Antonio
Nunes de Souza*
Tristemente
e vergonhosamente, temos que dar a mão à palmatória, uma vez que, atropelando
grosseiramente o povo, os canalhas governantes de todos os governos passados,
esmagaram a profissão mais importante de uma nação!
É
claro e evidente que todas as profissões são importantes e dignas, mas, sempre
em primeiro plano, temos a obrigatoriedade de deixar o centro do pódio com a
ocupação permanente do nosso digno e respeitável professor!
Tenho
a certeza absoluta que, pela cabeça de todos nós sempre passou a vontade de ser
um professor, pois, sendo o primeiro profissional que enfrentamos na vida,
demonstrava em suas aulas aquela sapiência e sabedoria, uma monstruosa gama de
conhecimentos que, por centenas de vezes, nos deixava boquiabertos e surpresos,
como alguém poderia saber tantas coisas, todas as coisas sobre o mundo!
Nos
parecia ser pessoas do outro mundo, que Deus, bondosamente, tinha enviado para
dar a luz necessária para iluminar nossas vidas. E, com isso, nos deixava com
inveja e, ao mesmo tempo, com orgulho de ter ao nosso lado alguém com esse
potencial inesgotável de conhecimentos.
E
esses detalhes todos, influenciaram muitas pessoas a fazerem o curso de
professor (três anos de escola normal após o ginasial), já que não tínhamos
faculdades no interior, e orgulhosamente, exercer a sagrada e invejada
profissão de mestre.
Infelizmente,
com o passar do tempo, começaram a descobrir e sofrer na pele o que é ser
professor nesse país:
Pessimamente
remunerado, desprestigiados ao extremo, muito mal assistidos, falta de cursos,
seminários, workshop, ajudas essenciais, materiais e livros qualificados e
atualizados, e, para completar, maltratados grosseiramente pelos alunos que,
estupidamente, não os respeitam.
Tudo
isso que, seguramente, acontece normalmente, entrando e saindo administradores
e legisladores e, como se eles desejassem acabar com a profissão, cada vez mais
dificultam seus trabalhos, não dão manutenções as escolas, construindo uma ou
outra eventualmente nas épocas da eleições, colocando os nomes de suas mães ou
esposas, esquecendo até das grandes mestras que, naquelas cidades lutaram
bravamente por um ensino digno e meritório!
Lamentável
que os jovens não mais tenham o desejo de se tornarem professores, provocando
assim, uma decadência educacional, triste e vergonhosa em nosso país!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário