domingo, 30 de dezembro de 2012

Rosa


                                              Antonio Nunes de Souza*

Seus olhos de tão verdes, lembravam duas esmeraldas acesas, com uma transparência tão acentuada parecendo que suas íris flutuavam em um aquário. Mais fascinante ainda era sua brancura, fazendo lembrar uma porcelana chinesa, que eu quando a abraçava tinha o cuidado de não parti-la em pedaços. O mesmo acontecia quando nos amávamos que, por mais que rolássemos na cama, sempre tinha o cuidado de não ficar por cima dela, pensando que se assim fizesse, quebraria em mil pedaços minha querida Rosa. Esse era o seu nome, que combinava perfeitamente com ela.
Sua igualdade de cheiro, até nas partes mais íntimas, era tão agradável que muitas vezes senti-me um beija-flor quando a enchia de prazer, sugando e lambendo o seu sexo. Já a maciez da sua pele, com certeza ganhava para uma pétala de flor de tão aveludada e macia que era. Estava mais para uma manga rosa pela ausência absoluta de pelos. Quando minhas mãos deslizavam pelo seu corpo, sentia-me como se estivesse acariciando uma escultura grega de tão perfeita que era. Suas pernas longas e certas terminavam em seus lindos pés e iniciavam bem junto às nádegas mais provocante que já vi. Jamais conheci alguém que tivesse as coisas tão perfeitas em seus lugares certos. Seus seios eram como duas pêras apontando para mim, com aqueles lindos faróis cor de rosa como o seu nome. Na cama ela não era somente uma flor, transformava-se em dezenas de mulheres fazendo com que eu me sentisse um grande jarro acolhendo e protegendo um lindo bouquet de rosas. Nós não sentíamos prazer, pois, nós éramos o próprio prazer!     
Como gostaria de encontrá-la novamente, relembrar aqueles momentos contentes e cheios de felicidades, dizer em seu ouvido bem calidamente, como ela foi importante para mim.
Hoje, foi-se a Rosa e ficaram os espinhos da doce lembrança.

*Escritor (Blog Vida Louca – antoniomanteiga.blogspot.com – antoniodaagral26@hotmail.com)

Nenhum comentário: