segunda-feira, 14 de agosto de 2023

SOMOS TODOS CONQUISTADORES! (Clique e leia)

 

Antonio Nunes de Souza*

Essa característica humana é comprovadamente uma realidade! A afirmação baseia-se em estudos científicos, pesquisas aprofundadas, e uma vivência patenteada dentro do próprio cotidiano. Entretanto, não podemos tomar essa virtude(?) inata como uma atitude de algo assustador. Pois, se não fosse esse espírito de conquista, jamais teríamos conseguido uma série incomensuráveis de benefícios que, graças os desejos humanos de conseguir seus intentos, foram e são ampliados leques em todos sentidos na nossa sociedade e, como tudo na vida, alguns malefícios também!

Certamente, como representa uma tônica do comportamento humano, esse recurso também é usado com uma força significativa na área afetiva, provocando uma desestabilização posterior no conquistado que, após ser receptivo e se envolver com os encantos, logo deixa de ser interessante ou menos valorizado pelo seu conquistador. Em rápidas palavras: A ânsia e desejo é conquistar, porém, depois de conseguir, a ação ou fato perde a graça, pois, já satisfez sua vaidade. Um absurdo realíssimo!

Será normal esse comportamento estranho?

Por que lutamos tanto para ter atenções e, depois que conseguimos, procedemos como se tivéssemos ganhado um troféu, colocando-o na prateleira como um enfeite ou lembrança de uma batalha, e partimos com orgulho para outros horizontes?

Parece algo inexplicável, mas, é uma insólita verdade. Pois, quando almejamos alguma pessoa, não medimos sacrifícios nem promessas mirabolantes, desde quando esse comportamento esteja funcionando a contento, fazendo a provável presa abrir a sua guarda e ficar embevecida com um futuro que não existe, e somente vai patrocinar alguns momentos no presente, transformando-os logo em seguida em uma doce lembrança!

Como todos nós temos ciência desse comportamento, por ser natural e humano, nada melhor que tomemos precauções quando depararmos com situações dessa ordem, não confiando cegamente nas juras cheias de palavras vazias. É evidente que não devemos ser céticos ou descrentes, mas, “Cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém!”

Melhor será sempre colocar-se como conquistador, rechaçando veementemente o conquistador (a), claro que se a pessoa não lhe interessar, evitando perda de tempo ou perigo de decepções temporárias, ou sequelas vitalícias!

Eu, sinceramente, sou como todos. Mas, pelos atropelos e topadas na caminhada dessa vida louca, aprendi a lidar com os “perigosos amores”, com muita classe, que posso dizer, literalmente, invejável. Todas oportunidades que aparecem jogadoras em minha mesa, sempre se enganam imaginando que estão dando as cartas, mas, na realidade, eu que que estou sendo o carteador. E, para evitar um inesperado “blefe”, sorrateiramente trago umas cartas na manga, para situações emergenciais. Felizmente, procedendo assim tenho sempre me saído ileso em circunstâncias que poderiam ser bastante desagradáveis!

Portanto, sejamos conquistadores. Mas, com cuidado, pois o conquistado (a), pode lhe dar um “cheque mate”. Sem a menor dúvida, no jogo dos relacionamentos, inevitavelmente existem muitos “perde/ganha”, que talvez, faça dele uma delícia!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

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