Antonio Nunes de Souza*
Como
é sabido por todos, as vendas de fim de ano são as grandes marcas estatísticas
e financeiras das indústrias, comercio e prestações de serviços em geral.
Pode-se ver que, com as negociações natalinas e de ano novo, muitos desses
seguimentos se aprumam, ampliam suas já grandes dimensões, aparecem milhares de
empreendedores novos, e o comércio informal chega a fervilhar nas ruas,
calçadas e avenidas!
As
cidades são transformadas, as cores vermelhas e brancas predominam em todos os
outdoors, cartazes, faixas, e, principalmente, nas vitrines por menores que
sejam, sempre apresentam um toque lembrando o “Velho Noel”. Os funcionários,
oportunamente, usam aqueles gorros vermelhos com um pompom na ponta e, com
sorrisos, convidam os clientes para entrar e escolher seus pretensos presentes
para amigos, colegas, parentes e familiares!
Nos
shoppings center, os encantos são bem maiores, pois, devido os grandes espaços
e as decorações serem arcadas por dezenas de lojas e empresas, justifica gastos
mais acentuados e premiações de carros e até viagens internacionais. Essas
promoções são estimulantes eficazes para que as compras sejam efetuadas, até
sem a preocupação de como pagar os cartões em breve. Esse detalhe tem
amargurado muita gente que não é previdente, e tem o consumismo enraizado em
seus corpos. É aí que mora o perigo!
Não
querendo ser um nostálgico, mas, ao mesmo tempo, citando exemplos do passados,
lembro-me, perfeitamente, que a grande maioria de nossas lembranças natalinas
eram voltadas para os lindos e maravilhosos cartões de boas festas, muitos
produzidos em instituições de pessoas com problemas físicos, que, sem nenhum
favor, posso dizer que eram e são maravilhosas e dignas de serem recebidas e
guardadas com o máximo carinho. Havia mais comedimentos nas compras, as
economias eram mais criteriosas e, tranquilamente, todos eram lembrados,
presenteados sem a necessidade de ficar o resto do ano pendurado no cheque
especial ou nos lindos e atraentes cartões com seus parcelamentos enganadores!
Já
que o Natal está chegando, vamos deixar um pouco de burguesia de lado, pensar
somente nas comilanças de porcos e perus, vinhos, champanhes e whysques
envelhecidos, colocar em nossas mentes que estaremos comemorando o aniversário
de Jesus, que foi um homem humilde e simples, deixando exemplos de tudo isso
nos 33 anos que conviveu na terra!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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