Antonio Nunes de Souza*
Sempre estou
às voltas com as maquinações da moderna tecnologia, que sem nenhuma cerimônia,
aparece com algo inovador, onde o homem pode se aproveitar das facilidades para
ter prazerosos momentos.
Para ser
sincero não costumo acreditar nessas “modernagens” do século XXI, já que sou do
tempo que se bebia água fria deixando a moringa de barro dormir no sereno,
coador de café era feito de pano e não de papel, e a cotação do hímen era mais
valorizado que o euro!
Agora, para
assustar mais esse velho obsoleto do século passado, que conhece malmente a
transa “papai/mamãe”, e a manipulação isolada e solitária quando apenas via uma
batata de perna, me aparece mais uma inovadora maneira de se fazer sexo, com a
aquiescência da pecaminosa internet.
Você pensa
que estou exagerando?
Ah! Ah! Ah!
Que exagero nada! É uma nova modalidade que está se proliferando de uma maneira
tão rápida e com uma aceitação fantástica, que já é vulgarmente denominada de
“masturbação via satélite”. Transa virtual com direito a câmera de vídeo,
imagens eróticas, caras e bocas e gozos cronometrados e, para ser mais agradável,
tudo isso a maioria é a custo zero, sem precisar sair, ir a barzinho, pagar
jantar, nem usar camisinha, pois, o risco é totalmente inexistente.
Vale dizer
que já tem as aproveitadoras “influencers”, que espertas, estão cobrando os
olhos da cara para praticar essa arte, arrebanhando milhares de tarados, que
lhe fornecem caminhões de Pix de todos os valores.
Aqui pra
nós, não é que a danada da sacanagem é boa? O complicado é que você, se não tem
um “notebook” equipado com som e imagem, tem que ficar dizendo palavras
lascivas e carícias verbais através do teclado do computador com uma mão só, e
com a outra os movimentos do vai/vem dentro do compasso. Você tem que ter um
puto poder de concentração para fazer a junção de sacanagem, manipulação,
digitação e gozo ao mesmo tempo. Seu HD mental tem que estar em dia com todos
os megabits funcionando, senão mermão, a zorra não dá certo!
Realmente o
prazer é complicado e precisa de uma capacidade de concentração da zorra, não
só para gozar como também para não sujar o teclado e o chão. Inegavelmente, é
indispensável que se proceda como um verdadeiro malabarista circense e tenha
uma imaginação fértil, luxuriosa e pecaminosa.
Já estou
imaginando que daqui a alguns dias, será possível enviar os espermatozoides por
e-mail, Zap ou Tweeter e, depois de nove meses, você receber uma foto de um
menino com a dedicatória: “Oi Painho, eu sou aquele que você fez no MSN numa
noite de amor!
Sinceramente,
dessas novas invenções da tecnologia moderna, essa foi a que mais me
impressionou. Porém, não pretendo ser um “esportista” contumaz. Ainda continuo
sendo favorável e apologista da velha e tradicional transa olho no olho. Jamais
conseguirão fazer sexo tão gostoso, como a maneira que a sapeca serpente,
ensinou no paraíso para Adão e Eva!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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