segunda-feira, 10 de abril de 2023

CASA DO PRAZER! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Quando falamos “casa do prazer”, pode-se pensar de imediato que estamos nos referindo a um bom teatro, cinema, restaurante, clube, etc., mas, no caso em pauta, trata-se, exatamente, da “casa do prazer sexual”. Ou puteiro, mangue, cabaré, zona e outras nomenclaturas batizadas pelo povo, principalmente seus fiéis e inveterados frequentadores!

Era uma dessas casas que Angélica, tinha e explorava, já por longos anos, depois de se aposentar como prostituta de luxo, dando-se ao privilégio de viver das gordas comissões de suas pupilas, seu bar e restaurante de quitutes para seus clientes abonados, fora eventuais programas, que ainda fazia não só por prazer, como atendendo algumas propostas irrecusáveis!

Para ela sua casa era naturalmente, um cabaré de luxo, onde somente eram encontradas mulheres jovens, bonitas, gostosas e de boas procedências!

Porém, como Deus não protege as coisas eradas, e o diabo trabalha para complicar mesmo estando nos trilhos e com bom andamento, aconteceu que numa noite de sábado, movimento dos melhores, Angélica viu sua casa invadida pela polícia federal, para prender três perigosos bandidos, assaltantes, criminosos e distribuidores de drogas, que numa ação provocada por uma denuncia anônima, estavam se deleitando no “Prazeres e Sonhos”, nome oficial da casa!

Assim que descobriram que estavam cercados, os três homens sacaram suas armas, começando um tiroteio violento, no meio do pânico e correrias da clientela. Infelizmente, como sempre ocorre nesses episódios, alguns inocentes são gravemente feridos, inclusive chegando a óbito. E não foi diferente! Angélica foi arrastada pelos cabelos por um dos bandidos, que com a arma em riste em sua cabeça, ameaçava atirar se não o deixasse fugir. Nisso um atirador de elite, armado com um fuzil de precisão milimétrica, já instalado no telhado vizinho, apontou para cabeça do marginal, e sem medo de errar, atirou certeiramente. Mas, antes de cair morto, ele atirou na cabeça de Angélica, que morreu junto ao bandido, já que sua arma era de grosso calibre, não tendo chance de atendimento médico!

A casa foi fechada e encerrando suas atividades. Hoje Angélica é apenas uma grande lembrança na cidade pela velha guarda, sempre se referindo a ela com carinho e admiração, como uma mulher de “cama, mesa e banho”, que quer dizer: boa na cama, ótimo papo na mesa e asseadíssima pelos seus banhos com ervas e sais minerais!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei de mais parabéns!

Anônimo disse...

Kkkkkkkkk imaginei isso mesmo. Vc é ótimo. Gostei . Rindo até agora