Antonio Nunes de Souza*
Eu, nem
verde nem muito maduro
Vendo tudo
claro mesmo no escuro
Vivi anos
com um encanto na mente.
Embora sendo homem forjado
De gosto
puro e aprimorado
Queria a
boneca que me deixava contente!
Ela falava,
sorria, escrevia
E somente
através do vídeo eu a conhecia
Alimentando
meu encanto profundo.
Será que
essa boneca existe?
Pensar assim
me deixava triste
O mais
infeliz desse mundo!
Mas, um dia
inesperado
Digo a Deus
muito obrigado
Tomou vida
meu encanto.
Porém foi
tão rápido o conhecer
Minha
boneca, meu bem querer
Que a
saudade virou um pranto!
Foram
momentos de felicidade
Mesmo com
diferença de idade
Parecíamos
inocentes crianças.
Sorrisos,
abraços e beijos
Conversas,
afagos e festejos
Pelas nossas
semelhanças!
Deixou marca
profunda
Que até hoje
abunda
Minha mente
de homem não santo.
Peço a Deus
constantemente
Que um dia
me faça contente
Trazendo
outra vez meu encanto.
*Escritor,
Historiador, Cronista e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna de
Letras!
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