Antonio Nunes de Souza*
Tem uma conotação divina,
Todo mundo com ela se fascina,
Descrevendo-a como bela!
Ah! Como essa gente mente!
E quem ouve cala e consente,
Com essa profunda balela.
Esse estado físico animal e humano,
Dos estados é talvez o mais profano,
Por não ser infinito nem eterno.
Às vezes retrata um lindo céu,
Outras o sabor do puro e gostoso mel,
Na maioria das vezes parece mais um inferno.
A vida não passa de uma extensa aquarela.
Onde nós somos apenas uma modesta tela,
Que ela tinge quando nos atinge.
Azul, vermelho, verde, cinza ou lilás,
Poucas são às vezes, que usa o branco puro da paz,
Porém, o homem traja uma redoma incolor e finge.
Se passarmos um filme da nossa pinacoteca,
Veremos como a dita “vida bela” peca,
Nos matizando com milhares de cores.
Nossas aparências mutantes e tão diferentes,
Muitas com tons tristes, poucas com tons contentes,
Representando necessidades, paixões e amores.
Vivemos com eternas lamentações,
Econômicas e, principalmente, dos corações,
Pedindo a Deus para sermos fortes nas dores.
Mas, todos os quadros seriam mais definidos,
Se fossemos inteligentes e prevenidos,
E pintássemos nossas próprias cores.
Escritor (Vida Louca - ansouza_ba@hotmail.com)
antoniomanteiga.blogspot.com
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