O errado é você ou o outro?
Antonio Nunes de Souza*
Temos todos o direito legal de não acatar certos comportamentos, quando esses nos prejudicam ou prejudicarão, nos ofendem ou nos ofenderão, quer sejam profissionalmente ou socialmente! Nossos direitos devem ser respeitados, rigorosamente, por quem quer que seja que, usando de certas prerrogativas, se excedam e alcancem as raias das ofensas. Nesse particular, somos completamente blindados e protegidos pelas redomas das leis jurídicas e as determinações sociais!
Embora esse preâmbulo que fiz não espelha a realidade, na prática, em função das falhas das leis e os procedimentos egoístas das classes sociais, temos a obrigação de acatar a maneira que virou praxe, ter calma para não se estressar ou ser acometido de um AVC fora do tempo. Os relaxamentos e lentidões que funcionam os julgamentos, ora por prestígios pessoais, outras por falta de juízes e funcionários da justiça em várias comarcas, a sociedade dita organizada torna-se sempre omissa, o fato é que os resultados esperados que aconteçam, geralmente, caem nos esquecimentos vergonhosos.
Nesses dois parágrafos tive a satisfação de falar para você, sobre o comportamento do “outro”, mostrando como você pode ser a vítima, cotidianamente, e acentuando seus aborrecimentos, sentir-se com as mãos atadas pelos motivos acima citados. Agora, para ser justo, lógico e correto, tenho a obrigatoriedade de, também, fazer uma explanação sobre suas atitudes, para que, imparcialmente, possamos tirar as dúvidas de quem, na verdade está errado!
Da mesma maneira que escrevi acima, digo que não estou generalizando tais comportamento, porém, sem pestanejar, é reconhecido por todos que a grande maioria assim se comporta, já acreditando estar certíssima!
Passe um filme em sua cabeça (se possível em câmera lenta) e veja como você sempre se santifica, mas, normalmente, pratica uma série de ações condenáveis, mesmo não sendo iguais às do “outro”, porém que prejudicam uma vertente grande de pessoas, muitas vezes até uma comunidade, estado ou o país! Você sonega impostos, não exige nota fiscal quando compra usando o imposto para seu crédito, fazendo parceria com o comerciante, você suja as ruas jogando papeis, latinhas, ponta de cigarros, tenta subornar os guardas no trânsito além de avançar sinais, reclama que a polícia não faz policiamentos regulares, mas, quando se bate com uma blitz, faz uma série de reclamações porque lhe atrasou, vota pessimamente, muitas vezes por interesses ou amizade, sem se preocupar se os resultados serão bons ou não, despreza as crianças nas ruas discriminando-as, fazendo com que o ódio as tornem os bandidos de amanhã (sempre só sabe colocar as culpas nos governos), jamais são solidários! Em fim mais uma grande quantidade de outras coisas eu poderia citar, porém, prefiro que você, quando estiver passando o seu filme, preste bem atenção como você se comportou ou está se comportando, para poder falar e condenar o “outro”!
O fato é que todos nós temos nossas parcelas de culpas para que, infelizmente, estejamos sofrendo com os resultados. Então... se houver um reconhecimento total, tranquilamente, tudo vai melhorar para todos!
Tudo isso me faz lembrar de um velho adágio: “O RÔTO FALANDO DO RASGADO!”
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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