domingo, 30 de abril de 2023

MOMENTO DE PRAZER! (Clique e leia)

 

                                             Antonio Nunes de Souza*

 Seus sedosos pelos pubianos

Umedecidos pelos desejos profanos

Exalava um cheiro perturbador.

Acariciei o seu sexo deixando-a louca

Suguei o seu seio e beijei-lhe a boca

E começamos a fazer amor!

 

Faltou controle da nossa parte,

Na ânsia esquecemos a arte

De amar demoradamente.

Porém, na cama com ela

Qualquer ser humano apela

E goza que nem sente!

 

Felizmente continuei penetrando

Nossos gemidos foram aumentando

Repetindo tudo que já se fez.

Senti seu lindo corpo tremendo

Sacudindo como se estivesse morrendo

Aí, gozamos pela segunda vez!

 

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

sábado, 29 de abril de 2023

NOSSA VILÃ NO MOMENTO! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Enquanto a veneramos pela sua necessidade básica e vital, ela, estimulada pelos maus tratamentos recebidos, tem respondido com violência, e ao mesmo tempo, com uma escassez tenebrosa e duradoura em algumas regiões, causando transtornos jamais concebidos, já que anos atrás, seus comportamentos eram administrados sazonalmente, com pequenas margens de erros!

Estamos tratando, evidentemente, da nossa preciosa chuva, que sempre foi a estimuladora indispensável na agricultura, pecuária, indústria, comércio e na área urbana!

Presenciar alagamentos absurdos e tempestivos, com desmoronamentos, mortes e prejuízos incalculáveis, tornou-se uma rotina constante em nossas vidas. Cidades completamente submersas, estradas interrompidas, pontes e barragens destruídas, colocando o povo numa situação triste e desesperadora, uma vez que os governos, por mais que queiram, não tem mais possibilidades de refreá-la, já que operações e projetos para se voltar a um equilíbrio, não custaria menos de bilhões, como também, uma centena de anos!

Acima, apenas citamos o excesso, mas, a escassez em centenas de cidades e algumas regiões, é tão sofrida pela sua falta, como é sofrida pelos exageros. Rios outrora caudalosos, agricultura com suas plantações invejáveis e produtivas, transformadas em verdadeiros desertos, famílias morrendo de fome, outras abandonando suas cidades, pois, aqueles que ficam, além de continuar sofrendo as agruras do inferno, enfrentam tais situações por não possuírem outras opções!

Infelizmente, nossa chuva de lágrimas não comove, em nenhuma hipótese os políticos e nem a S. Pedro que é o santo responsável. Pois, para políticos, essas obras faraônicas que requer bastante tempo, além dos reflorestamentos, acham eles que mesmo sendo essenciais, apenas darão votos somente no futuro, e eles não se aproveitarão. O bom mesmo são as obras rápidas e urbanas, onde mostram seus serviços e suas caras, para suas reeleições tranquilas. São as chamadas “engana povo”, que geralmente são começadas no último ano das gestões, bem perto das eleições!

Curiosamente, metade do país reza para não chover, e a outra metade para que chova copiosamente, voltando exatamente como no passado. Uma lástima que o desequilíbrio dos homens, tenha, tristemente, desequilibrado nossas condições climáticas!

Uma dádiva de Deus tão bendita, transformou-se em uma “grande vilã”, pela ganância financeira dos homens, que procedem com os argumentos pífios de que estão trabalhando em nome e pelo progresso do país!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

OS PRAZERES E DESPRAZERES DOS FERIADÕES! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Em princípio parece que o feriadão é maravilhoso para todos, são três dia de descanso, diversão, prazeres e alegria. Mas, essa adjetivação que é um pudim de satisfações, infelizmente, não é para todos, pois, tem várias vertentes que, de alguma forma, são sacrificadas até com grandes prejuízos financeiros!

Minha pretensão é mostrar uma visão mais detalhada, uma vez que todos, com poucas exceções, somente pensam no feriadão como algo deslumbrante e maravilhoso, sem se voltar para algumas nuances, que não são verdadeiras sensações de alegrias e prazeres!

Posso citar na área comercial, lojas, grandes magazines e supermercados, que fechados deixam de faturar milhares de reais nesse curto período, abalando seus balanços, pois estão pagando a milhões de funcionários, despesas fixas normais e faturamento zero. Com isso não quero dizer que sou escravista, apenas explanando uma realidade comercial, que muitas vezes são sacrificantes para empresas diversas!

Outra vertente que também não adora tanto os feriadões, são os funcionários das áreas de serviços (hotéis, cinemas, parque de diversões, turismo, bares, restaurantes, salva-vidas), que tem que trabalhar dobrado para divertir os outros. Obviamente, os seus patrões adoram e muito lucram!

Outra faixa, que infelizmente sofre muito, são os trabalhadores da informalidade, que são milhões, principalmente camelôs, que os centros das cidades ficam completamente vazios, se salvando aqueles que normalmente atuam nas praias!

Já a classe pobre e paupérrima, que atinge um número exorbitante de pessoas, essa sofre cotidianamente, quer seja feriado, dia santo ou normal. Passa fome, privações, insegurança, doenças, e lazer é algo que ela desconhece completamente. Feriado atrapalha até aqueles que, desesperadamente, se tornam pedintes nas ruas e avenidas. Um triste e lamentável fato, pouco visto pelos governos e pela hipócrita sociedade, que se diz organizada. Pode até ser organizada, mas, para eles mesmos!

Finalizo com os ricos e remediados, pois, para esses o feriadão é, literalmente, maravilhoso. Viajam, passeiam, pescam, fazem festas, etc., se divertindo a vontade, muitas vezes até ampliando os dias, já que para eles feriado é o dia que eles querem e desejam!

Essa visão é imparcial, sincera e honesta, que muitos não se apercebem, ou não enxergam essas nuances que em grande parte são lamentáveis, principalmente a da classe humilde, que é muito desprezada pelo egoísmo social!

Gostaria muito que todos pudessem ter um bom feriadão. E espero, idiotamente, que algum dia isso possa acontecer!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

 

PALAVRAS SOLTAS! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

“Quando você encontrar a felicidade, saiba que não foi você que achou. Pois, com certeza, alguém é que está lhe proporcionando!”

“Se você for desprezado por alguém, nunca diga que perdeu esse alguém. Jamais perdemos o que nunca foi nosso!”

“O amor sempre dá um ideia de posse, talvez por essa razão o possuído vai embora!”

“No filme da sua vida você é o ator principal. Todos os outros são coadjuvantes. E quando saem do roteiro, esqueça-os e continue tranquilamente sua filmagem!”

“Existem tantas imaginações do que acontecerá depois da morte, que por via das dúvidas, é preferível continuar vivendo!”

“Se tivéssemos a certeza que do outro lado da vida existe um paraíso, haveria diariamente uma série de suicídios!”

“Nunca é tarde para se aprender. E sempre é cedo para se dizer tamanha bobagem!”

“Faça as coisas e nunca se arrependa. Aprenda!”

“Nunca se fanatize por nada. Ser fanático é comprovar que você é um idiota!”

“Nunca grite ao discutir, pois, a elevação da voz, é a maior prova da falta de argumentos!”

“Por que pagar por sexo, se ambos gozam? Fica tudo elas por elas!”

*Escritor, Historiador, Cronista me Poeta!

sexta-feira, 28 de abril de 2023

SERÁ QUE AS EVANGÉLICAS AMAM ASSIM? (Clique e leia)

 

 Antonio Nunes de Souza*

-Por favor, meu bem! Nós somos irmãos, pertencemos à mesma Igreja, sabemos os limites impostos pela Bíblia Sagrada, e devemos controlar nossos desejos para somente após o casamento!

-Mas Juliana, eu sei tudo isso! Porém, nós somos adultos e devemos reconhecer que a Bíblia, embora seja mais que Sagrada, foi escrita há centenas de anos e isso era o costume da época. Hoje, tenho certeza que os profetas se vivos estivessem, mudariam tranquilamente de opinião com relação a esse versículo!

–Mas benzinho, a Bíblia é intocável! Nela constam as palavras de Deus. E Ele não é mutável em seus pensamentos. Se Ele fez o homem a sua semelhança, foi para que procedêssemos da forma que Ele procederia nas mais diversas situações!

-Juliana meu amor, eu não quero ser herege, nem dizer blasfêmias, mas, todos nós sabemos que Ele é solteiro, não tem essas necessidades e nem sabe como é bom. Portanto, por mais Santo que seja, não pode imaginar o que sentimos quando desejamos fazer sexo!

-Você está louco Jadson! Logo você que é da paróquia há tanto tempo, dizer semelhante loucura! Deus, a bem da verdade, deve ser solteiro, pois, nunca vi ou li algo a esse respeito. Porém, ao fazer o homem, Ele colocou esse desejo apenas para ser usado na procriação da espécie!

-Nada disso, Juliana! Se Ele realmente quisesse que nós perpetuássemos a espécie ao seu modo, o mais lógico seria nos dar uma olaria com bastante barro e nos habilitar a esculpir. Seria mais rápido, faríamos nossos filhos com as características que quiséssemos, cor, olhos, cabelos, etc., inclusive não existiria nem a dor do parto! Se Ele nos deu os órgãos genitais e o desejo da relação, foi para que desfrutássemos desse prazer delicioso quando desejássemos!

-Meu amor, você está duvidando de Deus?

-Não minha Juliana querida. Eu estou é com um tesão incrível, e já fazem três meses que estamos namorando e saindo, e você não quer me dar nem um pouquinho!

-Eu não sou toda sua? Meu coração e minha alma? Mas, meu corpo somente será seu para o resto da vida, quando o matrimônio for sacramentado!

-O que você está dizendo, em pleno século XXI, é um verdadeiro absurdo. E não existe nenhum homem atualmente, que vai perder tempo na noite de núpcias tirando virgindade. Essa intimidade deve ser começada durante o namoro, para que no dia você tenha a certeza que casou com a pessoa certa pra cama, mesa e banho! Já pensou o que é você casar com um cara e na lua de mel ele não for de nada?

-Ah! Mas isso não vai acontecer com você, pois, quando às vezes eu deixo você encostar-se em mim, sinto que não falharás!

-Você devia sentir é a dor que sinto no saco quando vou embora. Depois de lhe beijar, abraçar e algumas esfregadinhas, o saco fica em tempo de explodir. É isso que você me deseja?

-Meu amor, isso é apenas uma provação divina!

-Pra mim isso é uma sacanagem da sua parte. Sou obrigado a cair na mão grande para poder dormir com tranquilidade, ou então, demoro de dormir e tenho polução noturna!

-Você está sendo tão vulgar nas suas palavras, Jabson! Tenha calma! Você parece que está possuído!

-Eu não estou possuído de forma alguma. O que quero é lhe possuir, minha filha!

-Poxa, meu bem. Você era tão mais meigo!

-Claro! No começo do namoro a gente vai segurando a barra, muito carinho e afeto, mas, com o tempo, é preciso saber viver!

-Você me fez lembrar de Roberto Carlos. Falou Juliana com um sorriso nos lábios!

-Então larga essa droga de caretice e vamos sentir muitas emoções. Eu e você, Café na cama, Os botões da blusa, etc., vai ser maravilhoso, meu amor!

-Infelizmente não posso! Você pensa que eu também não sinto algum desejo? Mas, eu penso na Bíblia e esqueço logo essa tentação!

-Você precisa nessas horas é pensar no Kama sutra!

-Meu Deus, como você é pecador! Sinceramente, estou ficando decepcionada depois desse diálogo. Imaginava que você fosse mais compreensivo e religioso!

Oh! Meu bem, me desculpe. Mas, eu não consigo me segurar mais. Tenho tanta vontade de você, que o sangue além de ir para a parte baixa, ainda vai para a cabeça! E por falar em cabeça, vamos fazer o seguinte: Deixe eu botar somente a cabecinha, certo?

-Não! Minha mãe me disse que se alguém falar que vai ser só a cabecinha, para eu não deixar porque pinto não tem ombros, e termina entrando o corpo inteiro!

-Então, se é assim seu pensamento eu desisto e está tudo acabado entre nós!

-Professamos a mesma religião, mas falamos línguas diferentes no sexo. Meu livro sagrado é de uma edição mais nova e atualizado. Adeus irmã e seja feliz!

-Sinto muito Jabson, mas, não posso fazer o pecado que você quer, vá e seja feliz em nome do Senhor Jesus!

-Vou mesmo Juliana! E arranjarei uma namorada católica, que não tem essas bobagens. Pecam a vontade, pois sabem que no fim Deus perdoa tudo numa boa!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

quinta-feira, 27 de abril de 2023

SONHO E ESPERANÇA! (Clique e leia)

 

 Antonio Nunes de Souza*

Era uma mulher deslumbrantemente maravilhosa. Um corpo perfeito, com todas as peças nos lugares certos, seios rígidos, lindos e pontudos e tamanhos adequados, o quadril tão bem formado, que parecia que fora esculpido por Michelangelo, seu rosto tinha todas as características de uma beleza nórdica, que é na verdade o padrão internacional de beleza, suas pernas eram tão bem torneadas, que não se percebia os joelhos, dado sua uniformidade até a junção dos seus pezinhos delicados!

Era um raríssimo espécime, que apenas tinha uma coisa que não combinava com as características citadas. Não que fosse demérito, apenas era uma combinação de mixagem de tipos étnicos, parecendo uma criação laboratorial, pois, curiosamente, ela era negra como as asas da graúna, e os seus cabelos crespos poderiam não combinar, com esse deslumbrante, divino e maravilhoso ser. Mas, sinceramente, tudo era de uma perfeição tão impecável, que parecia uma miragem tida por um Tuaregue em pleno deserto de Saara!

Quando ela andava com seu porte de rainha e a elegância sensual, seu belíssimo corpo parecia estar zombando dos nossos gulosos olhares, dirigidos para suas nádegas, que jamais mereceria ser chamada de bunda. Seria um sacrilégio e um demérito com aquele belíssimo santuário!

Como todos nós mortais somos passíveis de detalhes, que lamentavelmente nos sacaneiam, ela também tinha o dela, que suponho não agradá-la. Ela tinha aquela doença de pele Pitiríase, popularmente chamada de Vitiligo, que faz aparecer uma série de manchas brancas pelo corpo e, até hoje, ainda não tem uma cura definitiva, pois, trata-se de uma falha orgânica do indivíduo, em não produzir uma substância necessária, para a coloração uniforme da pele. Infelizmente, a ciência ainda não descobriu como produzi-la em laboratório! Mesmo assim, por incrível que pareça, essa combinação de cores (preto e branco), ela não deixava de ser uma perfeita mulher, uma estrela e botava fogo nos nossos desejos sexuais. Eu, que a admirava mais que tudo, intimamente e secretamente, pela sua bi coloração, coloquei o apelido de “Dálmata”. Uma linda cadela, ou cachorrona como dizem os Funkeiros. Era meiga, linda, charmosa e deveria saber muito bem dar e receber carinhos!

Assim era minha querida e inacessível “Luana Dálmata”, meu desejado exemplar canino, que por muitas vezes, me levou a generosas masturbações solitárias, apenas usando a fértil imaginação, e o desejo guloso e libidinoso!

Confesso que um dia cheguei a sonhar que era um belo pastor alemão e, quando minha querida Dálmata passou por mim na rua, eu com a liberdade peculiar canina, corri atrás, dei umas cheiradas no seu sexo protuberante, lambi babando de satisfação e, prontamente, equilibrei minhas patas em seu corpo, e fui me introduzindo sem dó nem piedade, sem ligar os transeuntes que olhavam admirados e sorrindo, até que me engatei com toda segurança possível. Me jogaram água fria, me bateram com uma vassoura, gritaram, jogaram coisas, mas, eu não largava de jeito nenhum. E, minha doce cadela, gostando também, virava-se de lado e me lambia todo, alimentando minha tesão embutida e guardada por tanto tempo. Acordei daquele jeito: em petição de miséria. Mas, realizado pensando como seria bom, se esse sonho um dia se realizasse, com minha querida e poderosa Luana Dálmata!

Depois desse episódio magistral, me voltei a olhar com carinho a doutrina espírita, pedindo ao Nosso poderoso Senhor e a Allan Kardec, que me reencarne como um lindo cão, que não tem cerimônias para fazer e atender seus caprichos e necessidades, nas horas que as oportunidades despontam!

Vou querer me chamar Rex, e já estou até aprendendo a latir: Au, Au, Au, Au!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

 

quarta-feira, 26 de abril de 2023

DESMISTIFICAÇÃO DO SEXO! (Clique e leia)

 

 Antonio Nunes de Souza*

Por séculos ou milênios, ou para ser mais preciso, desde a criação do Paraíso, que o maravilhoso, delicioso e indispensável sexo foi totalmente discriminado. Primeiramente, o maior proibidor da história Universal, foi o nosso sagrado Deus, que depois de fazer um casal de humanos, usando somente as mãos e o barro, não deixou de elaborar e esculpir uma vagina e um pênis. Depois disso, coloca os dois juntos na sombra de uma macieira, que sabidamente morava uma sapeca serpente, cheia de ideias vanguardistas, e provavelmente, já tinha experimentado a delícia com sua parceira!

Vale uma observação curiosa, que os mais fanáticos e fervorosos cristãos, podem me condenar achando que sou um herege, mas, se Deus fez o homem a sua semelhança, podemos garantir que ele tinha também pênis. Aí vem a pergunta que ainda não tem resposta: QUEM FEZ ELE, POR QUE NÃO FEZ TAMBÉM UMA DEUSA?

Essa pergunta precisa que os ditos Ministros terráqueos Dele, encontrem uma justificativa plausível, nada de querer “vaselinar” nossas mentes com conversas da carochinha, ou farofa de água fria. Queremos e merecemos explicações corretas e concretas, sem invenções de interpretações Bíblicas, e que seja um posicionamento positivo e palpável!

Felizmente, para o bem e felicidade de todas camadas sociais, o sexo tem sido a diversão deliciosa, premiada em primeiro lugar, não mais denominado um ato pecaminoso. Passou a ser, simplesmente, uma necessidade fisiológica, que deve ser praticado, sempre que possível! Jamais deixando para amanhã, pois, amanhã, você poderá acordar sem a tesão necessária para o desempenho. E isso é uma merda, alguns amigos já me confessaram essa triste história. Eu estou beirando essa tragédia. Tenho até um amigo que é bastante gozador, e disse-me que todos os dias, tem que ir ao banheiro as três da manhã, e quando acaba de fazer xixi, olha para seu membro e diz: TODAS AS VEZES QUE VOCÊ QUER EU LEVANTO, MAS, QUANDO EU QUERO VOCÊ NÃO LEVANTA, SEU FDP!

Então amigos, continuarei com minhas dúvidas, porém com a certeza que somente idiotas perdem tempo se privando de tal primoroso comportamento. Mas, com certeza, se arrependerão amargamente no futuro!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

terça-feira, 25 de abril de 2023

DO NASCER AO MORRER! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Todos aqueles que convivem de perto comigo ou amigos íntimos, sabem e estão cansados de ouvir meus conceitos sobre a vida (nascimento, crescimento, velhice e morte), acentuando várias conjecturas, onde me esforço para ser bem claro. Porém, por se tratar de citações nada comuns e, ao mesmo tempo, muito vanguardistas, confundo as cabeças dos meus interlocutores ou, pelo menos, deixo-os desnorteados e com a convicção que estou, simplesmente, louco!

Num poema que fiz há muitos anos, enfatizo e defendo a idéia que nós deveríamos nascer velhinhos e pequeninos, mas, com crescimento mais veloz. Cuidassem das nossas doenças, alimentassem nossos corpos para enfrentar o mundo, fôssemos tendo uma vida e desenvolvimento com corpos saudáveis e, quando chegasse o nosso ciclo determinado de vida, começaríamos a nos encolher, mas, com muita saúde, até ficarmos uma criancinha, ocasião que morreríamos no colo dos nossos amigos e parentes. (Vide o filme “A vida de Benjamim Burton” com Brad Pitti, que é genial e tem alguma similaridade). Na sequência normal da vida você nasce passivo de dezenas de doenças, toma centenas de vacinas, pega dezenas de viroses, visitas aos médicos periodicamente, cuidados especiais, etc., durante o decorrer do tempo fazendo exercícios, não comendo muitas coisas  que gosta e, depois de todas essas obrigações e determinações ditas salutares, na sua velhice, que depois desses tratamentos deveria estar uma “fera”, começa a sentir em dobro ou triplo uma série de doenças, que vão debilitando seu corpo, fazendo que você assombrado, espere a morte a qualquer momento. Lógico que é uma sensação de terror diário FDP, porém, simpaticamente, colocaram o nome dessa nossa linda (?) fase: “Terceira Idade ou Feliz Idade!” Uma altíssima sacanagem. Eu acho até que quem criou essa “farofa” foi um publicitário de renome chamado Alexander da Silva. O homem tem nome americano e sobrenome típico brasileiro, com essa mistura mermão, só poderia ter um papo de jacaré, que leva qualquer no bico. Se duvidar ele dá beliscão em parede de azulejo!

Eu, sinceramente, continuo defendendo o meu ponto de vista, que por mais maravilhosa que seja essa tal de “feliz idade”, nunca me fascina e nem fascinará. E repito sempre que não gostaria de passar por ela. Eu fiz uma jura pra mim mesmo, que morrerei tendo apenas 26 anos, e na minha cabeça nunca passo disso. Só me lembro que sou mais velho quando me olho no espelho, e vejo os cabelos brancos, mas agora até isso não me assunta, pois está na moda. Porém, já que do outro lado do mundo dizem que teremos grandes e maravilhosas surpresas divinas, morrer pode ser um bom negócio. Mas, se me enganaram e não tiver nada disso, ficarei podríssimo e putíssimo!

E, pelo sim pelo não, eu quero é viver muitos e muitos anos mesmo caindo pelas tabelas!

Dando mais uma de profeta, suponho que Deus, com sua sabedoria incomparável, aproveita nossos momentos terráqueos finais, para dar os merecidos castigos pelos pecados cometidos durante a vida, poupando o trabalho de fazer do céu um lugar de julgamentos e condenações. Esse papo que: “se não pagar aqui, paga no céu!”, pode ter certeza que é fake news. Lá só recebem almas purificadas. Em função dos erros e pecados cometidos, logicamente, os piores terão seus sofrimentos nas debilitações, relativos aos seus comportamentos. Os bonzinhos (que não são muitos) morrem dormindo sem sentir nenhuma dor, ou enfarto fulminante. Os que morrem de desastres são os mais danados, e cometerão muitas mazelas. E os que morrem crianças ou jovens, são porque no futuro iriam aprontar muito!

Segundo as crenças principais: se for católico Deus perdoa e vai direto para o céu, se for espírita vai purgar um pouco e depois voltar para cumprir sua jornada. Somente os evangélicos é que se você for bom ganha o céu e se for ruim vai direto para o inferno, para eles não existe meio termo!

Eu, precavidamente, já estou negociando com Deus, através do corretor Leonardo, uma nuvem de quarto e sala, com vista para a terra, com o privilégio de anjinhos tocando harpas as sextas-feiras a noite, um bom manjar diário, e umas “caipihóstias” para animar. E não quero pagar condomínio!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

A ANIMALIZAÇÃO HUMANA! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Essa conceituação é simplesmente, chover no molhado. Pois, todas as pessoas qualificadas ao redor do mundo, estão indignadas e estarrecidas com as brutalidades, crimes desprezíveis, atentados dos mais cruéis, que infelizmente, estão acontecendo com a humanidade em termos mundiais!

São comportamentos desprovidos de raciocínio, amor e fraternidade, onde interesses dos mais descabidos são colocados na frente, escudando e querendo justificar os ódios, as invejas, maldades latentes e doentias, colocando as desculpas mais descabidas e pobres de razões, para executarem suas brutais maldades!

Será que depois das destruições progressivas e constantes da fauna e flora, enlouquecendo as condições climáticas, misturando as quatro estações, e cada uma procedendo de maneira errônea nos diversos lugares ainda é pouco?

Será que continuar matando e desmatando os homens vão chegar a algum lugar?

São esses os animais racionais que Deus criou, que usam o livre arbítrio para suas próprias destruições?

São perguntas que, por mais pesquisas que sejam feitas, não conseguimos ver algo substancial, a não ser a ignorância, falta de educação, amor próprio e excesso de egoísmo. Podem ser classificados apenas como bichos que falam, mas, não raciocinam, pois, idiotamente estão programando seus próprios suicídios, ampliando cada vez mais, sórdidos comportamentos!

É inconcebível imaginar, que por questões religiosas ou terras, homens e mulheres encham seus corpos de bombas e, tranquilamente, explodam em eventos, matando centenas de pessoas. Se apossarem de armas poderosas, e pelas mesmas razões, sair atirando em pessoas inocentes, fazendo montanhas de vítimas, que nada tem com suas questões políticas ou religiosas!

Espero que, quando eles acabarem de destruir o mundo, na próxima Arca de Noé, que deverá ser uma enorme nave espacial, seja levado um casal de cada animal, mas, jamais levem um do “bicho homem”!

Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

segunda-feira, 24 de abril de 2023

SEM CALMARIAS, MAS, MUITAS TEMPESTADES! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Foi exatamente assim que aconteceu minha gloriosa chegada a Porto Seguro. As minhas calmarias foram substituídas por uma grande ansiedade, e quanto as tempestades com suas chuvas abundantes, certamente eram para lavar nossa nossas almas, com seus trovões e raios, com certeza representavam fogos e barulhos, geralmente usados em eventos santificados. Pois, dentro de horas, estaria frente a frente com meu querido e adorado irmão Caetano Veloso. E muito ao contrário de Cabral, eu estaria encontrando uma terra muitíssima conhecida, que desfruto com carinho, afeto e amizade fraternal, por várias dezenas de anos!

Talvez, para aumentar minha ansiedade, os intempestivos foguetórios climáticos, fizeram que eu ficasse dois dias ilhado, contentando-me com meus aflitos e afetuosos contatos, através da moderna tecnologia das comunicações!

Mas, quando possível foi, mais que depressa parti para meu esperado encontro, já imaginando as similaridades das centenas de outros anteriores, que posso dizer comparativamente, que a sensação é a mesma de uma criança, quando num aniversário, imagina que vai ter brigadeiro. Porém, desta feita foi diferente, pois, ao vê-lo, me pareceu que tinha em minha frente uma enorme bandeja dessa admirada guloseima, despertando: alegria, satisfação, carinho, afeto, saudade e água na boca!

Beijos e fortes abraços, logicamente foi natural acontecer, como em todas as vezes que nos encontramos. As conversas recordando o passado, avivando e atualizando o presente, e como sempre, trocando ideias e novos projetos para o futuro, já que o tempo é nosso grande amigo e cheio de generosidades! Aproveitei para lhe presentear com dois livros meus, com muitas crônicas e poemas, já que ele me presentearia com muitas lindas canções. Literalmente, uma permuta de literatura e música!

Depois de horas de conversas e trocas de afetividades, partimos do camarim para o teatro: Ele para o palco e eu, orgulhosamente, para a plateia, numa das filas da frente. E quando ele entrou, tive uma enorme vontade de gritar para aqueles mil convidados especiais todos de branco, que não paravam de bater palmas (foi um evento privado), a seguinte frase: ELE É MEU IRMÃO!

O espetáculo foi deslumbrante, provocando gritos, assovios, palmas, balançar de braços e aplausos calorosos com todos em pé. Uma sequência musical primorosa e irrepreensível, mesclada com seus sucessos eternos, fazendo que a seleta plateia em alguns momentos, chorassem pelas emoções e, na maioria das vezes, mudando o choro por largos sorrisos de satisfação e o privilégio de ter em sua frente, alguém muitíssimo especial no mundo das artes!

Senti como se fosse uma sensação telepática, que meu querido mano, mesmo cantando e tocando, as vezes com o olhar penetrante, me procurava entre os espectadores. E, como num passe de mágica, quando encerrou o show, as luzes acenderam, ele e a banda agradeciam a montanha de aplausos, nossos olhares se encontraram. Rapidamente ele colocou a mão na boca e me jogou um carinhoso beijo. Não precisa dizer que, como uma “manteiga”, me derreti todo!

Ainda participamos de um coquetel, queima de fogos ornamentais belíssimos por vários minutos, e Caetano seguiu para o jatinho contratado, acompanhado de sua mulher Paulinha, partindo para o Rio!

Mas, vocês pensam que minha viagem só teve esse monumental evento? Nada disso meus amigos, me acompanhando nessa bela viagem musical maravilhosa, quase marítima em Porto, estavam meu querido sobrinho Léo, sua bonita mulher Júlia, minha sobrinha/neta Maju, amiga Lourdinha e minha querida irmã Ana, que dirige com maestria a linda revista Bacana, além de meus novos amigos Alexander expert da mídia, e o grande e internacional artista plástico Jabson!

Essa foi a minha maratona quase radical, mas, deu-me muita felicidade neste final de semana, que mesmo com as tempestades, não tirou o brilho, e foi mais um encontro inesquecível!

Ficou confirmado para mim, o popular adágio que diz: “Depois da tempestade vem a bonança!” E veio!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

     

quarta-feira, 19 de abril de 2023

ÚNICA CHANCE! (Clique e leia)

 

                          Antonio Nunes de Souza*

 

Passa lentamente o que chega de repente

Aparece e some que a gente nem sente

Deixando somente a marca da lembrança.

Tudo repentino não tem consistência

Perde rápido sua resistência

E sua simplória rotina cansa.

 

Quase não lembro do fato ocorrido

É como se nada tivesse acontecido

Foi simplesmente ilusão.

Seu rosto é uma imagem desfocada

Uma vaga lembrança esfarrapada

Leve sombra no meu coração.

 

Se um dia reencontrar esse alguém

Não sei se saberei quem é quem

Com certeza vou passar batido.

Não darei outra chance de amor

Mesmo vendo em seus olhos a dor

De um coração arrependido!

 

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

O DIA DO ÍNDIO! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Como todo ano, comemora-se o “Dia do índio” fazendo-se alguns festejos nas poucas aldeias que ainda conseguiram sobreviver, apreciamos os nativos apresentando danças e alguns restantes costumes culturais, envergando suas belas indumentárias ornamentadas e cheias de penas, proporcionando espetáculos cheios de purezas ainda existentes, geralmente, para a alegria e curiosidade dos ditos homens brancos que, sem penas nenhumas, com suas atitudes grotescas e desumanas, cada dia procura dizimá-los e tomar suas terras, sem nenhum respeito às leis e os direitos desse povo, originariamente, brasileiro. Nesse momento, aqui na região, os Pataxós estão invadindo na “marra” as fazendas (já está em mais de dezenas), criando uma situação insustentável para ambos os lados e difícil conciliação para as autoridades!

 

Vergonhosamente, desde a chegada dos portugueses ao Brasil, quinhentos anos atrás, que os índios sofrem barbaridades através de escravaturas e, aqueles que não se submetiam, eram aniquilados como verdadeiros animais, sem entenderem qual a razão de tais atitudes, já que eram pacíficos (embora desconfiados) e recebiam todos que aportavam como se fossem curiosos visitantes!

Passadas essas centenas de anos, com a introdução da miscigenação de raças (pretos, brancos, índios, amarelos, etc.), grande parte dos índios perderam suas características físicas, incorporaram hábitos e costumes das cidades e comunidades civilizadas (?), inclusive, através de uniões e constituições de novas famílias, muitos que nunca viram uma flecha, a não ser a do Cupido, pelas comodidades e algumas assistências governamentais, travestiram-se de filhos, netos ou bisnetos de antigos caciques, bastando para tanto uma pintura no rosto, colares e algumas peninhas na cabeça! Lamentavelmente, esses oportunistas são os mais criadores de casos e, se vacilarem na comunidade indígena que vivem, imediatamente se proclamam caciques para gozarem de determinados privilégios!

Com minha licenciatura história, questionei em algumas aulas sobre esse assunto, pois, não concordo que os índios incorporem tudo de moderno da civilização (carro, ar condicionado, DVD, computador, celular, máquina de lavar, televisão, refrigerador, etc.) e, nas horas das reivindicações, reúnem-se em grupos e filas indianas balançando chocalhos rudimentares, emitindo cânticos em estranhas linguagens e pitando cachimbos de barro (quando, normalmente, fumam Carlton)!

Isso é uma contradição bastante paradoxal, pois, na hora que querem algo substancial (por direito ou não), apresentam-se como pobrezinhos sofredores. Mas, quando estão tranquilos em suas comunidades, agem e querem usufruir de todas as mordomias vistas nas grandes cidades, esquecendo de suas culturas por eles mesmo acharem obsoletas. Já que o importante é a preservação cultural (costumes e hábitos), me pergunto sempre: Por que eles não continuam se comunicando com sinais de fumaça ou batidas de tambores em vez de celulares? Por que não continuam se deslocando com lindos vôos nos cipós da selva e preferem caminhonetes cabines duplas, automóveis e aviões?

Como diria um falecido e conhecido político da nossa região: é uma faca de três gumes!

Eu prefiro uma de dois gumes, mas, o ideal seria que todos se agregassem numa única sociedade, cada grupo étnico conservasse sua cultura (como o negro e outros já fazem nas quilombolas), porém incorporados às leis e determinações que são regidas para todos, uma vez que, pelo andar da carruagem, não teremos nem um índio autêntico, para daqui a alguns anos, comemorarmos essa data!

Como na verdade essa situação é complexa e confusa, prefiro deixar aos cuidados dos sociólogos e indigenistas, guardar minhas opiniões para conversa de botequim, e me amparar na canção de Rita Lee, que diz: “Todo dia é dia de índio!”

 Parabenizo todos os índios pela passagem do seu dia, reconhecendo que para eles, meu apito é surdo!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

COMO TIREI MEU BREVÊ! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Ela era um avião. Mas, não era um mono motor não. Era um jato turbinado, daqueles que leva uma hora subindo gente para enchê-lo. E o interessante de tudo isso, foi que ela era uma aeromoça que conheci numa das viagens ao exterior, e pensei com um sorriso: Puxa vida! Um avião dentro do outro!

Passou pelo corredor solicitando que colocássemos os cintos e as poltronas nas posições, distribuindo um sorriso branco, lindo e sensual, que qualquer homem lhe atenderia imediatamente. Embevecido que estava, apertei tanto o meu que cheguei a soltar um pum, felizmente, daqueles silenciosos. O avião decolou, ela e mais duas colegas ocuparam os corredores e começaram aquela ladainha habitual das instruções para as situações adversas. Peguei uma revista e comecei a ler, porém, uma hora depois, com as luzes apagadas, eu usava apenas o foco direcionado a leitura, comecei a sentir uma tremedeira, o corpo bastante frio e uma sensação de um provável desmaio. Segurei enquanto pude, pois sou jovem, forte quase atlético, e desfruto de uma saúde invejável. Essa sensação para mim era uma novidade extraordinária, que eu não sabia a que atribuir. Não me contendo mais, apertei o sinal na minha poltrona, chamando uma das aeromoças para me atender, e por ironia do destino, quem me aparece é aquele Boeing deslumbrante, que já chegando, percebeu que algo não estava bem comigo!

-O senhor está bem? Perguntou ela com uma voz meiga, quase cochichando para que não chamasse a atenção de outros passageiros. Disse-lhe o que estava sentindo, e pedi um cobertor e travesseiro para me agasalhar e me acomodar melhor. Ela prontamente foi buscar, voltou, me acomodou, cobriu meu corpo, e ao mesmo tempo perguntou se eu tinha tomado algum remédio ou se tinha qualquer problema de saúde. Falei que não, pois tinha saúde maravilhosa, praticava esportes e sempre fazia exames de rotina!

Ela foi lá dentro, e depois de uns cinco minutos, voltou dizendo-me que falou com o comandante e ele solicitou que ela ficasse ao meu lado durante a viagem, até que eu estivesse recuperado daquele inesperado mal estar. Fiquei na maior felicidade, por duas razões: uma por ter alguém ao meu lado cuidando de mim, e outra por ser aquela mulher, que somente com o seu cheiro, cura qualquer doente. Sem exagerar, quando ela colocou as mãos em minha garganta para ver se eu estava com febre, me subiu uma tesão com o calor das suas mãos, quase que curando meu mal estar. Mas, continuei com aquela cara de cachorro lambido, demonstrando que sua presença era mais que necessária. Como Deus gosta muito de mim, minha poltrona era bem lá atrás da nave, e como o vôo não estava lotado, eram três cadeiras vazias, que suspendendo os braços, transformava-se em uma cama razoável. Ela apagou o foco de luz, me acobertou e como uma boa guardiã, se aconchegou ao meu corpo e brincando disse: Vou ficar bem junto de você, pois, se algo ocorrer eu sentirei imediatamente!

Não posso negar que daquela hora em diante, eu nem mais pensava em alguma doença, tremedeira, frio e outras coisas mais. Meu desejo era pilotar aquela aeronave sentindo grandes prazeres, literalmente, me sentiria nas nuvens. E não deu outra! Com aquele barulhinho das turbinas, algumas sacudidas de nuvens impetuosas e a minha ousadia, comecei a fazer carícias em suas mãos, depois em suas pernas, e quando vi que ela estava acordada e aceitando de bom gosto, fui subindo por suas coxas até chegar ao seu sexo, que sinceramente, estava molhadinho e ávido por um prazer! Lógico que não me contive, e sem pedir consentimento, dei-lhe um gostoso beijo, que foi correspondido, abrindo o consentimento para ampliar nossa aventura. Ela deitou-se de lado, baixei a sua calcinha sem que deixasse a coberta descobrir nossos corpos, e com a maior gulodice, comecei a pilotar aquela máquina, revirando nas poltronas como se fossemos da esquadrilha da fumaça, em função dos malabarismos. Isso mantendo o maior silêncio, pois estávamos no meio da noite, mas, poderia ter algum passageiro acordado. Não falamos nem uma palavra, foi talvez uma sensação que pode ser rotulada de “tesão à primeira vista”!

Terminado tudo, ela vendo que eu estava totalmente recuperado, levantou-se foi ao toalete ajeitar suas roupas, voltando as suas atividades normais de bordo. Eu não precisava dizer nada, mas, estava numa felicidade incrível e dando graças a Deus pelo imprevisto de saúde!

Amanhecendo o dia, todas elas apareceram no corredor com os carros para distribuir o café da manhã, e foi quando pude ver o seu nome no crachá: Sheila. Dei uma risadinha, pois meu sagaz avô sempre dizia: “Meu netinho toda Sheila adora uma rola. Esse nome é pecaminoso!

Chegando a Lisboa, ao saltar da aeronave, toda tripulação estava no patamar da escada, tive apenas a oportunidade de agradecer e desejar uma boa continuação de viagem. Nem uma troca de olhares tivemos chance de fazer. Digo sinceramente, que jamais esqueci esse fato e nem tão pouco o ato, e no vôo de volta, claro que escolhi a mesma companhia TAP, esperando rever a minha querida Sheila. A tripulação era mesclada de alguns homens e moças. Então, depois que o avião decolou, aguardei meia hora e acionei o botão de ajuda. Imaginei, quem sabe, se não fazia parte dos serviços de bordo, para os passageiros mais carentes! Rapaz... apareceu um cara parecendo um guarda roupa de casal, com cara de lobo mal, e disse: Posso lhe ser útil?

Mais que depressa eu disse: Não obrigado. Apertei o chamado por engano!

Virei para o lado, dormi bastante só acordando quando cheguei a Sampa. Mas, posso dizer de boca cheia que tirei o meu brevê e pilotei um avião de alto padrão, e todas as vezes que entro em uma nave, procuro para ver se revejo minha querida Sheila, porém, nunca mais nos encontramos!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

terça-feira, 18 de abril de 2023

AS MÁXIMAS DE VOVÔ! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Homem inteligente, divertido e gozador, mas, para a época, era muitas vezes imoral e usava palavras chulas e condenáveis, quando tinha de se referir a determinados comportamentos humanos, principalmente com pessoas que eram caracterizadas como boçais, pernósticas e cheias de poses. Ele naquele tempo, denominava de que era metida a besta, ou metido a merda! Essa expressão por exemplo, para mim não havia nenhum sentido, pois, “besta” era e é uma pessoa idiota e tola, como alguém pernóstico, poderia ser metido a besta? E pior ainda “metido a merda”, algo fétido e desagradável!

Havia também uma outra tônica que ele enpregava sempre, com relação a quem andava com o nariz empinado. Ele dizia: Fulano tem o nariz de cheirar bosta! Também, na minha infância, chegando a juventude, com minha ignorância da idade, ficava pasmo ao ver que o tal fulano todo compenetrado, com suas narinas apontadas para cima, fossem para cheirar merda. Logicamente, me deixava perplexo sem entender!

Com as mocinhas mais danadinhas e espertas, que, assanhadamente, já tinham relações sexuais com namorados por amor, e com professores e patrões por interesses, ele já pegava pesado no linguajar, utilizando nomes até hoje nada simpáticos e aceitos. Assim dizia ele: “Meu netinho, na hora de escolher uma mulher para casar tenha cuidado, pois, mulher que já conheceu mais de uma pica, em duas não fica!” Mesmo ainda rapazinho, achava que ele estava exagerando, levando sua opinião aos extremos, porém, sempre retrucava e se defendia dizendo que eram “ditos” populares, com comprovações ao longo da história!

E assim, meu querido e saudoso avô, nunca deixou de dar suas opiniões, citar seus jargões populares, dando ênfases com seu jeitão boêmio, sendo que o último que ele me disse, foi também com relação as mulheres, que hoje, acho até que ele era muito machista, pois, quando via uma mulher sisuda e séria demais, sem nem dar um sorriso, imediatamente falava: “Mulher da cara fechada, tem as pernas abertas!”. Uma observação nada gentil e chula demais. Entretanto, nessa dele, com o tempo tive a oportunidade de comprovar que ele tinha alguma razão, que por trás daqueles biombos de austeridades e sisudez, tem realmente uma mulher ardente, cheia de desejos e malícias, quando está entre quatro paredes!

Desculpem a linguagem um tanto obscena do meu velhinho, pois ele gostava de ser bem claro, para não suscitar dúvidas. E dizia também que era apenas um filósofo popular, repetindo o que circulava no meio do povo!

Meu querido vovô, com essas suas filosofias de botequim, tenho grandes dúvidas se ele está realmente no céu!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

ELA ERA LIBERAL OU LIBERTINA? (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Para a maioria dos mais velhos, sua classificação era de “furor uterino”. Diziam eles que conforme a medicina, ela não tinha condições de se reprimir com relação ao sexo. Era uma necessidade diária e constante, que por incrível que pareça, assustava até os homens, pela sua desenvoltura nas horas essenciais, e os desempenhos dos mais competentes e cheios de prazeres. Diziam seus parceiros, que ela chiava mais do gato no telhado nas noites de amor, e no momento sublime, nos êxtases dos seus orgasmos, enfiava as unhas nas costas dos privilegiados ou coitados, que algumas vezes, chegava ao sangramento. Era uma verdadeira fera. Não uma fera ferida, e sim uma fera fodida!

Mas, para uma outra vertente, mais pudica e condenadora dos comportamentos sexuais, quando se referiam a ela era como uma mulher bandida, prostituta social, programista e outros adjetivos, que juntando todos, resumia-se no mais vulgar: puta!

Porém, não era nada disso, Lorena gostava mesmo era de transar e nada cobrava de ninguém. Apenas, bastava ter alguma simpatia e o homem despertar seu sensível libido, que sem nenhuma preocupação do que ele pensasse, dava logo mole para que ele se aproximasse, e sem demora o ato ser realizado! Nesse partículas ela era competentíssima e sabia tanto escolher, como fazer acontecer com maestria. Mesmo estranhando um pouco esse apetite voraz, eu apenas achava que ela não tinha nada de anormal, tratando-se apenas de uma vanguardista, que agia como os homens normalmente agem, mostrando a hipócrita sociedade, que os gêneros tem os mesmo desejos e direitos de serem felizes!

E tinha um detalhe interessante, pois, mesmo sendo uma das poucas da época, não tinha pudores de conversar sobre suas aventuras amorosas, elogiar aqueles que melhor desempenhava a função de bom de cama, provocando orgasmos múltiplos. E com esses, sempre dava novas oportunidades para o deleite de ambos. Sabia ser generosa também. E além disso, sempre se vangloriava fazendo comparação ao rei Pelé: Se ele fez mil gols, eu mesmo sem ter uma catraca vaginal, posso dizer que já tenho umas mil transas, apesar de ter apenas 27 anos!

Não falei das suas qualidades físicas, mas Lorena era bonita, se cuidava, corpo bem delineado, formação universitária, trabalhava normalmente, independente, e apenas transava porque gostava. Uma sábia, pois, quem não aproveita e fica fazendo “docinho”, vai sentir uma “amargura” pela falta que fará no futuro!

Mudei de cidade e nunca mais encontrei Lorena, e imagino que agora com seus 45 anos, deve estar celebrando seus dois mil atos sexuais, bem feitos e aproveitados!

Posso dizer de cátedra, que atualmente encontramos nas ruas várias Lorenas, que como os homens, quando sente atração, vai pra cima e canta o cara bonitinho, levando-o para cama, simplesmente pelo prazer. E creio que estão certíssimas!

Eu tenho medo de serpentes, mas, a do paraíso sabia das coisas e estava cheíssima de razão. Esse “choquinho” é a essência sublime para alegrar as vidas existentes, como também produzir novas vidas!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

segunda-feira, 17 de abril de 2023

MINHAS FÉRIAS NA FAZENDA! (CLIQUE E LEIA UM LINDO CONTO)

 

Antonio Nunes de Souza*

Tem dias que estamos um pouco nostálgicos e começamos a lembrar de fatos que marcaram nossa vida. Alguns deixaram lembranças vivas, doces e alegres, mas, por mais que queiramos apagá-los, surgem como um encanto, passagens que nos perturbam somente em relembrá-los, pois foram marcantes e, mesmo tendo nos dado prazeres momentâneos, fixaram marcas em nossas memórias, provavelmente para o resto da vida!

Esses fatos, onde são evidenciadas sequelas, sempre foram atitudes que tomamos por impulsos, e por mais que os exemplos estejam estampados em nossa frente, sempre achamos que conosco será diferente, nos baseando na barata filosofia popular de que: “O que não foi bom para Chico, pode ser ótimo para Francisco”. E foi em uma dessas minhas interpretações, que comprovei em condições desagradáveis, que ouvindo a experiência, muitas vezes evitamos dissabores!

Creio, talvez até com absoluta certeza, que esse fato que vou relatar, acontecido quando eu tinha 17 anos, foi algo totalmente inexplicável, já que ele é abarrotado de prazeres e ilusões e, ao mesmo tempo, tristezas e melancolias. Não posso dar uma explicação mais detalhada, em função da complexidade e mistura paradoxal desses adversos sentimentos. Apenas, para ilustrar, vou exemplificar comparando-o a uma fruta que todos conhecem: O tamarindo (ele é gostoso e azedo ao mesmo tempo e todos ficam com água na boca só em olha-lo). Pois é!

Até hoje ainda sinto o acre-doce desse meu tamarindo, que não me deixa esquece-lo através da presença do meu filho, hoje com 21 anos de idade!

Como sou do interior, neta e filha de fazendeiros de cacau, naquela época era comum e normal nossas idas nos fins de semana para a roça (como são chamadas às fazendas de cacau em nossa região), onde curtíamos bastante montando a cavalo, tomando banhos de rio, pescando, indo cedo ao curral para beber leite quentinho após a ordenha, subir em árvores para pegar frutas, correr atrás das galinhas, espalhar cacau nas barcaças e uma infinidade de coisas divertidas e bem diferentes dos nossos hábitos urbanos!

No fim do dia estávamos todos exaustos, fazíamos aquela fila para tomar um bom banho e vestir umas roupinhas velhas e puídas, sentando todos à mesa para saborear um delicioso café regado à fruta-pão, batata doce, aipim, beiju, cuscuz, mingau de tapioca e milho verde, ovo caipira estrelado, inhame e outras iguarias mais, que só em me lembrar à boca enche de água!

Também, após essa farra alimentar, como não havia televisão, reuníamos na sala, deitados nos sofás, redes e esteiras, ocasião onde havia a verdadeira reunião familiar, todos contando como foi o seu dia, muitas risadas pelos acontecidos, os mais velhos enveredavam contando estórias e, aos poucos, cada um ia adormecendo e meus pais chamando pelos nomes, mandando fazer xixi e ir para suas camas. Mas, sempre acontecia de alguns ficarem abancados na própria sala até o dia amanhecer!

Nas ocasiões especiais (férias, S. João, semana santa, etc.) além de meus pais e irmãos, sempre iam alguns amigos ou amigas, primos, colegas de escola, pois, para nós, era importante ter companhia para compartilharmos da farra campestre. Como todos nós sabemos, entre irmãos na fase adolescente, dificilmente existem confidências. Preferimos contar nossos segredinhos aos nossos amigos, que confiamos mais. Com irmãos é terrível. Na primeira briga eles saem espalhando pra Deus e o mundo. E quando não é assim, passam a fazer chantagens!

Embora a turma fosse sempre grande, era dividida em grupos por faixas etárias, uma vez que os maiores detestavam aquela penca de crianças atrás, pedindo para esperar, chorando porque entrou um espinho no pé, reclamando que estão com sede, etc. Para nós que já estávamos entre os 15 e 17 anos e nossos assuntos eram mais picantes, voltados para namoros e os pães do colégio (pão era o que hoje é gato), era um saco!

Por orientação do meu pai, havia um filho do administrador que sempre nos acompanhava, no sentido de nos dar cobertura e ajudar nas nossas tarefas de diversão, já que ele conhecia todos os lugares e, em caso de alguma necessidade, nos daria o apoio imediato. Gustavo era o seu nome e tinha 16 anos, porém com um aspecto de muito mais, pois era forte, alto, mulato com os cabelos carapinha e meio amarelados (quase sarará), olhos de cores indefinidas, tanto que todos o chamavam pelo apelido de Olho de gato. Era um pouco tímido, mas, como pessoas dessas características, pouco nos olham, porém, quando fazem, fixam o olhar e nos deixam uns tanto desconsertados. E ele, mesmo sem saber esse efeito que causava, sempre pegávamos o seu olhar direcionado para nossos rostos e, principalmente, para nossas pernas, já que andávamos muito de short durante o dia. Quando ele tirava a camisa para fazer qualquer coisa que urgia essa necessidade, eu e minha prima Maria de Lourdes ficávamos olhando seu peito musculoso e sem cabelos e descíamos os olhos até seu umbigo, imaginando o que estaria escondido bem abaixo! Como se estivéssemos lendo nossos pensamentos, após nossa repedida olhada, virávamos uma para a outra e caíamos na gargalhada. Isso porque sempre comentávamos a respeito dele que, embora um matuto, tinha as coisas nos lugares. Até sua bundinha era arredondada e empinada. Quando nós íamos para a cachoeirinha tomar banho, nós (eu e Lourdinha), insistíamos para que ele também tomasse banho, já que estava suado e também tinha direito a refrescar-se. Mas, na verdade, o que nós desejávamos era ver ele naquele calção de saco de aniagem branco, que depois de molhado, deixava transparecer o volume das suas coisas, que nos encantava profundamente. Esse segredo nós tínhamos. E os outros, por serem bem mais jovens, nem percebiam que havia alguma maledicência em nossos banhos!

Uma noite, acordei com o balançar da cama e, com medo, fiquei parada, apenas abri bem devagar os olhos e percebi que era Lourdinha se masturbando ao meu lado. Fiquei calada e na manhã seguinte contei pra ela o que tinha visto. Ela, sem nenhum arrependimento, contou-me que naquela tarde, quando Olho de gato mergulhou, ela por trás viu uma parte do seu membro, que saíra pela boca do calção. Aquilo tinha lhe dado uma tesão enorme e a noite não conseguia dormir, somente acontecendo depois de se satisfazer. Ouvi tudo, mas não disse nada. Porém fiquei com inveja porque não vi e por ela não ter me contado absolutamente nada dessa cena maravilhosa. Percebi que também passaria a ter os meus segredos dali em diante!

Nossos dias eram maravilhosos e cheios de encantos. Nada nos preocupava, além das bobagens de flertes, namoros, festinhas, etc., disso tenho uma saudade profunda, que daria tudo para voltar ao passado, mesmo desfrutando de um presente que não é de se jogar fora!

Certa vez, Lourdinha estava “naqueles dias”, e como naquele tempo não existia a modernidade de apetrechos que você pode até praticar esportes radicais, ela ficou em casa lendo e eu fui com as crianças e Olho de gato tomar banho na cachoeirinha! Era uma pequena queda de uns 6 metros, que descia morro abaixo fazendo uma gostosa cortina, onde embaixo, devido à força e pressão da água, terminou fazendo uma grande piscina, apenas com alguma profundidade inferior a 1,80 metros, na base da vazão. Os meninos ficavam no raso brincando de jogar barro ou areia nos outros, e nós maiores tínhamos o privilégio de ficar recebendo aquela hidromassagem pelo corpo, proporcionada pela bendita cachoeirinha. Nesse dia, estando sozinha (sem Lourdinha), resolvi ficar por mais tempo curtindo a água, enquanto Olho de gato brincava e tomava conta das crianças. Aí, num vacilo da minha parte, escorreguei para o lado mais fundo e, como tinha mais ou menos a mesma altura de hoje (1,66), desci completamente, bebendo alguma água e tendo dificuldades para voltar a minha posição anterior. Quando voltei a tona pela segunda vez, consegui gritar chamando Olho de gato que, ao me ver desesperada, saiu apressado ao meu encontro, pois, os meninos nem perceberam o que estava acontecendo!

Ele foi chegando, me abraçou por trás carregando-me para o lado mais raso, porém, mesmo já fora do perigo, ele nervoso e estarrecido, continuava me apertando por trás. E eu, mesmo com um pouco de pânico, não deixei de sentir aquele volume, embora em estado adormecido pela fria água, mas, bastante significativo, roçando em minhas nádegas, fazendo esquecer, momentaneamente, que quase me afogara minutos atrás!

-A senhora está bem? Bebeu água? Quer ir para casa?

Com essa torrente de perguntas, eu apenas respondi que estava tudo bem, mas que ele continuasse me segurando, pois estava um pouco tonta. Porém, na verdade o que eu queria era continuar sendo abraçada por ele, sentindo a presença de algo que começou a me excitar. Ele, instintivamente ou não, me apertava cada vez mais e, como era de se esperar, passei a perceber algo intumescido roçar bem na divisão da minha bunda! Logicamente, por estarmos cobertos pelo véu de água, procurei demorar-me ao máximo em demonstrar minha recuperação, aproveitando-me daquela inesperada e gostosa sensação!

Isso tudo não demorou cinco minutos, mas, para mim e creio que para ele também, pareceu uma eternidade!

Assim que ele percebeu estar acima dos limites e em respeito à filha do patrão, soltou-me bruscamente já na parte rasa, ficando cabisbaixo, receoso de alguma atitude condenatória da minha parte. Mas, permaneci tranquila e não deixei transparecer que havia notado nada, apenas agradecendo a sua bendita intervenção em meu favor!

Como disse, as crianças nem deram conta do fato do afogamento, nem tão pouco prestaram atenção ao meu erótico salvamento. Aquilo foi uma delícia, pois, naquele tempo, nós já comentávamos que: “uma esfregadinha valia por um bifinho”. E eu tinha ganho um filet mignon como prêmio náutico!

Voltamos todos para casa, aproveitando ainda a luminosidade do entardecer, e eu pelo caminho, louca de dúvidas se contava ou não para Lourdinha aquela deliciosa ocorrência. Assim como eu, Olho de gato evitava me encarar, entretanto ambos percebiam que algo de bom havia acontecida para as duas partes. Mas, na qualidade de empregado, pairava no ar o medo dele com alguma complicação, caso eu dissesse que ele havia me desrespeitado! Longe de mim estava essa idéia, pensava mais era em me afogar todos os dias. Isso eu pensei sorrindo internamente! Mas, só para provoca-lo, como éramos os últimos da fila da picada, falei pra ele: Até agora ainda estou pensando no perigo que passei. Coloque a mão aqui no meu coração pra você ver como ainda está batendo forte!

   Ele colocou a mão levemente, porém eu peguei em seu pulso e coloquei propositadamente sua mão em meu peito, fazendo ele sentir o biquinho endurecido e as batidas descompassadas, não pelo acidente, mas pelo delicioso socorro!

-É mesmo! Eu também fiquei com um medo danado. Se acontece alguma coisa com a senhora eu iria entrar bem!

-Não vamos contar nada para ninguém, senão vão ficar preocupados sem razão, e vai terminar atrapalhando nossos banhos e nossos passeios!

-Então está combinado. Falou Olho de gato, feliz por ver que não haveria problema, como também ter notado que não foi ele somente que gostou do ocorrido!

Na porta da sede da roça, me despedi de Olho de gato dando um adeus com um sorriso meio enigmático, que na cidade é chamado vulgarmente de frete (corruptela de flerte)!

Lourdinha estava deitada no sofá da sala, lendo a revista Realidade que meu pai havia trazido de Itabuna no dia anterior.

-Foi tudo bem? Dormi quase o dia todo!

-Ah! Não foi melhor porque eu fiquei sozinha. Senti muito sua falta! Disse eu, mentindo cinicamente, pois adoraria que a menstruação dela provocasse bastante cólicas e amanhã ela também não pudesse nos acompanhar. Meu Deus! Veja o que é que homem e sexo faz; Desejar mal a melhor amiga e mentir sem o mínimo pudor!

A partir desse pequeno acidente, passamos a nos olhar com a  cara meio safadinha, entretanto sem nenhuma investida, restringindo-se apenas a um deboche matreiro, não só pela falta de oportunidades, como também pela preocupação com a família. Mas, que começou a despertar um desejo de ampliar mais as intimidades, isso era claro no olhar dele de gato e no meu sorrateiro de cobra!

 

Como tinha que fazer segunda época de uma matéria que perdera, Lourdinha foi para cidade e eu passei a ter maiores liberdades para fazer minhas provocações, porém, sempre pensando apenas em coisas sem maiores importâncias, somente para curtir minhas férias!

Um belo dia, acordei bem cedo e fui chamar Olho de gato para selar um cavalo para mim, pois queria ir na roça vizinha visitar um pessoal amigo dos meus país. Ele estava acordado há algum tempo, já tinha ido ao curral ajudar na ordenha e estava suado e sem camisa, dando ao seu corpo um brilho sedutor que me fez arrepiar toda, imaginando estar em seus braços, abraçada pelos seus braços pegajosos, sentindo o calor do seu forte corpo e sua virilidade em minhas entranhas. Sinceramente, não pude me conter e passei a mão em seu peito, dizendo como ele estava suado. Tirei um corpete que estava usando e comecei a enxuga-lo carinhosamente, deixando evidente que estava totalmente em suas mãos!

Ele, mesmo de cabeça baixa e temeroso, me abraçou bruscamente e me deu um beijo na boca, deixando o gosto do leite que acabara de beber!

Puxei ele para trás da baia e começamos a nos agarrar numa agonia que mais parecíamos cachorros no cio. Ele, brusca e brutamente, jogou-me no chão da cocheira em cima de um monte de capim, suspendeu a minha saia, baixou minha calcinha e, sem tirar ao menos o calção, sacou o seu grosso membro e colocou entre as minhas pernas. Eu estava tão louca pela minha primeira sensação de estar a vontade com um homem, que não ligava nada ou ninguém, apenas desejava que ele me penetrasse, com carinho ou não, mas me fizesse mulher naquele momento! Nossas inexperiências não atrapalharam em nada. Tudo aconteceu como queríamos que acontecesse. Aquilo foi entrando em mim, as vezes com delicadeza, outras com violência e sofreguidão, mas, o que eu realmente sentia era o prazer divino do orgasmo que se aproximava. Ele, como um garanhão, abafava-me no chão segurando-me pelo pescoço e beijando minha boca seca, enquanto introduzia tudo em minha vagina molhada e bastante gulosa!

Poderíamos ficar ali por várias horas, devido as nossas tesões de adolescentes, mas, o medo de sermos pegados em flagrante, fez com que, após um delicioso momento de prazer, levantássemos, eu vestisse as roupas e voltássemos para nossas casas. No curto caminho, eu não sabia se morria de preocupação, ou se chorava de felicidade!

Fui direto para o banheiro, tirei as roupas e percebi aquele liquido viscoso escorrendo pela minha vagina, mesclado de vermelho, que devia ser em função da perda de minha virgindade e o ganho da minha felicidade!

Esse episódio foi na véspera do nosso retorno para Itabuna, e até a hora de nossa despedida pela manhã, não vi Olho de gato! Imagino que ele estava assustado bastante e com medo de que algo acontecesse a ele!

 

Dias depois soube por meu pai que seu Isídro (o administrador) havia recebido um convite para trabalhar em Altamira, pediu as contas e foi embora com sua mulher e seu filho Olho de gato! Jamais soube notícias de ninguém da família. Mas, como não havia nenhum sentimento de amor, apenas desejo, nada me preocupou, até que, dois meses depois, comecei a sentir a barriga crescer, minhas menstruações encerrarem, e a trágica notícia de que estava grávida!

Escândalo seria uma palavra super amena para eu descrever as reações familiares. Mas, com muita discrição, meus pais mandaram-me para Salvador para ficar com uma tia, até que a criança nascesse!

Fiquei lá, continuei meus estudos, fiz faculdade e criei o meu filho com muito carinho. Não casei, mas, sempre namoro e divirto-me levando uma vida agradável no meu trabalho e nas horas de lazer!

Foi um momento de loucura em busca do prazer que, embora tenha me causado transtornos, deixou uma lembrança viva que amo profundamente e é minha doce e maravilhosa companhia!

Até hoje Lourdinha pensa que meu filho foi fruto de algum namorado em Salvador. Achei por bem guardar esse meu segredo dentro de mim, e jamais comentei com ninguém, quem é o pai do meu querido filho Adriano!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!