Antonio Nunes de Souza*
Nem
sempre os adágios populares seguem a mesma ordem e, nesse caso, Thiago, jovem
estudante de educação física, já terminando seu curso com a idade de vinte e
quatro anos, por ser bastante vaidoso, cuidava do corpo com uma dedicação quase
que fanática. Ele não tinha apenas a barriga de tanquinho, era um tanque
completo, que com facilidade, fazia com que as mulheres lhe dessem as maiores
molezas, pelos desejos eróticos despertados!
E,
estagiando em uma academia, conheceu Diana, mulher bonita e viçosa, que como
ele, dava um trato corporal de fazer inveja as bailarinas do Faustão. Aquele
tipo que você não tem defeito para colocar, pois, parecia uma das esculturas de
Michelangelo!
Se
conheceram, as simpatias, peles e químicas bateram forte e, logo começaram os
flertes, encostadinhas, pequenos alisamentos as escondidas, etc., até que ela por
ser casada, combinou para ele ir uma noite em seu apartamento, já que por coincidência
moravam em edifícios um em frente ao outro. Que ele observasse se a luz da
varanda estivesse acesa, que seria o sinal que ele poderia subir tranquilamente!
Então,
a partir desse acordo, Thiago ficava de castigo todos dias esperando o sinal
luminoso branco, que significava verde para a liberação das libertinagens!
Diana
avisou a empregada que nunca ligasse a luz da varanda, e essa obedecia
fielmente. Porém, aconteceu que entrou uma empregada nova na casa e,
inocentemente, acendeu a noite a luz da varanda. Quando Thiago viu, muito
assanhado, vestiu-se rapidamente, desceu pelo elevador, chegando ao térreo bateu-se
com uma florista, dessas que perambulam pelos bares, comprou meia dúzia de
rosas, e seguiu eufórico para sua aventura amorosa, bastante esperada!
Subiu
para o sétimo andar, e tremendo de emoção, tocou a campainha. Mas, pra sua
grande surpresa, quem veio atender foi o marido de Diana, um cara com dois
metros, professor de artes marciais, e parecia um guarda roupas de casal!
-O
que o senhor deseja?
Thiago
sem nenhuma ação, apenas disse o que lhe veio a mente: Eu estava passando e vim
visitar Diana minha colega de academia!
Mas,
nesse instante, Diana chega a porta e seu marido pergunta: Querida esse cara é
seu colega de academia?
E
Diana, fazendo cara de espanto, disse: Amor eu nunca vi esse homem!
O
marido ciumento, percebeu logo que ele estava se insinuando para sua esposa,
imediatamente, meteu a mão na cara de Thiago, pegou as rosas enfiando de uma a
uma na boca dele, dando chutes e ponta pés, e gritava: Descarado, ousado, como
é que tem a coragem de cortejar a esposa alheia. Thiago com a boca parecendo um
jarro cheio de flores, nem podia dizer nada. Tomou sua surra calado, voltou
para casa todo quebrado, revoltado com Diana, e com a lição de que deveria ser
mais prudentes com as mulheres dos outros. E aprendeu que nem sempre a “luz”
ilumina o bom caminho!
Percebe-se
também que Deus, algumas vezes, escreve torto, com as linhas certas!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
2 comentários:
Estou rindo até agora. Você meu amigo e bom demais. Gostei muito. Aliás até agora gostei de tudo que você escreve. Muito bom mesmo. Desta cartola sai coisa em. Um abraço. Parabéns
Gostei.muito.boa.
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