Antonio Nunes de Souza*
Normalmente,
quando se fala sobre mulheres ficamos cheios de “dedos”, pisando em ovos e,
sempre procurando externar suas bondades, virtudes, características, hábitos e
comportamentos em geral, qualificando-as como as maiores nobrezas da terra!
Lógico
que somos gentis, meigos e, costumeiramente, usamos desse manjado papo para
conquista-las docilmente ao nosso bel prazer carnal!
Temos
que ser sinceros e honestos, uma vez que reconhecemos que a maravilhosa mulher,
construída no começo do paraíso, através de nossa divina costela, traz em sua imagem
um apelo sexual nato na formação cheia de curvas, partes mamárias sedutoras e
bundas provocantes pelos andares abundantes de remelexos e insinuações!
Entretanto,
com a evolução do tempo, a revolução histórica de costumes, ocorrida nos anos
60, todas estão procurando preencher os seus devidos espaços e, mais que
depressa, não só nas profissões, esportes e educação, passaram também a fazer
suas iniciativas no que diz respeito as conquistas masculinas (femininas
também), sem se preocupar com os comentários condenatórios da tal “sociedade
organizada”, sempre cheia de hipocrisias!
O
importante é se dar bem, ser bem acolhida, obter boa receptividade e,
finalmente, ir as vias dos fatos, ter seus prazeres, sem até que seja preciso
nenhum compromisso sério. Apenas, uma troca de favores sexuais, na maioria sem
custos, ou em alguns casos, elas pagam até o motel e um jantar para seu
parceiro!
Não considero isso uma sacanagem mundana.
Creio ser a verdadeira libertação feminina em mais um ponto, que no passado era
um forte execrável tabu!
Não
é mais novidade muitos homens dizerem que foram cantados, literalmente, por
mulheres lindas, jovens, meia idade e, também coroas. Verdadeiramente, trata-se
de mais um espaço alcançado pelas fantásticas mulheres, ficando por fora e
tolamente, uma gama de tímidas, pudicas, tolas e retraídas, que no futuro,
ficarão “putas” da vida, pelas séries de orgasmos perdidos!
Aderir
aceitando essas suas atitudes, estamos demonstrando que somos cada dia mais
iguais, em comportamentos, hábitos, costumes, desejos e direitos! Nessa
particularidade que me refiro, tenho certeza que os homens aprovam com a maior
felicidade e fé de ofício!
Agora
mesmo, vou me arrumar, usar um perfume, e sorrateiramente ir para o shopping,
na esperança de receber uma calorosa “cantada”. Eu sempre aceito e nunca me
faço de rogado. Fazer “docinho”? Jamais meu amigo!
*Escritor
– Historiador - Membro da Academia
Grapiúna de Letras-AGRAL-
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