quinta-feira, 12 de outubro de 2017

BELA RECORDAÇÃO!

Antonio Nunes de Souza*

Estou acabando de chegar em Porto Seguro. Lá do alto da rodoviária, olho para a cidade embaixo e me lembro do ano passado que, no ônibus encontrei e conheci Manoel, mais conhecido como Maneca, um veterinário que, como eu, vinha conhecer a maravilhosa terra que Cabral aportou e, com a benção de Deus, tornou-se um paraíso deslumbrante de turismo!

Durante a gostosa viagem saída de Salvador, quase todos com as maiores expectativas, principalmente eu e Maneca que pela primeira vez estávamos tendo essa felicidade de realizar um sonho de muitos anos. Eu, professora secundária do estado, ganhando uma merreca, fiz minhas economias e com a ajuda de meus pais, é que pude ir pela primeira vez, enquanto Maneca, formado há cinco anos, tinha sua modesta clínica especializada em cortar rabos e orelhas de cães, além de alguns outros procedimentos básicos com animais domésticos, estávamos com as mesmas intenções. Éramos da mesma idade, 27 anos!

Já no onibus nas paradas normais para lanches e refeições, sentamos juntos e conversamos bastante, nos identificamos, sorrimos a bastante e sentimos aqueles diagnósticos que nos leva a sacanagem: Pele, Química e Simpatia!
Então...dois jovens livres e tranquilos, iniciando uma aventura que certamente seria inesquecível, não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade surgida para realizar todas as coisas boas e gostosas que a vida nos oferece.
Na segunda parada, já estávamos abraçados, havíamos dado alguns furtivos beijinhos e, na volta para o onibus, fomos sentar no fundo, já que não estava lotado e, geralmente sobra a parte trazeira dos veículos. E, já no escurinho da noite, começamos a nos alisar, ele colocou o membro para fora e eu, louca de desejo comecei masturbá-lo, sentindo na mão aquele delicioso mastro latejando entre os meus dedos. Ele, por sua vez, também, sagazmente, suspendeu minha saia e, chegando para o lado minha calcinha, alisava meu clitóris com tanta perícia que eu fiquei tão molhadinha que parecia que havia me urinado. Sinceramente, não existia nenhuma preocupação com os passageiros, pois, o ruído do motor, não deixava que ouvissem os escondidos ruídos dos nossos gozos!
Passados alguns minutos, descansando aos beijos, fomos ao sanitário, nos lavamos e nos recompomos e, sorrateiramente, voltamos aos nossos lugares. Daí pra frente, já fomos para o mesmo hotel, ficamos no mesmo quarto e, juro por Deus, fodíamos desbragadamente, numa tezão assustadora, um desejo incontido e bilateral, que parecia que eu nunca tinha vista uma rola e ele jamais tinha conhecido uma xoxota!
Transávamos quase a toda hora nas mais variadas posições, inclusive com zero em preconceitos, pois, as relações orais e anais eram abundantes e deliciosas. Nos deixando cansados de tanto gozo sequencialmente. Parecíamos duas máquinas de sexo, ligadas na tomada e aptas para somente parar em pequenos intervalos!

Lógico e claro que, com essa deliciosa oportunidade, e o nosso desesperado desejo, pouco saímos do quarto do hotel, somente as vezes para ir fazer as refeições e tomar um gostoso e revitalizador banho de piscina! Parece incrível, mas não fomos a nenhum lugar da cidade, não chegamos a ir nas grandes cabanas das praias, shows, eventos, etc., pois ficamos sábado, domingo e segunda, numa trepação demoníaca e maravilhosa que, com certeza, estava valendo mais do que ver a cidade descoberta por Cabral.
Infelizmente, como Maneca era de Pernambuco, durante o ano nossos contatos foram esfriando, arranjei outros namorados e, infelizmente, nos desencontramos. Devido a minha vinda no ano passado, que mais pareceu um seminário, ou workshop de sacanagem, resolvi voltar esse ano para realmente conhecer as praias e as maravilhosas noites de lambadas das famosas barracas praianas.
Desci do onibus após essa lembrança, tomei um taxi e segui para o mesmo hotel do ano passado. E, lá chegando foi direto para o balcão da recepção para preencher minha ficha e, quando olho para o meu lado esquerdo, tomo o maior susto, pois, de cabeça baixa escrevendo, estava ao meu lado meu antigo colega de viagem: Maneca.

Não precisa eu dizer que, novamente, não conheci Porto Seguro e nem na Passarela do álcool fui. Sinceramente, não sei se o lugar é afrodisíaco, ou tem algum “fetiche” deslumbrante, mas, que dá a maior tesão, isso posso afirmar!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras_AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

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