Antonio Nunes de Souza*
Acabei
de sair do shopping, onde fui comprar umas perfumarias. Final da tarde de
inverno com o sol já desaparecido no horizonte, me dirigi ao estacionamento
para pegar o carro e, quando ia entrando, faltou energia, provocando uma enorme
escuridão, assustando-me bastante! Mas, como já estava junto ao meu carro,
fiquei despreocupada e demorei alguns minutos fora, esperando que a luz
voltasse. Aí, tão repentinamente como o blackout, surgiu por traz de mim uma
pessoa, sussurrando que tinha uma arma, encostou-a em minhas costas, ordenando
que eu ficasse calada, quieta e sem demonstrar nenhuma reação. Mesmo em pânico
e com medo, resolvi obedecer sem ao menos me virar para ver quem estava me
ameaçando. A pessoa estirou a mão e pegou as chaves do carro, mandou que eu
entrasse e fosse para o banco do carona, em seguida sentou-se ao volante, e até
aquela hora eu não tinha visto como era o bandido, pois a escuridão era
terrível. Porém, quando foi ligado o carro e acesos os faróis, tomei um puto
susto, pois, meu raptor era uma bonita mulher! Mas, como ela trazia na mão um
revólver, não tentei esboçar nenhum movimento suspeito, com receio de ser
alvejada. Propus entregar dinheiro, joias, cartões e ela me deixasse ir embora,
mas, curiosamente, ela mandou eu calar a boca. Eu estava super tensa e
estranhando a calma dela, dirigindo com desenvoltura no trânsito horrível
daquela hora. De repente, muito mais que de repente, ela entrou em um Motel de
categoria superior, pediu um apartamento de luxo e seguiu para o número
indicado!
Veio
logo em minha cabeça, que tratava-se de um homem travestido de mulher que,
absurdamente, iria me estuprar sem dó nem piedade. E claro que comecei a
tremer, pedir pelo amor de Deus que me deixasse ir embora, que ela podia ficar
com o carro, etc., mas, tranquilamente, ela sem largar a arma um minuto, pegou
em meu braço, me puxou para fora pelo lado do motorista, talvez não querendo
que eu saísse pelo outro lado e fugisse, e nos dirigimos para o quarto. Lá
chegando, ela mandou que eu me despisse imediatamente. Eu tremia terrivelmente
com medo desse bandido que vestido de mulher ataca mulheres indefesas. Porém,
não podia de forma alguma desobedece-lo, preocupada que ele nervoso atirasse em
mim. Já completamente nua e cheia de vergonha e medo, deitei-me na cama me
cobrindo com um lençol, ao mesmo tempo implorando que nada fizesse comigo!
Aí
vocês vão cair para traz! A pessoa começou a tirar a roupa e de queixo caído,
vi que realmente era uma mulher com um corpo belíssimo, umas pernas lindas, uns
seios empinadinhos e uma bundinha bem torneada. Me aliviei, pois, pelo menos
não sofreria muitas penetrações a contragosto e nem ficaria com traumas
posteriores!
Abreviando,
o fato foi que ela deitou-se ao meu lado, eu já mais tranquila e calma, pois, o
perigo já não era tão grande, como também estaria naquele momento, tendo uma
experiência vexatória, porém inédita em minha vida!
No
começo eu estava super tímida, mas, com o decorrer das carícias e beijos a
coisa foi ficando deliciosa, ela me fez sexo oral que me deixou enlouquecida,
que tive logo vontade de fazer o mesmo com ela, rolamos por cima e por baixo,
beijos molhados e babados, orgasmos em profusão que, sinceramente, nunca tinha
sentido nas minhas experiências com rapazes durante toda minha vida!
Terminamos,
tomamos um bom banho as duas juntas, uma ensaboando a outra, ela, sapeca que
era, ainda me masturbou embaixo do chuveiro quentinho, que quase caio sentada
no chão do box pelo inusitado prazer!
Nos
vestimos, pegamos o carro, ela pagou o motel, eu já dirigindo, dei um sorriso vendo
que a arma era de brinquedo! Andamos alguns quilômetros ela pediu que parasse,
me deu um grande beijo, fechou a porta do carro e sumiu!
Uma
aventura incrível, cinematográfica ou novelesca, nem fiquei sabendo o seu nome,
nunca mais nos vimos, jamais contei a ninguém essa história, estou casada há
cinco anos, mas, toda vez que vou ao shopping, procuro ir sempre ao cair da
tarde e, juro por Deus, adoraria encontra-me com ela outra vez!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e Membro fundador da Academia Grapiúna de Letras!
Um comentário:
Kkkkkkkkkkk você é demais Antônio
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