Antonio Nunes de Souza*
Cresci
ouvindo que “O Diabo faz coisas que Deus duvida”. Adágio bastante repetido até
hoje, mostrando que a sabedoria popular é infalível em suas citações,
presentes, passadas e futuras!
Levando
esse “ditado” para o lado político, que no momento é o que mais nos interessa, e
está vem fervilhando ao longo do tempo, podemos começar essas diabruras pelo
passado, quando, barbaramente, sofremos em 1964 uma ditadura militar, cheia de
crueldades inesquecíveis e vazias de administrações e obras, nos deixando
estagnados por vinte e um anos, lutando bravamente para voltarmos a ter nas
mãos a nossa desejada e importante democracia. Fato que somente quem viveu
nessa época, pode ter uma ideia correta e justa do que seja golpe, ou ditadura
num país! Esse podre regime é inadmissível, quer seja da direita como da
esquerda, pois, em ambos os casos nossa liberdade é tolhida e vigiada, além de
brutal censura em todas as áreas e correntes!
Essa
acima foi uma das diabruras que, com certeza, Deus duvidou e nos ajudou a sair
dela, mesmo depois de bastante tempo, talvez para nos mostrar que devemos ser
mais cuidadosos, quando tiver de confiar em aparições salvadoras!
No
presente, abusando da péssima memória dos brasileiros, o Diabo volta com unhas,
dentes e fake news, prometendo mundos e fundos e, sagazmente, para obter maior
credibilidade, usou, usa e abusa o nome de Deus, conseguindo enganar uma grande
fatia de religiosos e outros devotos fervorosos que seguem os conselhos dos
seus interessados ministros. Lógico que com essas artimanhas, conseguiu eleger
um presidente, ovacionado, chamado de Mito, a volta do Messias, premonição da
Bíblia e o verdadeiro “Salvador da Pátria”!
Mas,
desde a hora que recebeu a faixa, começou a botar as manguinhas de fora,
mostrando suas garras e, incrivelmente, sua enorme pretensão de dar um golpe
militar, colocando logo um dos seus filhos como embaixador nos Estados Unidos e
outras prosopopeias esquisitas que, vigorosamente, o Supremo, Câmara e Senado,
mostraram para ele que “o buraco era mais embaixo”, e que ele viesse devagar com
o andor que o Santo é de barro. Aí meu irmão, o danado começou a sapatear,
fazer malcriações, acusações contra todos que não concordava com suas atitudes
descabidas, praticando uma série de absurdos, que citar é chover no molhado,
pois, todos conhecem de cor e salteado. Com as verbas nas mãos comprou quem
podia e, graças ao nosso Deus, o Supremo deu e está dando testa, freando muitos
dos absurdos pretendidos por ele que, a todo instante, deixa claro que deseja cantar
com uma variação a música de Belquior: “Eu sou um ditador latino americano!”
Com
esse comportamento desastrado, que temos de enfrentar cotidianamente, vivemos pisando
em ovos, tristes, com fome, inseguros, inflação cavalar, falta de educação,
moradia, saúde, empregos, e muitas outras coisas mais, que envergonha muito
nosso país mundialmente!
Essa
é mais uma vez que o adágio é cabível na situação, que nós também, mais uma
vez, estamos lutando para consertar esse erro enganoso do povo, em eleger a
pessoa errada para administrar com qualificação o nosso país!
Atentando
para o adágio no futuro, temos, claramente, quase dez candidatos que,
felizmente nenhum deles, nem de perto, parecem com o nosso presidente. São
velhos conhecidos e comprovados pelos seus trabalhos, planos e valores, sem
pretensões de dar golpes, ou serem proprietários do país. Creio que desta
feita, teremos que mudar a estrutura do adágio, para uma mais confortável: “Deus
faz coisas que até o Diabo duvida!”
Mas,
essa mudança só poderá acontecer, se você votar certo, pensando no crescimento
do Brasil, nos livrando de ditadores de meia tigela!
*Escritor
– Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL
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