Antonio Nunes de Souza*
A
dúvida é uma sensação mental que, literalmente, todas pessoas sentem
cotidianamente, pois, qualquer circunstância, quer seja profissional, afetiva,
escolha de algo ou local, ou melhor dizendo, em tudo na nossa linda,
maravilhosa e confusa vida, sempre nos leva diretamente a ela!
Você
já parou para pensar, quanto tempo em sua preciosa vida já perdeu e perde, por
estar em dúvida sobre o que optar?
Creio
que não, mas, posso exemplificar, mostrando-lhe algumas situações simples, muito
repetidas no dia a dia: quando você se predispõe a comprar uma roupa,
geralmente vai em várias lojas, olha vitrines e, quando entra numa delas,
experimenta uma grande variedade, sempre na dúvida qual deve comprar, sobre a
cor, modelo, etc., depois de muito tempo, cheio de dúvidas, escolhe uma, paga,
sai e no caminho ainda vem com a dúvida na cabeça, se deveria ter comprado a
outra que vestiu primeiro, achando que combinava melhor com sua personalidade.
E ainda tem o detalhe de se arrepender em casa, e voltar dia seguinte para
trocar, porque ficou em dúvida!
Essa
sensação, numa modesta compra, você perdeu muitas horas, que teria evitado se
chegasse e pedisse uma roupa no seu tamanho com o corte a a cor que está em
evidência e na moda. Com meia hora você estaria já em casa feliz, e com algumas
horas para usar desfrutando um agradável lazer!
E
isso acontece com todas suas compras, que quanto mais caras são, mais dúvidas
vem em sua mente, as vezes durando dias com o problema na mente, perturbando
até a sua rotina de vida. Comprar carro por exemplo, toma-lhe um tempo grande e
irrecuperável, pois depende da cor, marca, preço, financiamento, economia de
combustível, valor de revenda, além de outras características. Comprar moradia
então, lhe toma anos e anos remoendo dúvidas, sobre o bairro, quantos quartos,
se é casa ou apartamento e outros babados mais!
Já
no amor a complicação das dúvidas são inesgotáveis: dúvida na escolha se casa
ou vai morar junto, depois de se amancebar fica na dúvida se fez o certo, quando
briga fica na dúvida se separa, quando separa morre de dúvidas se fez o certo
ou errado, e por último, fica na brutal dúvida se volta a união ou não. Essa
mórbida situação, toma-lhe meses ou anos de concentração mental, que representa
bastante tempo perdido, causado pelas cruéis e inevitáveis dúvidas!
Meu
temperamento é um tanto diferenciado, pois, sou muito afoito e faço tudo na
vida por ímpeto e impulso, pouco paro para ter dúvidas. Sempre faço o que
desejo numa ação imediata, deixando as consequências posteriores dizerem se fiz
certo ou errado. Se foi certo, eu logicamente, farei outras e outras vezes.
Porém, se der errado, restrinjo-me a minha insignificância, tomando como lição,
para não mais fazer daquela forma, pois os resultados não foram favoráveis. Com
essa técnica, já me dei bem em muitas ocasiões, porém, quebrei a cara em várias
outras, que me deram ótimas experiências!
Sugiro
que você seja mais destemido, rápido nas decisões, arisque na sorte, que
seguramente, não perderá seu precioso tempo, remoendo dúvidas atrozes na mente
durante a vida!
“Quem
perde tempo na dúvida, sempre opta pelo pior!”
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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