Antonio Nunes de Souza*
Todos
nós, condutores de veículos maiores (automóveis, caminhões, onibus, etc.),
lamentamos ter que enfrentar o terrível trânsito nas cidades, principalmente
nas capitais, não só pelos engarrafamentos constantes, como, principalmente, os
grandes malabarismos dos motociclistas, fazendo zig-zags entre os carros, nos
assustando com suas manobras perigosas e buzinadas em nossos ouvidos. Isso,
logicamente, nos revolta, causa nervosismo, constrangimento e muita
preocupação, não só para não atropelá-los, como também, batermos em outros
veículos, provocando muitas vezes acidentes graves, até com óbitos!
Com
essa revolta já determinada em nossas mentes, na grande maioria das vezes,
repudiamos a classe, generalizando o terror a profissão, esquecendo que, encima
de uma moto está um pessoa trabalhando para o sustento da sua família, pagar estudos,
aluguel, e até as prestações da moto comprada a prazo com bastante sacrifício.
E, seu rendimento depende de quantas viagens forem dadas, nas carreiras e
pressas, arriscando suas vidas, com quedas ou acidentes, que deixarão sequelas
para o resto da vida!
Não
sou motociclista, nem motoboy ou moto-táxi, mas, sou humano e, parando para
refletir, depois de ter sentido esses mesmos pensamentos condenatórios, cheguei
à conclusão que devemos ser mais benevolentes, perdoar algumas imprudências, e
ver que, mesmo odiados pelos condutores de veículos maiores, eles, na grande
maioria, estão trabalhando e não fazendo piegas circenses. Principalmente os
entregadores de pizza ou outros alimentos, remédios, etc., coisas que
necessitam de pressas pelas necessidades e temperatura dos conteúdos!
Leve em conta que para educa-los melhor, se
faz necessário uma boa fiscalização, pistas exclusivas e outras coisas básicas
que não existem e, gradativamente, melhorarão seus comportamentais e segurança!
Façam
como eu, que já me policio quando eles passam raspando meu carro: Mentalmente,
xingo a mãe deles e, ao mesmo tempo falo sorrindo: Que trabalho arriscado
retado, eu não teria coragem de enfrentar essa profissão radical, nem para ir
para o céu!
Você
já imaginou o que sofre o passageiro suburbano, que é obrigado a tomar um
“moto-táxi”? Esses sim, são verdadeiros heróis anônimos!
Os
imperdoáveis que a lei deveria puni-los rigorosamente, são uns idiotas
exibicionistas, que ficam fazendo acrobacias circenses, corridas ou “pegas”,
nas áreas urbanas. Não só se arriscando, como causando maus exemplos e
acidentes graves e desastrosos!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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