco e profano, por ter essas ideias nada convencionais, mas, tenham certeza que, nos meus modestos relacionamentos, toda vez que o amor entra, a separação é sempre repetida!

Será que alguém, sem seus romantismos sonhadores, poderia explicar, o “por que” do sentimento (?) real da vida, muitas vezes, tornasse frágil?
Eu, sinceramente, não vou morrer na dúvida, pois, certo ou errado, já tenho minha opinião formada!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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