Antonio Nunes de Souza*
Você
poda estar triste, apertado e no sufoco, mas, não tem a mínima ideia de como outros
estão. E, para ter uma ideia, e veja que não está sozinho na agonia, vou contar
a minha: Acordei tranquilo como faço diariamente, agradeci a saúde e as
finanças mesmo poucas, dando bem pra passar, sentei-me em frente ao computador,
escrevi minha crônica diária, li e reli para postar nas redes e amigos, e
depois dessas tarefas, tomei um gostoso café, voltando para responder centenas
de mensagens dos meus fiéis leitores, com elogios, observações, e algumas contestações
quando são políticas. Porém, tudo numa boa, sem constrangimentos. Almocei e aí,
lá pelas 14 horas, no celular consulto meu saldo, afim de sacar alguma grana
para as despesas da semana. E, surpreendentemente, estava ZERADO. Tomei um puto
susto, fui olhar logo a poupança e, cruelmente, o saldo também ZERADO. Imagine
você que susto fdp eu tomei, vindo logo em minha mente, que algum hacker bandido,
tinha clonado meu celular, captado minha senha, etc. E mais que depressa, vesti
uma roupa, e feito um louco, fui ao banco, no sentido de bloquear cartão e
tentar recuperar meu dinheiro, obviamente, culpando o banco, por não me dar a
segurança devida. Nessas horas temos que culpar alguém para livrar a nossa cara
do prejuízo. Rapaz, tenso, peguei uma senha preferencial, que não tem merda
nenhuma de preferência, pois, passei duas horas esperando, para ser atendido
pelo gerente. Todo meu dinheiro agora era 200 reais que tinha na carteira!
Sentei
em sua frente e, esbaforido e trêmulo, comecei a contar minha ladainha, já
insinuando levemente a responsabilidade do banco. Ele me ouviu, pediu meus
documentos, e começou a puxar minha ficha para fazer as verificações
necessárias. Eu suando nas mãos, esperava que ele me dissesse algo acalentador,
quando me olhou nos olhos e disse: Sua conta foi bloqueada pela justiça federal,
com a alegação de “responsabilidade civil”, provavelmente ocorrida quando o
senhor foi presidente ou diretor dessa empresa pública. Seu saldo ficará
bloqueado e somente será liberado, quando o juiz enviar uma autorização. Ao
ouvir isso (ainda bem que não enfartei), me levantei quase cambaleando, voltei
para o apartamento já pensando o que fazer. Imediatamente veio a imagem de um
grande amigo, que é advogado, e sem demora, liguei para ele pedindo socorro. E
como já era tarde, lhe contei a história e combinamos para no dia seguinte, ele
gentilmente me levaria a empresa, para saber as razões da cobrança, se
realmente haviam motivos, ou tratava-se de um equívoco, Dia seguinte, gelamos
por duas horas esperando atendimento (isso com a interferência de um secretário
amigo. Imagine quem não tem padrinho), até que com o atendimento, entregamos
documentos, assinamos o que precisava e ficou certo de no dia seguinte se
esclarecer se havia realmente débito ou engano!
Meu
amigo, isso foi na quarta feira, passou a quinta (quando fui a empresa), sexta
feira, sábado, e hoje domingo, estou esperando chegar amanhã, para tomar novas
providências! Imagine você a merda que estou passando e sentindo, recebendo
esse inesperado fato pouquíssimo esclarecido!
Com
essa narrativa cheia de lamentações e pânico, digo-lhe que tenha paciência,
pois não está sozinho nas brutais agonias!
Temos que apelar para chavão religioso, e dizer com muita fé: “DEUS ESTÁ
NO COMANDO!”
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
Um comentário:
Muita calma e fé nessa hora!
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