terça-feira, 3 de maio de 2022

MUITOS CRIMES E POUCOS CASTIGOS!

 

Antonio Nunes de Souza*

Como um troglodita, usando as mais antigas das armas brancas, até as ultra tecnológicas da atualidade, numas atitudes nem admitidas nos mais ferozes dos animais, o homem, esse ser estranho e indescritível, atropela algo que custou milhares de anos para se conseguir, que é nada mais nada mesmos que a “civilidade”!

Muitos, pela maior ferocidade, abusam da força e atacam com as próprias mãos, levando suas pobres vítimas ao óbito, por motivos fúteis e, muitas vezes, sem o mínimo motivo, apenas pelo prazer de saciar seus instintos bestiais!

Nos baseando na teoria do cientista Darwin, que tem até os dias de hoje a lógica mais cabível e viável, derrubando até a abstrata ideia divina que fomos feitos de barro, suponho que nossa evolução, logo depois dos “Pitecantropos Erectus”, passou a ser muito lenta, e chegando ao atual homem, deve ter sua validade evolutiva em fase de encerramento, tendendo a ter um retrocesso, voltando mentalmente aos nossos tataravós, os brutais e violentos gorilas!

Isso, podemos imaginar em função do atual comportamental selvagem e animalesco, na nossa cotidiana convivência. Não posso nem dizer civilização, pois, as atitudes são completamente adversas ao definido padrão humano!

Assustadoramente, temos em nosso país a absurda estatística de um roubo a cada sete segundos, uma morte por acidente imprudente a cada sete minutos, por hora temos dois feminicídios, um sequestro, dez assaltos, por dia cento e quatorze assassinatos, vinte e uma pessoas mortas por balas perdidas, e fechamos o bloco com cento e oitenta e nove espancamentos por dia causados por homofobia e racismo. Não tenho dados de abusos sexuais e estupros, mas, sabemos que são assustadores!

Certamente, uma das grandes causas desse baixíssimo nível racional, é a ambição do poder, onde todos se esquecem do “ser”, optando veementemente pelo “ter”. Então... com essa concepção de encarar a vida, atropelam todos de qualquer forma e meios condenáveis, no sentido de alcançar seus brutais intentos, sempre deixando o caráter de lado!

Eu que formatei minha personalidade e caráter, com cinquenta e cinco anos como membro do Rotary Clube de Itabuna, onde a solidariedade é seu ponto alto e tónica principal, sinto-me mortificado e triste, convivendo como espectador de um verdadeiro “circo dos horrores”!

Que os governos, juntamente com as sociedades organizadas, professores e famílias, trabalhem com bastante afinco, no sentido de sanar, ou pelo menos minimizar essas horripilantes e tristes atitudes. Tendo como principal e eficaz ação, a importante educação adequada e de qualidade, pois, essa pelo menos, freia bastante os instintos maléficos!

“Infelizmente, em nosso maravilhoso país, temos mais bares que escolas!

*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL

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