sábado, 1 de janeiro de 2011

Aniversário fatídico!

Aniversário fatídico!
Antonio Nunes de Souza*
Ontem foi o dia do meu aniversário, tanto de idade como de casamento. Passei um dia alegre e feliz, mesmo estando com minha mulher e meu filho mais velho em Nova York, somente contando com a presença do meu caçulinha que já tem a bagatela de trinta e quatro anos. Mas, para nós pais, esse povo sempre serão meninos em nossos olhares.
E, para matar a saudade, coisa que faço diariamente através da Net (câmeras, fones e todas as parafernálias para um diálogo quase ao vivo), fiquei mais de uma hora conversando com meu povo “americano”, relembrando como o tempo passa rápido quando somos felizes, mesmo estando distante.
Hoje, ao acordar, lembrei-me do aniversário fatídico do atentado terrorista contra os Estados Unidos, mais precisamente Nova York, onde o Pentágono e as torres do Wold Trade Center foram atingidos por aviões comerciais cheios de passageiros, numa atitude infame e desumana de uma facção árabe, dirigida por um fanático que faz as maiores diabruras, paradoxalmente, em nome de Deus.
Em uma das minhas idas a NY, procurei visitar o local das torres que foram atingidas (vide foto anexa), ficando estarrecido com o tamanho da área sinistrada e pasmo por não ter tido uma tragédia de maiores proporções, em função da série de enormes edifícios que circundam o local.
Devemos atribuir à bondade divina, não só ter minimizado nossos sofrimentos com desfechos menos acentuados, como também por não ter desencadeado uma imediata terceira guerra mundial, fazendo com que os americanos feridos em seus brios por verem desmoralizados seus esquemas de segurança, que é propalado como o melhor do mundo, sofrer um vexame como se tratasse de uma republiqueta, saíssem soltando bombas atômicas pelo mundo a fora para mostrar sua suprema superioridade mundial.
Inegavelmente, hoje é um dia inesquecível para o mundo pelos dissabores, mortes e desgostos, causados mais uma vez pelos homens em busca de mais poderes, aliada a uma mentalidade tacanha e atrasada, cultuada através de uma estúpida religiosidade fanática e grosseira. Aliás, infelizmente, em todas as guerras do mundo, mesmo ou principalmente nos períodos mais medievais, a religião esteve sempre presente, procurando maiores poderes e paz, através do sangue e regras ditatoriais.
Vamos fazer sérias reflexões, para ver se vale a pena essas lutas sórdidas que somente alimentam a desigualdade dos povos. Enquanto se reúnem os oito mais ricos com propósitos de ficarem mais ricos, espalhados pelo mundo estão centenas de países pobres vendo seus povos morrerem de fome. Será que Deus criou os homens, dando-lhes o livre arbítrio para que seja usado dessa torpe maneira? Jamais acreditarei nisso!
Vamos procurar explorar mais nossa solidariedade e sempre dar exemplos de carinho, amor e dedicação ao próximo, para que não tenhamos de comemorar datas de aniversários como a de 11 de setembro.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blogspot.com)

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