Antonio Nunes de Souza*
Para
a maioria dos mais velhos, sua classificação era de “furor uterino”. Diziam
eles que conforme a medicina, ela não tinha condições de se reprimir com
relação ao sexo. Era uma necessidade diária e constante, que por incrível que
pareça, assustava até os homens, pela sua desenvoltura nas horas essenciais, e os
desempenhos dos mais competentes e cheios de prazeres. Diziam seus parceiros,
que ela chiava mais do gato no telhado nas noites de amor, e no momento
sublime, nos êxtases dos seus orgasmos, enfiava as unhas nas costas dos privilegiados
ou coitados, que algumas vezes, chegava ao sangramento. Era uma verdadeira fera.
Não uma fera ferida, e sim uma fera fodida!
Mas,
para uma outra vertente, mais pudica e condenadora dos comportamentos sexuais,
quando se referiam a ela era como uma mulher bandida, prostituta social,
programista e outros adjetivos, que juntando todos, resumia-se no mais vulgar: puta!
Porém,
não era nada disso, Lorena gostava mesmo era de transar e nada cobrava de
ninguém. Apenas, bastava ter alguma simpatia e o homem despertar seu sensível
libido, que sem nenhuma preocupação do que ele pensasse, dava logo mole para
que ele se aproximasse, e sem demora o ato ser realizado! Nesse partículas ela
era competentíssima e sabia tanto escolher, como fazer acontecer com maestria. Mesmo
estranhando um pouco esse apetite voraz, eu apenas achava que ela não tinha
nada de anormal, tratando-se apenas de uma vanguardista, que agia como os
homens normalmente agem, mostrando a hipócrita sociedade, que os gêneros tem os
mesmo desejos e direitos de serem felizes!
E
tinha um detalhe interessante, pois, mesmo sendo uma das poucas da época, não
tinha pudores de conversar sobre suas aventuras amorosas, elogiar aqueles que
melhor desempenhava a função de bom de cama, provocando orgasmos múltiplos. E
com esses, sempre dava novas oportunidades para o deleite de ambos. Sabia ser
generosa também. E além disso, sempre se vangloriava fazendo comparação ao rei
Pelé: Se ele fez mil gols, eu mesmo sem ter uma catraca vaginal, posso dizer
que já tenho umas mil transas, apesar de ter apenas 27 anos!
Não
falei das suas qualidades físicas, mas Lorena era bonita, se cuidava, corpo bem
delineado, formação universitária, trabalhava normalmente, independente, e
apenas transava porque gostava. Uma sábia, pois, quem não aproveita e fica fazendo
“docinho”, vai sentir uma “amargura” pela falta que fará no futuro!
Mudei
de cidade e nunca mais encontrei Lorena, e imagino que agora com seus 45 anos,
deve estar celebrando seus dois mil atos sexuais, bem feitos e aproveitados!
Posso
dizer de cátedra, que atualmente encontramos nas ruas várias Lorenas, que como
os homens, quando sente atração, vai pra cima e canta o cara bonitinho,
levando-o para cama, simplesmente pelo prazer. E creio que estão certíssimas!
Eu
tenho medo de serpentes, mas, a do paraíso sabia das coisas e estava cheíssima
de razão. Esse “choquinho” é a essência sublime para alegrar as vidas
existentes, como também produzir novas vidas!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
2 comentários:
Boa noite amigo!
Gostei , a maneira como você expressa é fantástica, eu fico imaginando uma bests lendo isso . Beata talvez uma vírgula, na maioria ou são recalcadas ou são iguais a Lorena . Conheci uma assim. Era uma freira. Nossa era sacada demais. E usava o pobre terço para se auto flagelar RS.
Postar um comentário