quarta-feira, 2 de abril de 2025

RECORDAÇÃO NA PRAIA! (Clique e leia)

Antonio Nunes de Souza*

A praia estava totalmente deserta. Somente eu com ela deitada ao meu lado. Estávamos naquele lindo horário do crepúsculo. Findava a tarde e a noite caía calmamente, como se quisesse com carinho, apagar a luz do sol. Sentado na areia eu olhava para o meu lado esquerdo, admirando sua pele que, embora um tanto crespa estava linda e bronzeada, quase vermelha em todo corpo.

Com certeza eu não esperava encontrá-la tão linda e deliciosa, como se estivesse esperando-me para entregar-se. Creio que foi uma sorte, ou dádiva divina que quis presentear-me naquele dia e naquele momento!

Suas pernas eram longas, uniformes e padronizadas, como se fossem feitas a mão. Seus olhos eram grandes e negros, fixados para o alto como se nada estivesse enxergando em sua volta. Olhando cuidadosamente o seu corpo, veio-me a vontade louca de comê-la imediatamente, principalmente quando comecei a admirar aquele lindo e delicioso rabo carnudo.

Entretanto, mesmo cheio de desejo, preferi aguardar mais um pouco, e conter meus impulsos até um momento mais adequado, sem deixar levar-me pela sua sedução.

Passados alguns minutos, que para mim pareceram horas, com o sol já se escondendo quase que completamente no horizonte, embriagado pelo clima e a volúpia do desejo de saciar meus instintos, virei-me para o lado e comecei a tirar sua roupa bem cuidadosamente, como se estivesse descascando uma fruta deliciosa. E, ao tempo que a nudez do seu corpo ia aparecendo, minha boca enchia-se de água.

Ela continuava impassível, não esboçando nenhuma reação. Contudo, algo me dizia que se ela falasse, diria: Coma-me logo para matar seu desejo!

Naquele momento, não podendo mais refrear meu ímpeto, comecei a lamber carinhosamente o seu corpo, sentindo aquele seu sabor salgado e delicioso, mesmo com aquele cheiro acentuado de maresia que nos cercava. Ao mesmo tempo em que passava lentamente minha língua entre suas lindas pernas, contornando sua cintura e indo até as suas costas, dava também pequenas dentadas em sua carne macia, enchendo o meu corpo de prazer.

Como era de se esperar, afastei suas pernas para os lados e comecei a comê-la vorazmente, deliciando-me gradativamente, ao tempo em que ia saciando toda minha fome e desejo.

Ela entregou-se a mim sem nenhuma reação, dando a entender que aprovava minha atitude. Nada falou, porém soube satisfazer um homem cheio de desejos e faminto.

Terminada essa minha operação que mais pareceu um ritual, levantei e fui andando em direção ao mar para lavar minha boca, as mãos, e pensei:

 -Que sorte eu tive em ter pescado essa lagosta tão grande e poder cozinhá-la aqui mesmo com água do mar. Agora poderei ficar pescando até mais tarde, já que matei a fome!

*Escritor, Historiador, Cronista, Poeta e ume dos membros fundadores da Academia Grapiúna de Letras!

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          

 

 


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