Antonio Nunes de Souza*
Seus olhos de tão verdes,
lembravam duas esmeraldas acesas, com uma transparência tão acentuada parecendo
que suas íris flutuavam em um aquário. Mais fascinante ainda era sua brancura,
fazendo lembrar uma porcelana chinesa, que eu quando a abraçava tinha o cuidado
de não parti-la em pedaços.
O mesmo acontecia quando nos amávamos que, por mais que
rolássemos na cama, sempre tinha o cuidado de não ficar por cima dela, pensando
que se assim fizesse, quebraria em mil pedaços minha querida Rosa. Esse era o
seu nome, que combinava perfeitamente com ela.
Sua igualdade de cheiro, até
nas partes mais íntimas, era tão agradável que muitas vezes senti-me um
beija-flor quando a enchia de prazer, sugando e lambendo o seu sexo. Já a
maciez da sua pele, com certeza ganhava para uma pétala de flor de tão
aveludada e macia que era. Estava mais para uma manga rosa pela ausência
absoluta de pelos. Quando minhas mãos deslizavam pelo seu corpo, sentia-me como
se estivesse acariciando uma escultura grega de tão perfeita que era. Suas
pernas longas e certas terminavam em seus lindos pés e iniciavam bem junto às
nádegas mais provocante que já vi. Jamais conheci alguém que tivesse as coisas
tão perfeitas em seus lugares certos. Seus seios eram como duas pêras apontando
para mim, com aqueles lindos faróis cor de rosa como o seu nome. Na cama ela
não era somente uma flor, transformava-se em dezenas de mulheres fazendo com
que eu me sentisse um grande jarro acolhendo e protegendo um lindo bouquet de
rosas. Nós não sentíamos prazer, pois, nós éramos o próprio prazer!
Como gostaria de encontrá-la
novamente, relembrar aqueles momentos contentes e cheios de felicidades, dizer
em seu ouvido bem calidamente, como ela foi importante para mim.
Hoje, foi-se a Rosa e ficaram
os espinhos da doce lembrança.
*Escritor (Blog Vida Louca –
antoniomanteiga.blogspot.com – antoniodaagral26@hotmail.com)
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