terça-feira, 20 de setembro de 2016

Nós temos (in) justiça!

Antonio Nunes de Souza*

Qualquer brasileiro que se preze, que vive em nosso lindo território, reconhece essa exclamação, mais que justa, simplesmente pelos atos, ou melhor, pelos não atos praticados, maltratando, vergonhosamente, nossa cidadania, fazendo que reconheçamos que nossa justiça é, categoricamente, injusta!

Parece uma brincadeira a maneira desprezível que somos tratados, com relação as questões nas diversas varas, principalmente e grosseiramente na área trabalhista. E, quando as ações são contra grandes empresas, desconhecemos as razões (?), mas, são as mais morosas, descabidas, cheias de desculpas, seus recursos nunca andam em favor dos funcionários aviltados, dando uma leve, ou pesada desconfiança nos pesos e medidas!

Talvez, no mundo, nossa justiça é a que trata os dependentes empregados, pacientes compulsoriamente, como se estes fossem os bandidos e oportunistas, não levando em conta suas razões comprovadas e suas necessidades básicas de sobrevivência. Lógico que essa atitude, ou melhor, falta de atitude, leva os sofredores a odiarem a justiça, exatamente, pela injustiça que estão sofrendo, penando em função de leis frágeis, duvidosas e, quase sempre, mais benevolentes em favor dos vergonhosos empregadores, desprovidos de caráter e cidadania!

Temos todos de nos contentar com a desculpa desgastada de falta de juízes e funcionários para que sejam agilizadas as ações, porém, essa desculpa ridícula e vil, vem sendo dada há dezenas de anos e, todos os governos que entram, nenhuma providência é feita para suprir essas grandes e necessárias pendências! Claro que esse gesto vergonhoso, faz com que a justiça perca o seu “micro” crédito e os governos responsáveis pela melhoria dela, sejam denominados de covardes e protetores de verdadeiros bandidos!

Conhecemos casos de espera de dezenas de anos, chegando seus sofredores de serem atingidos por tantas apelações do patronato que, infelizmente, morrem antes de fluir os resultados meritórios das ações. Isso jamais será uma justiça, é na verdade, uma brutal injustiça carregada de crueldade!

Os banco, os maiores agiotas da nação, são, vergonhosamente, campeões de queixas trabalhistas e, pelas brechas dessa nossa capenga justiça, espremem os empregados, até onde não podem e, aproveitando-se das fraquezas, fazem podres acordos de 40% ou 50% dos direitos que, infelizmente pelas necessidades, os pobres empregados são obrigados a receber, depois de anos de espera!

Temos que ter vergonha do comportamento da nossa justiça, que massacra sem dó nem piedade, a classe de homens e mulheres que trabalharam e lutaram pelo desenvolvimento do país! Vamos todos protestar, gritar, exigir para que nossos direitos sejam mais respeitados e possamos algum dia dizer que a justiça não é cega somente para os mais fracos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

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