terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

INTERAÇÃO AFETIVA OU AMOR?

 

Antonio Nunes de Souza*

Quando raramente não vem em minha mente, uma “estória” que mereça uma crônica, ou quando não acordo irritado com a política local e nacional, sempre recorro a vertentes de áreas completamente cheias de divergências, nuances delicadas e difíceis de serem esclarecidas, sem deixar dúvidas, ou margens para longas continuidades do polêmico assunto!

Desta feita, mais uma vez vou falar concretamente, sobre o terrível, maravilhoso e muito discutido abstrato “amor”!

O nome está tão desgastado, que fazer sexo, já é uma afirmação de fazer amor, quando na relação sexual o primordial é excitação, desejo, impacto da beleza, além da questão vulgar e popular de “pele, tesão e sintonia”. É mais que lógico você poder ter uma relação sexual, somente em função das causas citadas, sem que exista o tal amor. Apenas atendendo uma necessidade fisiológica que brotou numa ou várias oportunidades, como as outras de nossos corpos de: comer, beber, dormir, xixi, defecar, etc., que temos que obedecer as nossas mentes, para não passarmos mal em função da escassez!

O que aconteceu no velho passado, foi que criaram um tabu absurdo sobre o sexo, colocando-o como uma coisa pecaminosa, terrível e proibitiva, com alegações tolas, sem validades, somente amedrontantes, criando uma tradição, que quem faz sem ser maritalmente casado, vai para o inverno. E, por mais incrível que possa parecer, dentro das hipócritas religiões, principalmente as evangélicas, esse discurso proibitivo é bastante acentuado e rigoroso até os nossos dias!

Na minha conceituação, pode-se praticar o sexo eventualmente, com os cuidados devidos, para não contrair doenças transmissíveis, principalmente a HIV, usar camisinhas preventivas, como também não fazer disso uma profissão, sendo apenas para atender as necessidades eventuais, que absolutamente, não estará ferindo ninguém, desde quando não crie problemas para terceiros!

O sexo é uma interação de desejos, proveniente de uma excitação, que jamais pode ser chamado de “amor”, pois, na realidade só existe um amor verdadeiro no mundo, que é o amor materno. Este sim é o verdadeiro, que engloba carinhos, cuidados, respeito, afetos, dedicações, preocupações e meiguices até a morte. Raríssimas são as exceções!

Continuo dizendo que os poetas fazem do “tal amor”, uma linda fantasia que, comprovadamente, consegue alegrar os puros e inocentes. Tenho certeza que serei combatido pelos pudicos, e condenado pelos já fanatizados pelo tal sentimento, tão propalado e idolatrado no mundo!

*Escritor, Historiador, Cronista e Poeta!

 

 

 

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