Antonio Nunes de Souza*
Embora
nosso conceito sobre artigos e livros de auto estima, não seja dos melhores,
por mais que queiramos nos omitir, ou deixar passar em branco, eventualmente,
nos dá vontade de escrever algo a respeito, não com o pensamento de mudar o
comportamental dos outros, e sim por ver coisas absurdas e inusitadas acontecer
com pessoas que se dizem inteligentes, cultas e adultas, e não são aceitas até
por crianças, ou adolescentes, que estejam com seus juízos funcionando em
condições normais!
Todos
nós sabemos e aprendemos desde criança, que devemos querer bem, criar
afetividade, consideração, dar e receber amor, ser fiel, dedicar amizade com as
pessoas que assim procedem conosco, pois, com esse comportamento podemos
comprovar, como somos importantes igualitariamente, e existe um respeito mútuo,
dando-nos a certeza que não estamos sendo usados por outros que,
aproveitando-se das nossas fraquezas, provenientes da cegueira idiota e
emocional, nos sugam materialmente e afetivamente, para depois que tirar o
caldo saboroso, nos jogar fora como se fôssemos o bagaço de uma simples laranja!
Para
quem está atravessando um momento como esse, obviamente, está surdo para
qualquer argumento, cego para qualquer leitura, ou visão da verdade e,
principalmente, para traduzir o que seu subconsciente acha da sua ridícula
situação. E, infelizmente, a idiotice e falta de amor próprio fala mais alto,
mesmo que no fundo esteja reconhecendo, o papel de capacho e subserviência que
está se submetendo, naquele momento da sua preciosa vida!
O
curioso é que as pessoas, imbecilizadas nessas ocasiões, acham que estão certas
e que todos estão completamente errados e, pior que tudo, acreditam piamente
que agindo desse modo tolo, conseguirão seus intentos. Não percebendo as
espertezas dos aproveitadores, que normalmente fazem o jogo do morde e assopra:
“Você é que sabe!” – “Eu não estou pedindo nada!” – Eu gosto de você, mas, não
posso prometer nada!” e outras frases de efeito, que mantém a esperança dos
tolos, ampliando as bajulações, carinhos, presentes e outras facilidades, pois,
é exatamente o que elas desejam: Usar o poço até a água acabar, ou enjoar o
líquido porque encontrou outra lagoa, mais farta, menos chata e desgastada,
para saciar sua sede!
Geralmente
imagina-se que somente fazendo análise, pode-se resolver tais situações. Lógico
que esse procedimento clínico é eficiente, porém, só pode ser usado por quem
tem condições de se dar ao luxo dos seus custos. Acredito mais, quando a pessoa
faz uma reflexão, verifica as contas dos “lucros e perdas” da relação, depois
se olha no espelho e vê a figura patética de palhaço que está fazendo perante
si próprio, seus amigos, familiares e a sociedade em que vive!
Tenho
certeza absoluta, que se essa simples operação for repetida algumas vezes,
muitas lágrimas brotarão dos seus olhos, como um sinal de arrependimento por
ter se submetido a uma situação humilhante e grotesca, que não está lhe levando
a lugar algum. Ou melhor, está lhe levando ao fundo do poço!
Jamais
devemos esquecer que a vida é uma projeção de coisas belas, e os artistas
principais somos nós. Todos os outros são meramente coadjuvantes, que estão ao
nosso lado para nos dar felicidade e receber. Mas, se não estão seguindo o
roteiro do nosso filme, devem ser substituídos por outros que se adapte melhor
ao enredo. Vemos muito isso nas novelas e cinemas!
Gostar
de todos é o ideal. Mas, amar e dedicar-se, somente com quem responde com a
mesma moeda. Com esse pensamento sempre firme em nossa mente, seremos olhados
com respeito, dignidade e admiração. Proceder e fazer papel de capacho, todos
se divertirão nos pisando e impregnando com suas botas cheias de sujeiras. Isso
nunca deve acontecer!
A
vida é louca, mas, temos que ter juízo, bom senso e amor próprio, para poder
administra-la e ser feliz!
Jamais
devemos esquecer um provérbio oriental que diz: “Quando alguém que tínhamos vai embora e não retorna, é sinal que nunca
tivemos esse alguém!”
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e uns dos Membros Fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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