Antonio Nunes de Souza*
Por
mais que queiramos, não poderemos refrear a modernidade da juventude e muitos
adultos, atualmente usarem uma série de adjetivações, gírias, abreviaturas, inventar
verbos e advérbios, para exprimir seus sentimentos com relação as pessoas,
coisas, situações e eventos!
Esse
comportamento tornou-se corriqueiro e normalíssimo nas rádios e televisões,
tanto nos programas como nas novelas e casos especiais que, tranquilamente, ouvimos
os astros ou apresentadores, dizer com a maior simplicidade, que foi uma “puta
festa”, bebidas pra porra e mulheres pra caralho! Simplesmente subentende-se
facilmente, que foi uma festa maravilhosa, bebidas a vontade e muitas mulheres!
Uma
pessoa inteligente, normal e sem preconceitos, assimila tal sentença, como que
apenas se está enfatizando o acontecimento, dando-lhe o tamanho do seu grande êxito!
Entretanto, o pudico e falso moralista, condena e acha logo que trata-se de
expressões impuras, chulas e condenáveis. As pessoas inteligentes observam tudo
isso, apenas como “expressões idiomáticas” incorporadas ao idioma, que vem se
tornando corriqueiras na atualidade. Muito embora, essas nomenclaturas sempre
existiram na língua portuguesa, porém, sem nenhuma razão condenaram os seus
usos. Se tiver dúvida, faça uma viagem ao dicionário!
Temos
que ter a coragem de enfrentar as inovações com as sutilezas que elas merecem
e, para não passar como ultrapassados ou obsoletos, achar natural que tudo isso
é de “foder”. Está-se apenas modernizando a nossa língua, impondo palavras que
enfatizam com grande vigor as conotações dos fatos, atos e acontecimentos!
Não
é novidade ouvir uma jovem estudante dizer, naturalmente, que o vestibular é
“foda”. E na verdade é uma prova “FDP” que derruba os sonhos e projetos de
muitos jovens!
Passe
a apreciar o lado bom das intenções, sem a tolice de dizer que a linguagem é
imunda e impura. O fato é que ela está exprimindo os sentimentos naturais da
juventude e maioria de adultos, que cada dia ampliam o vocabulário. E nós,
passageiros já caminhando ou chegando ao fim de linha, temos que assimilar,
passar a usar sem maiores condenações, demonstrando que não somos “caretões
babacas!
Meu
neto veio ontem da aula, e eu perguntei a ele como foi a prova? e ele
prontamente respondeu: Vozão foi difícil pra caralho, mas, de boa, respondi a
porra toda!
Sabem
o que eu fiz? Entrei na dele, dei um abraço, parabenizei e com um beijo,
sussurrei em seu ouvido: “Você é “foda” meu netinho, saiu ao vovô!” Vale dizer
que ele tem apenas 12 anos!
Espero
que não achem que descambei loucamente pela trilha fora da ordem mundial, pois,
somente estou demonstrando o que está “bombando e azarando” em todas camadas
sociais, sem as cerimônias comuns e tolas do passado. Encerro enviando um
grande “Abraçaço da zorra” para todos vocês, na certeza que pensarão a respeito,
e chegarão à conclusão que, por mais que pareça estranho, temos que segurar
essa “azaração” toda, sem direito a puritanismos e revoltas, pois, a tendência
é aumentar!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário