Antonio Nunes de Souza*
Ficou
gravado em minha mente, aquele Natal que acordei em plena madrugada, como se
fosse uma criança serelepe e curiosa, pulei da cama e, imediatamente, olhei
para meu sapato, e como uma grande mágica, Papai Noel tinha deixado vários
caixas, lindamente embrulhadas, todas obviamente para mim, já que morava
sozinho e não teria que dividir tamanha generosidade!
Com
essa surpresa maravilhosa, nem me preocupei em lavar o rosto, escovar os dentes
como de hábito e costume, uma vez que a curiosidade aguçada estava estampada em
meu rosto, alma e coração, para saber quais eram meus grandes, volumosos e
bonitos pacotes de presentes!
Sem
a preocupação de não rasgar os lindos papeis de presente, peguei logo a caixa
maior de cor verde e, num relance, abri e com uma grande surpresa, ela estava
cheia de ESPERANÇAS, que imediatamente aos montes, se espalharam pelo meu
quarto, voando pela janela e, milagrosamente, pintando toda terra com a sua cor
verde, ao mesmo tempo fazendo as pessoas sorrirem de alegria. Logicamente,
tomei um grande susto e cheio de satisfação, dei largos sorrisos também de
agradecimento!
Peguei
a segunda caixa com a mesma curiosidade, abrindo-a rapidamente, rasgando todo seu
lindo papel branco. Ao destampá-la, como anteriormente, fui arrodeado com uma
nuvem branca maravilhosa de PAZ que, da mesma forma, escapava pela janela indo
alcançar toda humanidade, bafejando-a com a paz de espirito e da alma.
Evidentemente, fiquei estupefato, fazendo outra vez estampar uma enorme alegria
em meu rosto e no coração!
Embora
estranhando esses maravilhosos presentes, pois, eram mais que miraculosos, com
fé em Papai Noel, imaginei que tudo aquilo estava sendo fruto dos meus pedidos
e das orações das pessoas qualificadas e fanatizadas pelas crenças da terra!
Prontamente,
peguei a terceira caixa, toda embalada na cor azul e, sem pestanejar, destampei já vendo
revoar pelo quarto e fugir pela janela urgindo toda humanidade, uma fantástica
dose de HARMONIA. Claro que, por mais que não quisesse, as lágrimas de
felicidades começaram a escorrer sobre minha face, numa demonstração de alegria
em ver a generosidade do Bom Velhinho para comigo e com todos!
Lógico
que não podia parar, pois, meu contentamento era tamanho, sempre no aguardo de
outras coisas essenciais!
Peguei
a quarta caixa, com seu papel vermelho bem encarnado, num único lance,
destampei e como um grande vulcão, saiu um enorme turbilhão de AMOR, seguindo o
mesmo destino dos outros presentes,
obviamente, sensibilizando todos os corações do mundo, deixando as pessoas
meigas, dóceis e fraternais!
Minha
felicidade era tanta que não sabia se agradecia, ou chorava por ter sido
atendido em meus grandes e repetidos pedidos. Por fim, peguei a última caixa de
cor amarela que ao ser aberta, seu conteúdo deu uma enorme revoada de
SOLIDARIEDADE, desta feita, saindo mais calmamente, porém, com a preocupação de
ungir todas as pessoas do mundo, para que percebessem que todos seres humanos
são iguais e merecem respeito e ajudas nas suas dificuldades!
Nesse
momento, ouvi a campainha da porta tocar insistentemente e aí, acordei
assustado para atender, e olhando para meu sapato, vi que nada tinha, sendo
apenas um sonho que gostaria que um dia acontecesse!
Era
o meu irmão que, sem querer, ou saber, me tirou de um momento de um lindo
sonho, que: NUNCA VOU ESQUECER!
Levantei-me
triste, mas, com certeza, mantenho a minha fé que algum dia, isso tudo possa
acontecer!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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