Antonio Nunes de Souza*
Nosso grande criador apenas com barro, nos esculpiu com genitálias e ainda, posteriormente, fomos agraciados com um delicioso choque chamado orgasmo, servindo de estímulo para que tenhamos sempre o desejo de repetir a dose. Temos que tirar o boné e reverenciar sempre a sabedoria do nosso bondoso Deus que, ao criar o maravilhoso mundo em que vivemos, pensou sabiamente na maneira deliciosa de perpetuar a espécie através de um outro ser, relativamente semelhante e, num toque de costela: Criou a MULHER.
Feito isso, para que tornasse mais prazerosa à confecção humana e não precisasse ficar sujando as mãos com argila, a danada da serpente despertou a tesão e uma enorme vontade de praticar a nossa obra maior, em favor de ampliar cada vez mais a densidade demográfica do mundo.
Pois, você já imaginou se Ele, na sua seriedade santificada, resolvesse que não seria necessário o orgasmo na procriação, que bastaria apenas um aperto de mão ou um beijo na testa?
Seria o maior tédio dar o que viria a ser chamada de transa e, provavelmente, este mundo estaria praticamente despovoado. Pois somente uma pequeníssima minoria altamente religiosa e ávida de ter despesas e problemas, se daria ao trabalho de fazer filhos.
Entretanto, embora esteja fazendo uma apologia ao nosso Criador pela sua bendita façanha, existem dúvidas com relação à instituição da transa como forma agradável de sentir-se prazer e, ao mesmo tempo, fazer filhos. Segundo a própria Bíblia Sagrada, quando o Senhor criou Adão e Eva no Paraíso, longe dos seus pensamentos passava a idéia de que teríamos direito a transar. Inclusive, na sua pureza, rotulou o ato como: Comer a maçã (que, radicalmente, era taxativamente proibido). Imagino eu que Ele criou esse casal para ter com quem conversar e contar as suas façanhas e, cheio de pompa, dizer: Estão vendo aqueles oceanos ali? Fui eu que fiz em duas horas. E aquele rio lá? É o Amazonas. Com uma mijada eu o fiz e com o que sobrou, fiz o Nilo e o Sena. Esse seria provavelmente o motivo maior dessas companhias, para dar vazão ao seu ego e sentir uma tietagem e admiração por parte dos únicos espectadores e testemunhas oculares da história. Não sei se estou exagerando ou sendo profano, mas, fazer as coisas e não ter ninguém pra contar é uma tremenda frustração e não dá nenhum prazer. Acho que nem para Santo! E, como nós fomos criados a Sua própria imagem, claro que Ele tinha suas pequenas doses de santificadas vaidades.
Assim sendo, baseado na outra face da história, devemos atribuir sem resquícios de dúvidas ou contradições, que o verdadeiro criador da relação sexual cheia de prazeres e gozos foi o Demônio. Que, retratado como uma serpente, legalizou a sacanagem no mundo animal, dando-nos essa complementação tão deliciosa que é o sexo.
Em vista do exposto, só nos resta agradecer ao Senhor por nos ter criado neste maravilhoso mundo e, sem que sejamos hereges, reverenciarmos dignamente a Lúcifer por nos ter ensinado a transar tão gostosamente e ainda ter inventado a camisinha para evitar filhos indesejados.
Portanto, para que vocês estejam sempre de bem com a vida, nada mais lógico que todos os dias, acendam uma vela para Deus e, pelo sim pelo não (cruz credo, mangalô três vezes), outra para o Diabo.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com –antoniomanteiga.blogspot.com)
Nosso grande criador apenas com barro, nos esculpiu com genitálias e ainda, posteriormente, fomos agraciados com um delicioso choque chamado orgasmo, servindo de estímulo para que tenhamos sempre o desejo de repetir a dose. Temos que tirar o boné e reverenciar sempre a sabedoria do nosso bondoso Deus que, ao criar o maravilhoso mundo em que vivemos, pensou sabiamente na maneira deliciosa de perpetuar a espécie através de um outro ser, relativamente semelhante e, num toque de costela: Criou a MULHER.
Feito isso, para que tornasse mais prazerosa à confecção humana e não precisasse ficar sujando as mãos com argila, a danada da serpente despertou a tesão e uma enorme vontade de praticar a nossa obra maior, em favor de ampliar cada vez mais a densidade demográfica do mundo.
Pois, você já imaginou se Ele, na sua seriedade santificada, resolvesse que não seria necessário o orgasmo na procriação, que bastaria apenas um aperto de mão ou um beijo na testa?
Seria o maior tédio dar o que viria a ser chamada de transa e, provavelmente, este mundo estaria praticamente despovoado. Pois somente uma pequeníssima minoria altamente religiosa e ávida de ter despesas e problemas, se daria ao trabalho de fazer filhos.
Entretanto, embora esteja fazendo uma apologia ao nosso Criador pela sua bendita façanha, existem dúvidas com relação à instituição da transa como forma agradável de sentir-se prazer e, ao mesmo tempo, fazer filhos. Segundo a própria Bíblia Sagrada, quando o Senhor criou Adão e Eva no Paraíso, longe dos seus pensamentos passava a idéia de que teríamos direito a transar. Inclusive, na sua pureza, rotulou o ato como: Comer a maçã (que, radicalmente, era taxativamente proibido). Imagino eu que Ele criou esse casal para ter com quem conversar e contar as suas façanhas e, cheio de pompa, dizer: Estão vendo aqueles oceanos ali? Fui eu que fiz em duas horas. E aquele rio lá? É o Amazonas. Com uma mijada eu o fiz e com o que sobrou, fiz o Nilo e o Sena. Esse seria provavelmente o motivo maior dessas companhias, para dar vazão ao seu ego e sentir uma tietagem e admiração por parte dos únicos espectadores e testemunhas oculares da história. Não sei se estou exagerando ou sendo profano, mas, fazer as coisas e não ter ninguém pra contar é uma tremenda frustração e não dá nenhum prazer. Acho que nem para Santo! E, como nós fomos criados a Sua própria imagem, claro que Ele tinha suas pequenas doses de santificadas vaidades.
Assim sendo, baseado na outra face da história, devemos atribuir sem resquícios de dúvidas ou contradições, que o verdadeiro criador da relação sexual cheia de prazeres e gozos foi o Demônio. Que, retratado como uma serpente, legalizou a sacanagem no mundo animal, dando-nos essa complementação tão deliciosa que é o sexo.
Em vista do exposto, só nos resta agradecer ao Senhor por nos ter criado neste maravilhoso mundo e, sem que sejamos hereges, reverenciarmos dignamente a Lúcifer por nos ter ensinado a transar tão gostosamente e ainda ter inventado a camisinha para evitar filhos indesejados.
Portanto, para que vocês estejam sempre de bem com a vida, nada mais lógico que todos os dias, acendam uma vela para Deus e, pelo sim pelo não (cruz credo, mangalô três vezes), outra para o Diabo.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com –antoniomanteiga.blogspot.com)
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