terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Essas mulheres...

Essas mulheres...
*Antonio Nunes de Souza

Cada dia que passa precisamos ter cuidados especiais quando praticamos o bendito e salutar ato sexual.
Se nos basearmos na nomenclatura machista dada as mulheres em geral, os perigos são cada vez mais assustadores, nos deixando com o risco, nada agradável, de uma broxada na hora mais imprópria, se vier à cabeça os mais absurdos exemplos de nomes ou apelidos impingidos a estas lindas e maravilhosas criaturas.
Uma das denominações mais antiga, mas que nunca perdeu a evidência da atualidade é a Perua. Diz-se ser uma mulher exibida, com gosto duvidoso, roupas extravagantes sem as devidas combinações de cores, perfumes e pinturas nada convencionais, além de um comportamento sempre ridículo perante todos. As conversas são baseadas nas novelas globais e fuxicos da revista Amiga.
Quando nos deparamos com a mulher Perua, mesmo ela sendo bonita, geralmente deixa nosso peru completamente inibido, nos provocando uma sensação de mal estar e enjôo, suscitando em nós a falta de confiança em nossa masculinidade. Resultado: Não se consegue transar legal!
Pior ainda é quando nos deparamos com a tal da Piranha! Meu Deus, essa é perigosíssima por duas razões preponderantes: Primeiro porque, já que foi classificada na faixa das piranhas, trata-se de uma mulher que não escolhe parceiro, transam mais pelos interesses do que pelos prazeres proporcionados e está passiva de ser transmissora de DST. Fora à lembrança que vem em nossa mente, daquele peixe mesmo pequeno, que tem mais de 500 afiados dentes em cada arcada dentária. Imaginamos logo que a dita cuja tenha na vagina uma dentadura amolada e vai nos morder o pênis, deixando o saco murcho para a sobremesa. Resultado: Não se consegue transar ou transa-se perigosamente!
Dentre todas as rotulações a mais odiosa e desagradável é a Vaca!
Pô! Chamar uma mulher de vaca podemos dizer sem medo de errar, que é uma classificação altamente desclassificada. Creio que, quando dizemos que aquela mulher é uma vaca, estamos dando uma qualificação das mais humilhantes possíveis. Pois a vaca, além de tudo, ainda é feia e gorda. E até quando é magra, a danada é esquelética. E se você ousar ter uma relação sexual e na hora passar pela sua cabeça a doença da Vaca Louca ou a Febre Aftosa, nem Viagra resolve o seu caso Com esse espécime a coisa torna-se tão horrível, que o resultado é mais penoso: Nem se pode ariscar transar!
Claro que existem infinidades de outras depreciativas expressões populares com relação a esse ser maravilhoso, mas procurei ater-me aos mais conhecidos e usados, deixando para finalizar com o mais torpe de todos, que é a Galinha. Essa meu amigo é a de maior volume na praça e está em crescimento constante, em função da liberdade sexual das mulheres que está começando quase que na infância. É também conhecida na roda masculina como Periguete ou Biscateira e somente tem suas oportunidades com os menos avisados. Geralmente tem o corpo cheio de bactérias e a cabeça vazia de juízo.
Além do percentual elevado de bactérias contaminadoras, adquiridas através das quilometragens penianas rodadas ao longo tempo, a mulher Galinha pode ser taxada como transa de altíssimo risco, graças a enorme possibilidade de ser portadora do letal HIV. E, para completar sua desdita, surge agora a tal Gripe Aviária, que também pode nos levar a morte em uma modesta semana. Pense bem, se na hora H, você fazendo um sexo oral cheio de carinho e romantismo e, de repente, a vagina espirar em sua cara? E você, como cavalheiro, ainda ter que dizer: Saúde!
Resultado: O Ministério da Saúde adverte: Transar com galinha faz mal a saúde!
Eu, puritano e previdente que sou, só estou praticando esse esporte com beatas e evangélicas. Pois estas são puras, castas, higiênicas, caridosas e, na hora do prazer, ainda nos abençoam dizendo: Ai meu Deus! Ai meu Deus! Eu vou gozar em nome de Jesus!
E eu, religiosamente, digo apenas amém, amém, amém!
*Escritor (Vida Louca–ansouza_ba@hotnail.com – antoniomanteiga.blogspot.com

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