Antonio Nunes de Souza*
Quando menos esperava, ela com um movimento
tranquilo e estudado, começou a baixar o zíper da minha calça e, mais que
depressa, enfiou a mão apalpando o que já estava rígido e latejando na parte
baixa do meu corpo. Digo-lhe que fiquei surpreso pela iniciativa tomada, já que
era nosso primeiro encontro e tinha apenas dois dias que havíamos nos conhecido!
A beleza angelical dos seus 18 anos, não
demonstrava que era possuidora de uma experiência tão gostosa e agradável nas
maneiras mais deliciosas de dar prazer ao seu parceiro, acariciando seus pontos
vitais em matéria de sexo!
Continuamos nos beijando cada vez com maior furor. Embora o
desconforto dos bancos do carro não propiciasse a harmonia dos movimentos,
mantínhamo-nos agarrados um ao outro e suados pelo calor, não da noite, mas dos
nossos corpos excitados, que faziam com que os vidros fechados do carro
ficassem embaçados, nos dando a ilusão de uma proteção contra os eventuais
passantes noturnos, como se fosse uma cortina de filó. Enquanto isso, nossas
mãos trabalhavam com meigas carícias, fazendo nossas respirações ficarem
descompassadas e ofegantes, anunciando a proximidade dos nossos esperados e
desejados prazeres!
Seus olhos, assim como os meus, estavam com as pupilas
dilatadas, e nossas narinas abriam e fechavam durante a respiração que, naquela
hora, éramos o retrato fiel de animais no cio. Nem o passar dos carros na
avenida, focalizando-nos quase sempre com os faróis, fazia com que desviássemos
a atenção do que estávamos fazendo. O clima de desejo recíproco nos deixava
cegos e ávidos de amores. Pois, naquele momento, nada nos importava a não ser o
próximo, ansioso e esperado orgasmo conjunto ao mesmo tempo!
Procurei amenizar as caricias, utilizando o expediente de
falar alguma coisa, pensando somente em elastecer aquele momento, para que não
chegássemos ao clímax sem aproveitar aquela louca e inesperada oportunidade.
Entretanto, ela fechou-me a boca com beijos lambidos e babados e, com seu hálito
quente e cheiro estranho, soprava e sugava minha boca, como se quisesse, literalmente,
me comer!
Nada mais poderia fazer em termos de prolongamento de tempo.
Voltei a acaricia-la com os dedos o seu clitóris, apalpando o seu sexo, ao
tempo em que ela abria cada vez mais suas pernas, demonstrando estar sedenta de
prazer!
Aí, num rápido e preciso movimento, ela desceu sua boca até
embaixo e abocanhou-me com tanto desejo que, naquele momento, o inevitável
aconteceu. Ela foi apertando a minha mão com as suas coxas, espasmodicamente
contraindo-se junto ao meu corpo, enquanto eu tremia de prazer, ejaculando em
sua cálida e deliciosa boca. Paramos silenciosamente, procurando equilibrar
nossas respirações, mas, mesmo cansado pelo prazeroso esforço, continuei beijando
todo seu rosto e disse: Eu gostei muito de você, porque você foi maravilhosa!
E ela sorrindo, respondeu: E eu fui maravilhosa, porque gostei
muito de você!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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