Antonio Nunes de Souza*
Essa semana (segunda-feira), fui estupidamente assaltado as 18:30 horas, na praça José Bastos, centro da cidade de Itabuna, em frente ao Fórum, por um bando de pequenos e médios marginais que, praticamente, moram ali no centro do jardim!
Inocentemente, resolvi passar pelo meio da praça para cortar caminho, e fui atacado por uns quinze delinqüentes, muitos com saquinhos nos narizes cheirando cola ou outra droga qualquer! Empurraram-me por trás e, quando caí, pegaram meu celular e tentaram meter as mãos em meus bolsos para completar o saque. Mas, mediante minha reação imediata em levantar e gritar com eles, se afastaram para o lado, sorrindo e debochando, sentando todos nos bancos da praça, como se nada tivesse acontecido. Somente o que pegou o celular foi que fugiu correndo e, logicamente, eu não fui atrás. Centenas de pessoas que passavam, olhavam perplexos, mas, sem esboçar a mínima reação de ajuda!
Segundo as pessoas que trabalham ali no trecho, esse bando já faz parte da paisagem local e o assalto aos transeuntes é uma constante. O marginal que roubou meu celular é demais conhecido e chama-se Chocolate. Tem passagens na polícia e já foi preso várias vezes!
Orientaram-me na hora, que fosse a polícia, desse o seu nome, que os policiais sabem localiza-lo e reaveriam meu celular. Mas, sinceramente, não tomei essa atitude com receio de represálias posteriores, já que esses indivíduos são presos e, por serem menores de idade, ou outro motivo qualquer, logo em seguida estão de volta cometendo os mesmos delitos. Parece uma atitude covarde, mas... quem tem... celular, tem medo!
Depois dessa desagradável experiência, cheguei à conclusão que, a melhor maneira de se livrar de assaltos, é ficar preso na cadeia. Uma vez que, lá os ladrões são solidários e não roubam seus colegas de cela, temos policiais de plantão nos protegendo, grades para evitar a entrada de visitantes indesejáveis, comida de graça, água, luz, etc.
Lógico que o parágrafo acima é apenas um deboche, com relação ao fato e aos atos que ocorrem diariamente em nossa cidade. A criminalidade, como em todo mundo, aumenta de uma maneira desenfreada, fazendo com que o cidadão viva amedrontado e desconfiado de todas as pessoas e lugares. E, para amenizar essa caótica situação, não se deve ficar a espera da polícia e dos políticos, devemos todos levantar uma única bandeira e lutar, ajudando de alguma forma, pois, os benefícios são da coletividade e esta deve também se mobilizar, em vez de somente fazer queixas, colocando a culpa exclusivamente na polícia, pois, esta também tem seus grandes problemas de contingente, equipamentos e salários aviltantes!
Infelizmente, depois de ser vítima da praga vassoura de bruxa com o cacau, o chocolate ainda me dá esse prejuízo!
Tomara que algum policial leia esse artigo e se compadeça da minha perda, procure o marginal no seu “escritório” demais conhecido, e faça com que ele diga o paradeiro do meu maravilhoso e útil celular!
OBS: Esse fato foi real e me ocorreu há 21 anos. Hoje a marginalia está bem pior, e armados de facas e revolveres. E eu, sagazmente, evito o máximo de ir a rua!
*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL –antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário