Antonio Nunes de Souza*
Enquanto
a veneramos pela sua necessidade básica e vital, ela, estimulada pelos maus tratamentos
recebidos, tem respondido com violência, e ao mesmo tempo, com uma escassez
tenebrosa e duradoura em algumas regiões, causando transtornos jamais
concebidos, já que anos atrás, seus comportamentos eram administrados
sazonalmente, com pequenas margens de erros!
Estamos
tratando, evidentemente, da nossa preciosa chuva, que sempre foi a estimuladora
indispensável na agricultura, pecuária, indústria, comércio e na área urbana!
Presenciar
alagamentos absurdos e tempestivos, com desmoronamentos, mortes e prejuízos
incalculáveis, tornou-se uma rotina constante em nossas vidas. Cidades
completamente submersas, estradas interrompidas, pontes e barragens destruídas,
colocando o povo numa situação triste e desesperadora, uma vez que os governos,
por mais que queiram, não tem mais possibilidades de refreá-la, já que
operações e projetos para se voltar a um equilíbrio, não custaria menos de
bilhões, como também, uma centena de anos!
Acima,
apenas citamos o excesso, mas, a escassez em centenas de cidades e algumas
regiões, é tão sofrida pela sua falta, como é sofrida pelos exageros. Rios
outrora caudalosos, agricultura com suas plantações invejáveis e produtivas,
transformadas em verdadeiros desertos, famílias morrendo de fome, outras
abandonando suas cidades, pois, aqueles que ficam, além de continuar sofrendo
as agruras do inferno, enfrentam tais situações por não possuírem outras
opções!
Infelizmente,
nossa chuva de lágrimas não comove, em nenhuma hipótese os políticos e nem a S.
Pedro que é o santo responsável. Pois, para políticos, essas obras faraônicas
que requer bastante tempo, além dos reflorestamentos, acham eles que mesmo
sendo essenciais, apenas darão votos somente no futuro, e eles não se
aproveitarão. O bom mesmo são as obras rápidas e urbanas, onde mostram seus
serviços e suas caras, para suas reeleições tranquilas. São as chamadas “engana
povo”, que geralmente são começadas no último ano das gestões, bem perto das
eleições!
Curiosamente,
metade do país reza para não chover, e a outra metade para que chova
copiosamente, voltando exatamente como no passado. Uma lástima que o
desequilíbrio dos homens, tenha, tristemente, desequilibrado nossas condições
climáticas!
Uma
dádiva de Deus tão bendita, transformou-se em uma “grande vilã”, pela ganância
financeira dos homens, que procedem com os argumentos pífios de que estão
trabalhando em nome e pelo progresso do país!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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