sábado, 12 de agosto de 2023

VELHO RIO CACHOEIRA! (Clique e leia)

 

                    Antonio Nunes de Souza*

 

Quando olho meu rio Cachoeira

Triste seco sem eira nem beira

Vagando cheio de baronesas.

Meus olhos ficam lacrimejantes

Choram lágrimas incessantes

De dores e muitas tristezas!

 

Seu lindo manto transparente

Tornou-se um barro ardente

Que outrora era uma piscina.

Uma obra por Deus criada

Foi pelo homem acabada

Hoje sofre uma triste sina!

 

Aquelas águas cristalinas

Viraram resíduos de latrinas

Sujeira sem nenhum encanto.

Corredeiras viraram filetes

Não como se fossem enfeites

São as lágrimas do seu pranto!

 

Sinto agora grande saudade

Dos banhos na puberdade

Olhando alegre as lavadeiras.

Ao mesmo tempo desesperado

Em vê-lo tão abandonado

Porque os homens só fazem besteiras!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

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