terça-feira, 22 de abril de 2025

SEMANA SANTA OU FERIADÃO: (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Posso afirmar com segurança, que não sou saudosista fanático e muito menos, barata de sacristia. Sou sim, um observador de hábitos, costumes, tradições e comemorações!

Depois que você vivencia por quase um século, os eventos ligados as religiosidade e feriados, municipais, estaduais e nacionais, é claro e óbvio, que perceba suas manifestações e mudanças comportamentais, inclusive os valores que passam a ter, ou passaram ter, com o decorrer do tempo!

Não sei se podemos considerar essas mudanças radicais, como progresso, desleixos, egoísmos, falta de consciência religiosa, patriotismo, ou até mesmo, por estarem todos “cagando e andando como a cavalaria de sete de setembro nas paradas”, pouco ligando para os acontecimentos alusivos as datas!

Vou procurar sintetizar ao máximo as razões das minhas observações, pois, são tão claras e evidentes, que não se fazem necessárias muitas explicações, ou maiores detalhes. Uma vez que, tudo foi, com o tempo, transformado-se, simplesmente, para “feriadão”. O evento que “foda-se”, pois, o importante é que não haverá trabalho, pode-se ir para praia, viajar para visitar parentes, fazer turismo, farras homéricas, muitas comilanças, festas profanas e, principalmente, afrodisíacas!

Quer sejam dias religiosos como a Semana Santa, Natal, S. João, S. Pedro, Padroeira ou padroeiro da cidade, Independência do Brasil, Proclamação da República, Tiradentes e outros, todos esses foram completamente beneficiados e batizados com o lindo e apreciado nome de “Feriadão”. E são tantos, que até o dia do “descobrimento do Brasil” (que é 22 de abril, para os esquecidos), passou a ser fichinha, já que nem se comemora nada, e o povo nem se lembra, já que nem feriado consideram essa importante data. Então...não sendo feriado, nem ligam para uma data tão importante, que passou a ser um dia simplesmente comum! 

A triste verdade é que, tudo passou a ser completamente folgas trabalhistas, nada para comemorar os eventos, apenas, curtir as baladas, praias e shows suntuosos, com muitas músicas, bebidas, mulheres e requebrados de bundas!

Acredito até que se o Papa Francisco tivesse morrido na quinta-feira, muitos diriam “que pena”, outro tanto rezaria um “pai Nosso”, e a grande maioria continuaria dando andamento as suas profanas programações!

Será que essa transformação comportamental é mundial, ou mais um privilégio tupiniquim, que em breve estaremos exportando?

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da academia Grapiúna de Letras!

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