sexta-feira, 10 de setembro de 2021

UMA FATALIDADE!

 

Antonio Nunes de Souza*

Não sei como tenho coragem de contar, mas, vou desabafar externando a pior situação vexatória da minha vida!

Não sei como não me suicidei, pela vergonha tenebrosa que passei. O caso foi o seguinte:

Na noite do dia 10 de setembro do ano passado, fui ao aniversário de um casal amigo, desses bastante festeiros, onde, além do samba de roda, pagodes e funks, foi servido um delicioso caruru com vatapá, galinha ensopada, acarajé, abará, xinxim e as porras todas, referentes as iguarias baianas nas festas do mês de Cosme e Damião!

Foi uma zorra total. Eu, além de dançar muito, comi pra caralho e tomei vários copos de cerveja e alguns cálices de licor de vários sabores. Na animação e nas danças, conheci um amigo do casal que era de Recife, e estava em Salvador a trabalho. Gostei de Adalmir (esse era o seu nome) e ficamos juntos todo tempo e, aos poucos, fomos dançando, nos abraçando, beijando, algumas esfregações, resultando num namoro embalado pela alegria da festa!

Lá pelas duas horas da amanhã, eu já super ligada pelas bebidas, não dispensei o convite de Adalmir para ir dormir no seu hotel. Isso não constitui nenhum absurdo nos dias atuais e, sinceramente, eu nunca perco a chance de transar no primeiro encontro, quando o cara vale a pena. Pode não acontecer outra oportunidade, e eu ficar arrependida!

Nos despedimos, saímos e, por sorte, na mesma hora passou um táxi. Fomos para o Hotel da Bahia, no Campo Grande. Ele pegou a chave e, sobre o olhar do recepcionista, pegamos o elevador e subimos!

Tomamos um banho os dois dentro do box, já começando a sacanagem sem timidez e, depois de ensaboar sua rola, ele tranquilamente, enfiou gostosamente em minha bunda. Senti uma dorzinha leve e ele, ao mesmo tempo, me masturbava delicadamente, me dando uma sensação deliciosa pela água quente que escorria por todo meu corpo. Não precisa dizer que gozamos adoravelmente!

Saindo do nosso banho super libidinoso, nos deitamos na cama e começamos novas preliminares, rolando um sessenta e nove bem trabalhado e, na hora que estávamos para gozar, ele veio por cima de mim e, com toda fúria de amor, penetrou em minha vagina, que cheguei a ter a sensação que ia morrer, do grande orgasmo que estava sentindo. Posso dizer com orgulho e convicção, que foi um fodaço!

Nos beijamos, entre sorrisos de satisfação, eu virei a bunda para ele, e ele ainda com o pau meio duro, se encaixou em mim e, logo em seguida, caiu no sono. Eu ainda fiquei acordada por algum tempo, pois, meu estomago estava roncando e, também, uma pequena dorzinha na base do intestino. O fato é que terminei dormindo também!

Aí é que aconteceu a miséria! Fui tomada por uma caganeira violenta, daquelas que a merda parece vatapá, bem amarelada, fedendo pra cacete, e o pior é que tinha cagado Adalmir todinho! Mas, felizmente, ele continuava dormindo, e eu me levantei calmamente, peguei o lençol e cobri ele. Fui as presas ao banheiro, tomei um banho, vesti minha roupa e, devagarinho, Saí do quarto, peguei o elevador, fui para rua, peguei um taxi na porta do hotel, me mandando para meu apartamento. Minha sorte é que Gilson ia pegar o avião para Recife as dez horas, então, não íamos mais nos ver!

Até hoje eu fico imaginando o que Adalmir pensou e o que está pensando de mim. Presumo que ele deve ter dito ao acordar: “Que mulher cagona filha puta!”

*Escritor- Historiador- Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

 

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