Antonio Nunes de Souza*
De tanto ouvir opiniões simplistas, posições sem lastros verídicos e pertinentes, resolvi, sem ser nenhum sociólogo estudioso no assunto, ou sociólogo interessado em esconder por conveniência uma realidade, tentar através desse modesto artigo/crônica, mostrar fatos concretos que foram e continuarão sendo, se mudanças radicais não se realizarem. Contra uma gama substancial de ante brasileiros que vem tentando implantar, procurando com uma sequência desastrosa para o nosso país!
Podemos observar sem nenhum trabalho de pesquisas profundas, apenas colocando nossas memórias para funcionar, que os grandes marginais que hoje atuam no mercado criminoso do país são da faixa etária de 18 a 30 anos (bandidos, traficantes, assassinos, ladrões, tarados, consumidores de drogas, analfabetos, doentes e outras pústulas que transitam pelas ruas), nasceu durante outros governos, desde o final da administração feita pelo golpe militar, passando pelos governos de Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique (dois mandatos), Lula (também reeleito), Dilma, Temer e agora Bolsonaro!
Portanto, é facílimo ver que se essas pessoas se tornaram criminosos e se transformaram em uma fatia de desesperados que ameaça a sociedade, nasceu e cresceu com a assistência (?), ou falta dela, por esses velhos governos anteriores e, lamentavelmente, continua no atual
Não estou em nenhuma hipótese sendo um defensor radical de partidos, ou ex presidentes e nem querendo o ser tendencioso isentando-os de qualquer culpa, mas, se essa geração de ervas daninha tivesse tido a assistência necessária na educação, cultura, médica, habitacional, empregos e valorizações sociais, com certeza absoluta, não estaríamos nos lamentando os grandes tormentos que estamos sofrendo diariamente!
Pois, mesmo com uma série de bolsas, vales, favoritismos, benevolências (muitas até aparentemente abusivas), não se consegue minimizar os escândalos que, para mim, não fossem essas atitudes de ajudas provisórias, já estaríamos às vésperas de uma guerra civil, como tem acontecido em diversos países, tidos no passado como exemplos de maturidades.
Infelizmente, quando essa geração nasceu, a sociedade fechou suas portas, olhando apenas para seus umbigos, deixando que essas crianças que são os chefes de bandos atualmente, comendo nas latas de lixo, fazendo pequenos roubas, vagando pelas ruas pedindo dinheiro, se prostituindo, etc.
A verdade nua e crua é que estamos herdando o resultado do abandono de uma geração e não, erroneamente, como querem impingir, uma culpa do governo. O que precisa é lutar, trabalhar muito, melhorar, veementemente, a educação brasileira e mudar esse sistema podre implantado no passado de “não educar para melhor manobrar”!
É importante que a tão proclamada “sociedade organizada”, em vez de ficar enclausurada em suas riquezas, passe a ser mais solidária, pois, literalmente, será beneficiada em termo de tranquilidade!
Seria um assunto bem mais longo para uma explicação talvez mais clara e justa, mas, por ser um texto para jornal, temos de nos contentar com algumas linhas, esperando que alcance os bons entendedores que, segundo o dito popular, “meia palavra basta”!
Esqueceram do que Pero Vaz Caminha disse na carta ao Rei: “Nessa terra se plantando tudo dá!”
*Escritor–Membro da Academia Grapiúna de Letra-AGRAL- antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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