Antonio Nunes de Souza*
Acordei
já eufórico, uma vez que comecei essa semana a namorar com Virginia, uma mulher
gatíssima, que eu vinha vislumbrando há bastante tempo e, somente agora, ela me
deu um “mole’ em aceitar minhas eventuais investidas!
Já
saímos algumas vezes, muitos beijos e esfregações, carícias e dengos, mas,
espertamente, venho me segurando para o bote final, numa ocasião mais propícia
e, com certeza, ontem era um dia mais que especial, para depois de uma saída divertida,
com um bom perfume como presente, poderíamos terminar a noite numa maravilhosa
e confortável cama!
Liguei
para ela dando um bom dia cheio de meiguice, bem meloso e característico de
quem está apaixonado, recebendo em resposta uns gostosos beijos nos lugares que
eu desejasse! Não nego que fiquei logo
excitado, imaginando uma noite daquelas que Cleópatra tinha com Marco Antonio,
logicamente: inesquecível
Preferimos
ficar o dia todo a vontade, para fazermos nossos afazeres normais, e nos
encontrar a noite para jantar num restaurante de luxo, que eu já havia reservado
uma mesa, depois uma ida a uma danceteria, alguns drinks, danças com rostinhos
colados e, quando o clima estivesse no ponto, iríamos para um motel de classe,
e selaríamos o nosso “dia nos namorados” gostosamente acasalados!
Tudo
aconteceu exatamente como pensei, porém, até certo ponto: Saímos, jantamos,
fomos para uma danceteria, rodopiamos na pista até rebolando no Funk, tomamos
vinhos e drinks diversos, Virginia eufórica e excitada, nem se incomodou quando
sem falar nada, eu me dirigi e entrei com o carro em um motel!
Pedi
a chave da suíte presidencial, Virgínia sorriu e perguntou em meu ouvido: Você
é presidente Lula ou Bolsonaro? Rs rs rs
Dei
uma risada e disse: Sou Lula minha querida!
Entrei
no box, parei o carro, saltamos e entramos na tal suíte presidencial, que era
lindíssima, teto todo espelhado, piscina térmica, músicas de clássica a
sertaneja, cama redonda com sistema giratório, sanitário todo em mármore com
uma banheira de hidromassagem, frigobar com todos tipos de bebidas, em cima da
mesa vários tipos de chocolates e guloseimas e, na mesa central, um balde cheio
de gelo com uma champanhe francesa e duas taças de cristal. As paredes todas
forradas com cortinas de seda e pingentes gregos penduras. Ficamos os dois de
boca aberta e abismados. Ela pela suntuosidade que talvez nunca tenha visto, e
eu pensando na conta que teria que me lascar para pagar o cartão depois!
Mas,
para uma boa transa com Virgínia, qualquer sacrifício valeria a pena. E, para
não perder tempo, mudei o som clássico da sinfonia de Chopim, colocando uma
sofrência bem amorosa, e peguei Virgínia nos braços e começamos a dançar. E, ao
tempo que íamos dando os passos, um ia tirando a roupa do outro, como se fosse
uma strip-tease em duble, numa cadência bem romântica e sexy. Com alguns
minutos, já estávamos os dois completamente nus, Virgínia com um corpo
exuberante, seios lindos, duros e empinados, uma barriga inexistente, pernas
torneadíssimas e uma bunda linda, firme e sedutoramente arredondada!
E
foi aí que aconteceu o desastre: Fiquei tão embevecido e deslumbrado que,
absurdamente, minha tesão sumiu completamente. Notei que enquanto estávamos
dançando meu membro estava super rígido, e Virgínia se esfregava com a maior
volúpia, me deixando enlouquecido. Mas, quando nos separamos que pude vê-la
completamente nua, uma estátua grega deslumbrante, toda minha masculinidade foi
para o brejo. Disfarcei um pouco, fui ao sanitário, lá tentei me masturbar para
ver se haveria uma reação, mas, nada acontecia. A merda estava mais mole que
pudim!
Voltei
e me deitei na cama, na esperança que me esfregando novamente com ela a tesão pudesse
voltar, pois, tenho trinta e dois anos e isso nunca me aconteceu. Deitamos,
Virgínia subiu em mim e começou a me beijar na testa, foi descendo para minha
boca, queixo, peito, umbigo e, carinhosamente, pegou aquela merda mole e
colocou na boca enchendo de carícias linguais, e eu suando pra zorra, mesmo com
o frio e o ar condicionado, com uma tremenda vergonha do que estava
acontecendo!
Virgínia,
logicamente, percebeu a merda que seria a sua também esperada noite e,
levantando-se puta da vida, disse sorrindo para minha cara: “Você disse que era
presidente Lula e quando chega na cama, na hora de trabalhar, procede como
Bolsonaro, que esbraveja e não faz porra nenhuma. Vista sua roupa e vamos
embora!”
-Me
desculpe querida! Nunca me aconteceu uma coisa dessa comigo. Deve ter sido as
emoções!
-E
você é Roberto Carlos para ter tantas emoções?
-Gostaria
que você me desse uma nova chance!
-Que
nada meu filho. Você já teve sua chance, e não soube ser o homem que eu
esperava. Vamos para o carro e me leve para casa!
Deixei-a
em casa, nem um beijinho no rosto me deu de despedida, fui para meu apartamento
puto da vida, não consegui dormir durante todo resto da noite, e agora estou
esperando dar oito horas, para ir ao consultório de um amigo que é psicanalista,
para saber a razão dessa tragédia. Fui fazer as contas das despesas, que com
perfume, jantar, danceteria e motel deu a bagatela de quase dois mil reais.
Pensei que ia transar e terminei transado e no prejuízo financeiro!
Se
Virgínia contar essa merda para as amigas, vai ser uma tragédia pra mim!
Escritor
– Historiador e poeta!
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