Antonio
Nunes de Souza*
Estou
acabando de chegar em Porto Seguro. Lá do alto da rodoviária, olho para a
cidade embaixo e me lembro do ano passado que, no ônibus encontrei e conheci
Manoel, mais conhecido como Maneca, um veterinário que, como eu, vinha conhecer
a maravilhosa terra que Cabral aportou e, com a benção de Deus, tornou-se um
paraíso deslumbrante de turismo!
Durante
a gostosa viagem saída de Salvador, quase todos com as maiores expectativas,
principalmente eu e Maneca que pela primeira vez estávamos tendo essa
felicidade de realizar um sonho de muitos anos. Eu, professora secundária do
estado, ganhando uma merreca, fiz minhas economias e com a ajuda de meus pais,
é que pude ir pela primeira vez, enquanto Maneca, formado há cinco anos, tinha
sua modesta clínica especializada em cortar rabos e orelhas de cães, além de
alguns outros procedimentos básicos com animais domésticos, estávamos com as
mesmas intenções. Éramos da mesma idade, 27 anos!
Já
no onibus nas paradas normais para lanches e refeições, sentamos juntos e
conversamos bastante, nos identificamos, sorrimos a bastante e sentimos aqueles
diagnósticos que nos leva a sacanagem: Pele, Química e Simpatia!
Então...dois
jovens livres e tranquilos, iniciando uma aventura que certamente seria
inesquecível, não poderíamos deixar de aproveitar a oportunidade surgida para
realizar todas as coisas boas e gostosas que a vida nos oferece.
Na
segunda parada, já estávamos abraçados, havíamos dado alguns furtivos beijinhos
e, na volta para o onibus, fomos sentar no fundo, já que não estava lotado e,
geralmente sobra a parte trazeira dos veículos. E, já no escurinho da noite,
começamos a nos alisar, ele colocou o membro para fora e eu, louca de desejo
comecei masturbá-lo, sentindo na mão aquele delicioso mastro latejando entre os
meus dedos. Ele, por sua vez, também, sagazmente, suspendeu minha saia e,
chegando para o lado minha calcinha, alisava meu clitóris com tanta perícia que
eu fiquei tão molhadinha que parecia que havia me urinado. Sinceramente, não
existia nenhuma preocupação com os passageiros, pois, o ruído do motor, não
deixava que ouvissem os escondidos ruídos dos nossos gozos!
Passados
alguns minutos, descansando aos beijos, fomos ao sanitário, nos lavamos e nos
recompomos e, sorrateiramente, voltamos aos nossos lugares. Daí pra frente, já
fomos para o mesmo hotel, ficamos no mesmo quarto e, juro por Deus, fodíamos
desbragadamente, numa tezão assustadora, um desejo incontido e bilateral, que
parecia que eu nunca tinha vista uma rola e ele jamais tinha conhecido uma
xoxota!
Transávamos
quase a toda hora nas mais variadas posições, inclusive com zero em
preconceitos, pois, as relações orais e anais eram abundantes e deliciosas. Nos
deixando cansados de tanto gozo sequencialmente. Parecíamos duas máquinas de sexo,
ligadas na tomada e aptas para somente parar em pequenos intervalos!
Lógico
e claro que, com essa deliciosa oportunidade, e o nosso desesperado desejo,
pouco saímos do quarto do hotel, somente as vezes para ir fazer as refeições e
tomar um gostoso e revitalizador banho de piscina! Parece incrível, mas não
fomos a nenhum lugar da cidade, não chegamos a ir nas grandes cabanas das praias,
shows, eventos, etc., pois ficamos sábado, domingo e segunda, numa trepação
demoníaca e maravilhosa que, com certeza, estava valendo mais do que ver a
cidade descoberta por Cabral.
Infelizmente,
como Maneca era de Pernambuco, durante o ano nossos contatos foram esfriando,
arranjei outros namorados e, infelizmente, nos desencontramos. Devido a minha
vinda no ano passado, que mais pareceu um seminário, ou workshop de sacanagem,
resolvi voltar esse ano para realmente conhecer as praias e as maravilhosas
noites de lambadas das famosas barracas praianas.
Desci
do onibus após essa lembrança, tomei um taxi e segui para o mesmo hotel do ano
passado. E, lá chegando foi direto para o balcão da recepção para preencher
minha ficha e, quando olho para o meu lado esquerdo, tomo o maior susto, pois,
de cabeça baixa escrevendo, estava ao meu lado meu antigo colega de viagem:
Maneca.
Não
precisa eu dizer que, novamente, não conheci Porto Seguro e nem na Passarela do
álcool fui. Sinceramente, não sei se o lugar é afrodisíaco, ou tem algum
“fetiche” deslumbrante, mas, que dá a maior tesão, isso posso afirmar!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de
Letras_AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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