Antonio Nunes de Souza*
Sinto-me preso na liberdade
Desde infante até a maioridade
Procurando livrar-me do livre mundo.
Caminhos atados por nós soltos
Imaginando braços envoltos
Querendo chegar onde sou oriundo.
Invisíveis são as múltiplas barreiras
Paredes herméticas como peneiras
Deixando a luz passar, mas não sair.
Vou aos lugares que quero
Sem o prazer e o gosto que espero
Não sinto que fui ou deixei de ir.
Exijo sempre chegar ao impossível
Não meço peso, não olho nível
Quando chego parece que não saí.
Talvez se não fosse tão exigente
Por qualquer coisa ficasse contente
Seria feliz sem sair daqui!
*Escritor,
Historiador, Cronista e Poeta!
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