Antonio Nunes de Souza*
Essa
característica humana é comprovadamente uma realidade! A afirmação baseia-se em
estudos científicos, pesquisas aprofundadas, e uma vivência patenteada dentro
do próprio cotidiano. Entretanto, não podemos tomar essa virtude(?) inata como
uma atitude de algo assustador. Pois, se não fosse esse espírito de conquista,
jamais teríamos conseguido uma série incomensuráveis de benefícios que, graças
os desejos humanos de conseguir seus intentos, foram e são ampliados leques em
todos sentidos na nossa sociedade e, como tudo na vida, alguns malefícios
também!
Certamente,
como representa uma tônica do comportamento humano, esse recurso também é usado
com uma força significativa na área afetiva, provocando uma desestabilização
posterior no conquistado que, após ser receptivo e se envolver com os encantos,
logo deixa de ser interessante ou menos valorizado pelo seu conquistador. Em rápidas
palavras: A ânsia e desejo é conquistar, porém, depois de conseguir, a ação ou
fato perde a graça, pois, já satisfez sua vaidade. Um absurdo realíssimo!
Será
normal esse comportamento estranho?
Por
que lutamos tanto para ter atenções e, depois que conseguimos, procedemos como
se tivéssemos ganhado um troféu, colocando-o na prateleira como um enfeite ou
lembrança de uma batalha, e partimos com orgulho para outros horizontes?
Parece
algo inexplicável, mas, é uma insólita verdade. Pois, quando almejamos alguma
pessoa, não medimos sacrifícios nem promessas mirabolantes, desde quando esse
comportamento esteja funcionando a contento, fazendo a provável presa abrir a
sua guarda e ficar embevecida com um futuro que não existe, e somente vai
patrocinar alguns momentos no presente, transformando-os logo em seguida em uma
doce lembrança!
Como
todos nós temos ciência desse comportamento, por ser natural e humano, nada
melhor que tomemos precauções quando depararmos com situações dessa ordem, não
confiando cegamente nas juras cheias de palavras vazias. É evidente que não
devemos ser céticos ou descrentes, mas, “Cautela e caldo de galinha não faz mal
a ninguém!”
Melhor
será sempre colocar-se como conquistador, rechaçando veementemente o
conquistador (a), claro que se a pessoa não lhe interessar, evitando perda de
tempo ou perigo de decepções temporárias, ou sequelas vitalícias!
Eu,
sinceramente, sou como todos. Mas, pelos atropelos e topadas na caminhada dessa
vida louca, aprendi a lidar com os “perigosos amores”, com muita classe, que
posso dizer, literalmente, invejável. Todas oportunidades que aparecem jogadoras
em minha mesa, sempre se enganam imaginando que estão dando as cartas, mas, na
realidade, eu que que estou sendo o carteador. E, para evitar um inesperado “blefe”,
sorrateiramente trago umas cartas na manga, para situações emergenciais. Felizmente,
procedendo assim tenho sempre me saído ileso em circunstâncias que poderiam ser
bastante desagradáveis!
Portanto,
sejamos conquistadores. Mas, com cuidado, pois o conquistado (a), pode lhe dar
um “cheque mate”. Sem a menor dúvida, no jogo dos relacionamentos,
inevitavelmente existem muitos “perde/ganha”, que talvez, faça dele uma
delícia!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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