Antonio Nunes de Souza*
Temos
que respeitar o velho tempo, que sabiamente, sempre está mostrando ser o grande
livro das verdades, com relação a todas babaquices constituídas, determinadas, professadas,
inventadas, seguidas e, pela imbecilidade humana, toma uma grande quantidade d’ele,
com teimosias, contestações e outras atitudes, até que suas fontes de crendices
secam, e, escabreados e decepcionados, dão a mão à palmatória!
Uma
das mais fortes e sólidas era a dos “Reinados” que, nos inícios das colonizações,
cada um escolhia uma enormidade de terras, um exército bem armado e saia pelo
mundo afora matando e saqueando comunidades menores, aumentando suas áreas e
poderes. Com o tempo, viu-se que essa matança não podia mais continuar, já que
as forças estavam relativamente iguais tendo que haver receios e respeitos (hoje
ainda temos alguns), porém, mais como cargos figurativos que mandatários, com
poderes restritos, ficando a vontade, simplesmente as mordomias que,
provavelmente, o tempo deve estar preparando seus últimos dias!
O
amor eterno, esse pobre coitado, ficou tão esculhambado e sem valor, que o que
se vê é uma troca e junção de interesses nas uniões sacrossantas, existindo o
casamento mais para garantir as heranças ou divisões de bens, nas normais e constantes
separações, que aquela história ou frase dita no altar ou no cartório de “unidos
para sempre”, perdeu a validade!
Na
política a desmitificação chegou a um ponto tão podre, que os sinônimos de
políticos passaram a ser ladrão, corrupto, canalha, lesa pátria, tornando-se
tão fétido o ambiente, que os homens de bem, nem ousam mais participar, mesmo
que seja para tentar consertar, pois, inevitavelmente, terminarão se
enlameando. Aqueles que tentaram, morreram envergonhados, como Ulisses
Guimarães, que mesmo morto, preferiu não aparecer “nem morto”, para ouvir as
falsas condolências e os escondidos sorrisos de alegria de muitos, por vê-lo
sair dos seus nefastos caminhos!
A
religião ou religiões em geral, viraram palcos de interesses políticos,
financeiros e territoriais, tendo como consequências brutais, mais políticos
corruptos, saques financeiros sobre os fiéis e guerras por pedaços de terras,
quer sejam santas ou profanas. Todas essas sujeiras, sem contar as criações
divinas e miraculosas, que a cada dia perdem suas credibilidades, que se chocam
já enfraquecidas e debilitadas, com as reais “Histórias Oficiais e sólidas”,
perdendo por falta de sustentações. Uma discussão entre o concreto versos o
abstrato, obvio que a sensatez tem que, com o tempo, provar e demonstrar onde
está a verdade!
Como
o papo é longo, estou apenas fazendo uma singela síntese desses poucos, e vou
fechar com o maravilhoso sexo, que foi amaldiçoado desde a historieta do
Paraíso, atravessando nuances com grandes aberturas no Império Romano,
fechamentos posteriores com as novas civilizações (orientais e ocidentais),
estando hoje, praticamente livre e solto, deixando aquela pecha ridícula de
pecado mortal, pois, com o velho tempo, provou-se que é uma necessidade
fisiológica como outra qualquer, apenas, deve-se usar para procriação, quando
se tem condições de educar e sustentar os resultados. Fora isso, fodamos todos com
alegria e prazer, deixando a hipocrisia de lado, como fazem muitos, preferindo
praticar as escondidas!
Eu
até imagino, que quem criou essa coisa chamada “tempo”, que é uma medida de uma
ocorrência qualquer, já sabia que, cedo ou tarde, ele desmascararia as imbecilidades
que meteram em nossas pobres cabeças!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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