Antonio Nunes de Souza*
É traumática a sua demência
Vazia de ideia, cheia de inocência
Chorando pelo que nunca aconteceu.
Andrajosa caminhas sem destino
A procura de um lindo menino
Que não nasceu, nem morreu!
Horas fixando o horizonte
Esperando que algum dia desponte
O querido filho desaparecido.
Na dor adormece profundamente
Por mais uma visão demente
Do que não foi concebido!
Do outro lado do mundo
Num silencio cruel e profundo
Ele procura a mãe inexistente.
Quisera poder reunir os dois
Pra num segundo depois
Vê-los abraçados contentes!
*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!
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