segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

ANÁLISE SOBRE O AMOR!

 

Antonio Nunes de Souza*

Temos todos nós uma necessidade de fazer nomenclaturas dos nossos sentimentos, sempre e com certeza, pondo como o primordial, ou resultado final, o tal do abstrato “amor”!

Será que isso é um comportamento, hábito correto, ou talvez uma maneira mais fácil de encarar as realidades da vida, baseando-se numa ilusão contagiante?

Percebemos que, entre os poetas e sonhadores, essa palavra ou sentimento (?) é processada com grandiosidade ilimitada, fazendo até muitos perderem a cabeça e a noção, entre a realidade e a utopia. Será que esses é que estão certos, ou será que esses são os mais puros e inocentes, levados pela multidão de divulgadores desse perigosíssimo afeto, milenarmente, apelidado de “amor”?

Pelo que se fala dele, os elogios, as bateladas de poemas, sonetos, contos, crônicas, livros e músicas, logicamente, ele deveria não ter data de validade e ser eterno. Mas. infelizmente, não é exatamente isso que acontece!

Estamos todos cansados de ver e conviver com pessoas, que dizem se amarem profundamente e, dias ou anos depois, estarem ambos falando cobras e lagartos um do outro, ambos completamente decepcionados. Para um sentimento caracterizado e denominado como o máximo da afetividade, isso jamais poderia acontecer. E é, simplesmente, ridículo que comprovamos esses desfechos cotidianamente e, como tolos, acreditamos nessa situação afetiva, que o obvio já provou ser uma ilusão passageira, que algumas vezes, ultrapassa a normalidade por acomodação, preguiça de recomeçar, ou por satisfação social e familiar!

 

Me consideram cético, seco e profano, por ter essas ideias nada convencionais, mas, tenham certeza que, nos meus modestos relacionamentos, toda vez que o amor entrou, o relacionamento logo acabou. Pois, cada um começou a achar que era dono do outro. E as separações logo aconteceram!

Tenho um amigo bem mais inteligente e cético que eu, que diz: “O amor acaba com qualquer relacionamento!” O gozado é que ele é músico e poeta!

Será que alguém, sem seus romantismos sonhadores, poderia explicar, o “por quê” do sentimento (?) real da vida, muitas vezes, tornasse frágil, acaba e transforma-se em ódio?

Eu, sinceramente, não vou morrer na dúvida, pois, certo ou errado, já tenho minha opinião formada!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

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