Antonio Nunes de Souza*
O
homem, com sua racionalidade já sendo posta em dúvida pelo esdrúxulo
comportamento, cada dia que passa prova a si mesmo, quanto é paradoxal no que
diz, pensa e procede.
Quando
Deus, através de Moisés, criou os sagrados Dez Mandamentos, pensava Ele estar
dando uma diretriz comportamental aos seus queridos filhos, no sentido de
orienta-los melhor para uma convivência sadia em todas as comunidades,
assegurar uma respeitabilidade dos direitos humanos, religiosidade, união entre
povos, solidariedade e um caminho mais sublime para se alcançar à vida eterna.
Pois, essa nossa passagem terrestre, embora tenha uma duração de longos anos
está longe de ser o paraíso infinito da felicidade de estar algum dia ao seu
lado.
Mas,
infelizmente e inexplicavelmente, o que vemos no nosso dia-a-dia é o culto, a
prática e veneração pelos Sete Pecados Capitais, como se fosse uma regra de
vida e, aquele que não estiver seguindo-a rigorosamente, não passa de um tolo
ou um estranho no ninho, que sofrerá amargamente pelo resto da vida.
Por
que será que os valores foram trocados com tanta simplicidade?
Será
que é mais interessante praticar as ações condenadas que as justas e corretas?
Podem
crer que não! Quando se agi fora dos padrões normais dos comportamentos, embora
deixe transparecer em princípio que os benefícios serão maiores, deixa claro
também que não é o correto com as pessoas envolvidas e, certamente, prejuízos
serão causados a terceiros, proporcionando-lhe uma vantagem inicial, e sim
problemas sérios, tanto na terra como posteriormente.
Porém,
infelizmente, ninguém se preocupa se está certo ou errado. A preocupação maior
é a da vantagem adquirida com o que está fazendo ou vai fazer, pouco se
importando com os resultados futuros, nem mesmo ter o discernimento de parar um
pouco para pensar, quanto injusto está sendo com seu próximo e, futuramente,
consigo mesmo.
Acredito
que já passou a hora de uma reflexão a respeito dessa troca inconcebível de
valores, pois, lamentavelmente, o homem conseguiu ultrapassar todos os limites
dignificantes dentro da sociedade, cultuando e procedendo com animosidade e
ganância os Sete Pecados Capitais e mais uma dúzia de outros que nem foram
catalogados pelas crenças!
Devemos
lembrar que, mesmo aqueles que conseguem escapar da justiça da terra,
certamente sejam penalizados com a justiça divina, mesmo contando com a bondade
de Deus.
Será
que já não existe diferença entre os homens e os outros animais irracionais?
Quero
salientar que eu, pessoalmente, não acredito em nem professo nenhuma crença,
pois, para mim a religiosidade é o maior atraso da humanidade. Mas, como temos
milhões de seguidores, fiz essa crônica baseada em seus livro sagrados, para
que eles, pelo menos sigam os dogmas, hábitos e costumes das suas devidas
religiões, e deixem de ser hipócritas, procedendo de uma maneira dentro dos
seus templos e igrejas, e de maneira cruel quando estão fora delas. Sendo que, tem
uma vertente gigantesca, que explora muito mais dentro dos templos, que é a
máfia dos milagres, dízimos, política, e a absurda promessa de um lugar
aconchegante no fictício céu! “Essa é uma verdadeira e sórdida “exploração
desumana!”
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letra!
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